Elias Jordão, presidente do Sindicato, escreve sobre a importância da data e da luta conjunta.
É importante lembrar que a ideia de criar o Dia da Mulher não surgiu por acaso ou por intenção meramente comemorativa. Mas surgiu no contexto das lutas das mulheres por melhores condições de vida e de trabalho, além de outras tantas bandeiras, como o direito de voto, por exemplo.
Foi em 1876, em Copenhague, durante a 2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas que foi proposto a instituição do Dia Internacional da Mulher. Tanto no Brasil como no mundo, as mulheres têm lutado diariamente para vencer a desigualdade, desafiando um universo e uma cultura até então predominantemente masculinos que ainda tentam se impor.
Felizmente, é possível observar os avanços das lutas feministas nas últimas décadas, que trouxeram muitas conquistas. E isso, evidentemente, é fruto e obra das lutas das próprias mulheres. No entanto, ainda é possível perceber, como demonstram as estatísticas e dados levantados, que apesar do número de mulheres com formação superior ser maior que dos homens e elas estarem tão ou mais qualificadas que os mesmos, em média, o salário da mulher é menor que do homem.
Segundo a OIT, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu apenas 0,6% entre 1995 e 2015, sem contar que a ocupação de altos cargos são majoritariamente ocupado por homens. Isso deixa claro que muita coisa ainda precisa ser feito para mudar esta realidade, não apenas no campo da remuneração, como em todos os direitos que devem ser igualitários.
E esta luta não é apenas das mulheres, mas também dos homens. Afinal, esta é uma luta da classe trabalhadora. Além disso, é preciso pensar que todo homem ou tem uma mãe, uma irmã, uma esposa ou uma filha que está diariamente disputando um espaço em uma sociedade ainda com ranços de cultura machista. Esta luta é de todos !
Elias Jordão SEEB Curitiba