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A quem interessa a gasolina R$ 0,03 mais barata?

Pedro Malan Parente trabalha para o “mercado”…

publicado 17/10/2016
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O Conversa Afiada analisa, com a ajuda da Frente Única dos Petroleiros, a empulhação – os juros vão cair, a inflação desabar – de uma uma gasolina R$ 0,03 mais barata na bomba:

PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS: QUEM GANHA E QUEM PERDE

A gestão da Petrobrás fez mais uma jogada ensaiada com a mídia, ao anunciar mudanças na política de preços dos combustíveis. Os jornais trataram o fato com estardalhaço, como se fosse um presentão do governo Temer para a população, quando na verdade o maior beneficiado foi o mercado. As ações da empresa dispararam, os revendedores aumentarão suas margens de lucro e o efeito no bolso do consumidor será ínfimo: cerca de 3 centavos por litro da gasolina, segundo estimativas do sindicato dos postos de combustíveis.

Para que a população possa entender o que está por trás das mudanças anunciadas, é preciso esclarecer como é a composição dos preços dos combustíveis. Em cada litro de gasolina comercializado, que custa em média R$ 3,65, a Petrobrás recebe 30%. Ou seja, a empresa, que pesquisa, explora e refina, ganha R$ 1,10, valor que não compra sequer um litro de água. Os demais R$ 2,55 são para cobrir os tributos federais e estaduais (37%), as margens dos revendedores (11%) e dos distribuidores (5%) e outros custos.

Até 2003, a Petrobrás reajustava mensalmente os seus preços. Depois, começou a exercer uma política de preços que levava em consideração tanto o mercado externo quanto o interno, preservando os interesses nacionais e as necessidades da população.

A partir de 2011, por determinação do governo Dilma, a empresa passou a segurar os preços dos combustíveis, o que gerou uma perda de receita equivalente a R$ 60 bilhões, segundo especialistas do setor. Para compensar o que deixou de arrecadar nesse período, a companhia manteve os preços que vinha praticando, apesar da queda do barril do petróleo.

Justamente agora, quando os preços do barril começam a subir e os analistas internacionais apontam uma recuperação gradual da commodity, a Petrobrás volta a praticar a paridade de preços com o mercado internacional sem estabelecer mecanismos de proteção para o consumidor.

Nos anos 90, vimos as consequências dessa política, quando a gasolina brasileira chegou a ser cotada entre as 20 mais caras do mundo. Para se ter uma ideia, entre 1995 e 2002, o preço do combustível sofreu reajustes de 350%, uma média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, o reajuste foi de 45%, uma média de 3.75% ao ano.

A nova política de reajuste não garante estabilidade e, portanto, voltará a penalizar a sociedade com a variação dos preços no mercado externo. A principal justificativa da direção da Petrobrás é de que o “crescente volume de importações” estaria reduzindo a participação da empresa no mercado de distribuição.

Se de fato a gestão da companhia estivesse preocupada com a perda de mercado, não abriria mão da BR, uma de suas mais lucrativas subsidiárias, cuja compra está sendo disputada por segmentos que vão das Lojas Americanas ao Itaú, tamanha a vantagem do negócio.

A Petrobrás de Pedro Parente vai na contramão da empresa pública, que abastece a mais distante cidade no Norte do país. A empresa que ele defende não tem função social alguma a não ser dar lucro aos acionistas privados.

Anunciar a redução dos preços antes da abertura do mercado favorece a quem, se não os especuladores que embolsaram ganhos de mais de 3% no dia? Os usineiros e distribuidores, por sua vez, já avisaram que não irão reduzir suas margens de lucro. Fica bem claro, portanto, que quem ganhou com a nova política de preços da Petrobrás são os mesmos de sempre.

Notícia colhida no sítio http://www.conversaafiada.com.br/brasil/a-quem-interessa-a-gasolina-r-0-03-mais-barata

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SAIBA MAIS:

Composição de Preços

Ao trabalhar no desenvolvimento dos nossos produtos, do poço ao posto, buscamos estar sempre focados na total satisfação dos nossos clientes.

Os preços cobrados por estes produtos, no entanto, não dependem exclusivamente da Petrobras. Tributos e margens de comercialização são alguns dos componentes do preço final ao consumidor. Nos itens abaixo é explicado como funciona a composição de preços, a cadeia de comercialização e o comparativo dos preços ao consumidor em vários países.

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Confira aqui como funciona a composição de preços da gasolina.

Descubra quais fatores atuam na composição de preços do GLP.

Confira aqui como funciona a composição de preços do diesel.

Notícia colhida no sítio http://www.petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-precos/

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