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Por 23:55 Sem categoria

As trabalhadoras bancárias e a Marcha das Margaridas

Quem não for, vai perder o bonde da história. Reunir 100 mil mulheres numa marcha em Brasília no mesmo ano em que elegemos uma mulher presidenta da República, com uma pauta que contempla mulheres do campo e da cidade, é uma verdadeira demonstração de coragem e uma grande oportunidade de mudança.

Trata-se da Marcha das Margaridas, movimento organizado por diversas entidades com o apoio da CUT. Desde já, é grande a mobilização e os debates em torno da marcha, que só vai acontecer nos dias 16 e 17 de agosto. E qual deve ser a contribuição das trabalhadoras bancárias para fortalecer a pauta?

Não é de hoje que o movimento sindical bancário vem fazendo o debate da regulamentação ou reforma do sistema financeiro. Sistema este que lucra escandalosamente com juros, especulações, tarifas e crédito de curto prazo, sem de fato cumprir um papel social relevante. Bancos não devem estar somente a serviço das grandes fortunas, bancos devem atender de forma decente todos aqueles e aquelas que precisam de investimento para alavancar sua produção agrícola, por exemplo, para produzir mais e melhores alimentos que sustentam esta nação.

A marcha é um momento ímpar de exercitar a verdadeira solidariedade de classe, é o momento de ampliar nossos horizontes e de sentir na pele que não estamos sozinhas. A Marcha das Margaridas vai contar com a garra e força da Marcha Mundial de Mulheres, com quem tive a oportunidade de caminhar 14 km dos mais de 100 km percorridos no ano passado. A cada passo que dávamos, aumentava minha convicção de que estávamos no “caminho” certo, ou seja, o caminho da organização, do protesto, da denúncia e da unidade das diversas organizações.

Para não pecar por descuido ou por omissão, vamos fazer do mês de março um período de debate e reflexões sobre qual deve ser a nossa proposta e contribuição para um “desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, a fim de organizar uma grande participação das bancárias rumo à Marcha das Margaridas.

Por  Deise Recoaro, que é secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.contrafcut.org.br

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