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Por 20:24 Sem categoria

Bancários denunciam demissões

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) divulgou mais uma rodada da “Pesquisa do Emprego Bancário”, realizada em parceria com o Dieese. O levantamento revela que, de janeiro a maio de 2016, foram fechados 5.998 postos de trabalho em todo o Brasil – alta de 105,05% em relação ao mesmo período de 2015.

O secretário-geral da Confederação, Carlos de Souza, falou sobre os números à Agência Sindical. Entre as causas das demissões, ele aponta a adoção sistemática de novas tecnologias: “Grandes bancos investem pesado. Os postos perdidos para serviços feitos por internet, celular, caixa eletrônico não são repostos. O cliente acaba assumindo a atividade que era de um bancário e ainda paga ao banco poder usá-los”.

A pesquisa demonstra que instituições como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e HSBC, foram os principais responsáveis pelo saldo negativo de postos de trabalho – fecharam 4.637 vagas, 77% do total. Dentre os bancos públicos, a Caixa reduziu 1.368 postos, cerca de 23% do total, com a adoção de Plano de Demissão Voluntária.

Outra causa apontada pela Contraf é a alta rotatividade. Apesar do fechamento de postos de trabalho, os bancos seguem contratando, mas por salários menores. “O que vemos é que o sistema financeiro demite para depois recontratar, por salários que chegam a cair pela metade na mesma função”, explica Carlos.

Segundo a pesquisa, os bancos brasileiros contrataram 9.050 funcionários e desligaram 15.048 no período. O salário médio dos admitidos foi de R$ 3.629,58, contra o salário médio de R$ 6.652,68 dos desligados. Os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 54,6% da remuneração dos que saíram.

Campeões de demissões – Dezoito estados apresentaram saldos negativos de emprego. As maiores reduções ocorreram em São Paulo, com 3.512 cortes (58,5%), seguido pelo Rio de Janeiro, com 981 (16,4%), e Minas Gerais, com 396 empregos a menos (6,6%).

Resistência – Carlos de Souza afirma que a categoria está se preparando para resistir aos ataques que, não somente os bancários, mas os trabalhadores em geral já enfrentam. “No final de julho, realizaremos nossa conferência e traremos para o debate a conjuntura política e a defesa de nossos empregos”, ressalta.

Mais informações: www.contrafcut.org.br

Fonte: Agência Sindical

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