fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 15:30 Sem categoria

Bancários do Paraná entram em greve nesta terça (06)

Os bancários reivindicam reposição da inflação do período mais 5% de aumento real

Os sindicatos dos bancários que compõe a FETEC-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná) aprovaram a adesão à greve nacional da categoria, a partir desta terça (06), com exceção de Arapoti que adere a greve a partir do dia (08). As assembleias foram realizadas na quinta (01) e sexta (02) nas cidades de Curitiba, Londrina, Campo Mourão, Guarapuava, Paranavaí, Toledo, Apucarana, Umuarama, Cornélio Procópio e Arapoti. A FETEC-CUT-PR agrega 85% dos sindicatos dos bancários do Paraná, com aproximadamente 30 mil bancários e financiários.

A FETEC-CUT-PR informa que o acesso aos caixas eletrônicos estará liberado, visando minimizar os transtornos aos clientes.

“Entendemos que a greve gera transtornos a todos e tentamos esgotar todas as possibilidades de negociação, no entanto, os banqueiros demonstraram total desrespeito e falta de comprometimento com os funcionários. Essa é a última alternativa que os trabalhadores possuem para reivindicar o que lhes é de direito e mérito. Não há crise para os banqueiros. Os funcionários pedem condições dignas de trabalho e mais contratações. Isso irá resultar em melhoria no atendimento prestado aos clientes”, afirmou Júnior César Dias, presidente da FETEC-CUT-PR.

O lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, mais de 34 mil empregos foram reduzidos pelos banqueiros. Somente em 2015, os maiores bancos do país lucraram quase R$ 70 bilhões.

Os eixos centrais da Campanha Nacional 2016 são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

Financiários

Os financiários de Curitiba e Região decidiram entrar em greve a partir do dia 12 e os de Londrina votam a proposta da Fenacrefi – Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento, nesta segunda (05).

Os bancários reivindicam reposição da inflação do período mais 5% de aumento real - SEEB Curitiba

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

Proposta dos bancos rejeitada pelos bancários

Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).

Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários).

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.467,17.

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.104,55.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21.

Auxílio-refeição – R$ 31,57.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 523,48.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 420,36.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 359,61.

Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).

Gratificação de compensador de cheques – R$ 163,35.

Requalificação profissional – R$ 1.437,43.

Auxílio-funeral – R$ 964,50.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 143.825,29.

Ajuda deslocamento noturno – R$ 100,67.

 

Autor: Cinthia Alves

Fonte: FETEC-CUT-PR

Close