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Banco do Brasil lucra 36,3% menos após 7 mil demissões

O programa de demissão voluntária (PDV), que afastou mais de sete mil funcionários, reduziu em R$ 445,9 milhões o lucro líquido do Banco do Brasil neste semestre. De acordo com dados da instituição, o BB registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões nos primeiros seis meses de 2007, resultado 36,3% menor que o obtido no mesmo período de 2006. A justificativa da instituição para a queda no lucro foram, além do PDV, as receitas extraordinárias do primeiro semestre do ano passado, que somaram R$ 2,3 bilhões. Sem a repetição desses recursos nos primeiros seis meses deste ano, o lucro ficou menor.

No primeiro semestre do ano passado foram contabilizados R$ 2,3 bilhões em itens extraordinários (R$ 1,9 bilhão de crédito tributário, mais R$ 898 milhões do fundo de paridade da Previ, menos R$ 500 milhões de provisão extra de crédito).

Descontando os efeitos extraordinários, o lucro foi de R$ 2,9 bilhões, valor 84,4% superior ao apresentado no primeiro semestre de 2006. Essa evolução é fruto da expansão da carteira de crédito (29%), com destaque para as operações com pessoas físicas (consignado e veículos) e pessoas jurídicas (Micro e Pequenas Empresas). Destaca-se ainda o crescimento das receitas de prestação de serviço (10,7%) e a redução da inadimplência em 80 pontos base, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O BB manteve a liderança absoluta na concessão de crédito no País, encerrando o semestre com 16,6% de participação de mercado. A carteira de crédito do BB atingiu R$ 133 bilhões, evolução de 28,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. As operações com pessoa jurídica evoluíram 35,3% em 12 meses. O crédito para pessoa física cresceu 29% em relação ao primeiro semestre de 2006, com destaque para o consignado, que avançou 68,4%, e para o financiamento de veículos, que cresceu 304,5%. As receitas de operações de crédito no exterior somaram R$ 12,2 bilhões, valor 16,6% superior ao observado no mesmo período de 2006. O Banco desembolsou R$ 6,2 bilhões na modalidade crédito consignado no semestre, encerrando o período com R$ 10,2 bilhões de saldo nessa carteira, incremento de 68,4% em 12 meses, e 17,6% de participação no mercado.

Crédito em alta

O presidente do Banco do Brasil, Luiz Francisco de Lima Neto, atribuiu o resultado da instituição no semestre ao forte crescimento de sua carteira de crédito, que apresentou expansão de 28,4% no semestre frente ao mesmo período de 2006, alcançando R$ 145,2 milhões. “O Banco do Brasil ainda é uma grande referência no setor de crédito. Com um crescimento de mais de 28%, a instituição cresceu mais do que a média do País (21,4%, junho 2006 sobre junho 2007) e com as ações estruturantes, o banco está reduzindo custo, o que é muito interessante e positivo”, destacou o analista de bancos da Agora Investimento, Aloízio Lemos. “Não podemos querer que o BB tenha lucros como o Bradesco e o Itaú, por ser estatal e atuar em segmentos com juros baixos, mas a instituição está caminhando bem”, completou.

Venda de ações

O vice-presidente de finanças do Banco do Brasil, Aldo Mendes, confirmou ainda que estão mantidos os planos da instituição para a venda de ações de seus principais acionistas no mercado secundário. “Pode ocorrer até o final do ano. Os acionistas estão esperando o melhor momento”, afirmou. Mendes comentou ainda que na outra ocasião em que o BB fez uma operação desse tipo o banco também sofreu com um revés do mercado. O vice-presidente disse também que o mundo entrou em compasso de espera diante da turbulência dos últimos dias. “Quem pensava em abrir capital, deve esperar”, disse.

Logo após o anúncio do resultado, as ações do BB caíram no mercado financeiro. “Foi uma queda coletiva, fruto da instabilidade no mercado”, avaliou o consultor de investimentos, Ricardo Borges.

Incorporação

O presidente do BB, Luiz Francisco de Lima Neto, comentou a possível incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc). Para o executivo, surgiu uma janela de oportunidade.

Sobre a abertura de capital da Visanet, Lima Neto confirmou que há estudos nesse sentido, no entanto, evitou comentar prazos.

A Visanet, rede de pagamento eletrônico, tem entre seus principais acionistas, além do BB, o Bradesco e o ABN Amro Real.

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões nos primeiros seis meses de 2007, resultado 36,3% inferior ao obtido pela instituição financeira no período de janeiro a junho do ano passado.


NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.dci.com.br

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