Falta de ambientes adequados aos PCDs é realidade também em outros bancos.
Criada em 1991, a Lei Federal n. 8.213 prevê que toda empresa com 100 ou mais funcionários destine de 2% a 5% dos postos de trabalho a pessoas com alguma deficiência (PCD). Além de falhas no cumprimento da legislação, os bancos têm se mostrado também despreparados para acolher adequadamente os trabalhadores PCDs.
É o que demonstra os casos de desrespeito ocorridos em 2015, na Área Regional Sul do Banco do Brasil, base do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. Dois bancários com deficiência foram diretamente afetados pelo despreparo e a falta de ambientes adequados na instituição financeira. Após serem alocados em agências sem a infraestrutura necessária, os trabalhadores quase foram descartados.
“Em ambos os casos, só não ocorreram as demissões devida a atuação rápida por parte do Sindicato, que tomou as devidas providências”, explica Ana Fideli, secretária de Saúde da entidade. “Infelizmente, esta é uma prática corriqueira em todos os bancos”, completa.
Problema recorrente
“A falta de ambiente adequados e o preconceito quase puseram fim a carreira desses profissionais. Se, por um lado, os bancos fazem propaganda de inclusão, na prática, não é isso o que acontece nos locais de trabalho. A condição do bancário pouco importa, o que importa é o cumprimento de meta a qualquer preço!”, resume Pablo Diaz, secretário de Formação do Sindicato e funcionário do BB.
Renata OrtegaSEEB Curitiba