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BANCO SÓ SE COMPORTA SE O BANCO CENTRAL OBRIGAR

“Nós entramos muito tarde no delírio neoliberal. O Brasil é um país tardio. Neste caso foi bom”, disse Conceição Tavares.

Para a economista, assim o Brasil pôde evitar a destruição completa do estado de bem-estar social e assim dispor, diante da crise, do poder de resistência e enfrentamento.

O que nos dá poder são os bancos públicos, afirmou, no primeiro dia do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento.

BRASÍLIA – Maria da Conceição Tavares contabiliza mais de meio século dedicado a contribuir para a análise do desenvolvimento econômico brasileiro. Talvez por causa disso conquistou algo para poucos: ter o direito de falar tudo o que pensa. Em mesa durante Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, Conceição não teve papas na língua ao apontar culpados e resumiu: “O Brasil não é um país hegemônico. Não tem hegemonia na sociedade civil, nem nas burguesias, nem em nada. Então precisa de um poder político. É uma sociedade que depende muito do Estado mesmo quando gosta de dizer que é contra ele”. É contra “de boca”, com ela diz. “Ninguém ganha sem um estado brasileiro forte”, completou.

A ex-deputada federal pelo PT do Rio de Janeiro encerra grande parte das suas conclusões com uma enfática pergunta: “Está claro?”. Na mesma platéia, para quem a economista perguntava se estava sendo direta o suficiente, alguns foram por ela distinguidos como protagonistas dos que podem ser cruéis efeitos da crise no Brasil caso não sejam combatidos: empresários que praticam demissões em massa, neoliberais arrependidos e uma classe que ainda mantém ranço contra um Estado forte. Para ela, são justamente as políticas de Estado e as políticas públicas de proteção social que vão garantir um horizonte de diferença frente aos métodos que ficaram petrificados a todo custo durante o largo período neoliberal no Brasil.

Conceição foi a grande interlocutora de Lula durante a fala do presidente da abertura do seminário, ontem (5) pela manhã. Quando o Presidente lembrou a importância de pensar as diretrizes que devem basear argumentações na próxima reunião do G20 foi o nome da economista que ele citou. “Os outros países não têm uma Petrobras. A PDVSA venezuelana não tem o fôlego da Petrobras e já está muito vulnerável porque ela, sim, era um grande exportador de petróleo, o que não é o nosso caso. O Brasil está muito bem em relação aos outros que não têm um BNDES, um Banco do Brasil, uma Caixa Econômica Federal. Isso é importante. Para resistir, ao lado do crédito público e do investimento publico”, disse Conceição.

A avaliação da economista atinge também as ações da iniciativa privada no Brasil. “A dúvida é poder ou não resgatar o investimento privado, o ciclo de crescimento recente tem um componente enorme de crescimento de investimento privado. Imaginar que vai ter investimento nos setores da agroindústria não é provável. Aqui mesmo perguntei a um empresário da agroindústria como andava o segmento e ele me disse não vai bem. Claro que não vai bem. O mesmo também não é provável nos setores minerais. Se a recessão mundial se agravar, e tudo indica que sim, porque o conjunto de medidas que estão sendo tomadas não tem coordenação e peso suficientes para resolver a questão central que é a questão da crise financeira americana, vai ser muito delicado”.

O Mercosul, por isso, terá papel fundamental no enfrentamento da crise, segundo a professora. As escolhas do governo federal pela ampliação do leque de parceiros comerciais, também, porque o próximo período é de tensão e conflitos de interesses mais intensos. “A nossa capacidade de exportar, graças a uma política externa mais aberta e mais independente – que inclui o Oriente Médio, a África e a Ásia entre os parceiros fundamentais – vai ser mais complicada. Vai ter atrito, mas o nosso presidente é uma pessoa paciente e alegre, atura o mau humor dos demais presidentes latino-americanos com muita tranqüilidade”, brincou Conceição. “Nosso presidente tem muito bom humor e por isso é otimista”, emendou após os risos da platéia.

Conceição tem lá suas preocupações, contudo. “Não dá para garantir, salvo sob liderança política concreta de nome e apelido, a continuidade de um projeto de desenvolvimento. E não dá porque nós não temos hegemonia nem da burguesia nacional, os senhores que estão aqui sabem que não são hegemônicos, nem do setor internacional, nem da sociedade civil. Isso complica porque permeia os interesses e a mídia não é nada conseqüente. Por mais que se diga que a mídia não está incutindo o pessimismo, ela está afirmando que devemos ter cuidado com a saúde fiscal. Imagina, a pessoa numa crise como esta, com a situação fiscal que está muito bem, obrigado. Está melhor que a maior parte dos países do mundo. E ai recomenda-se cuidado a ponto tal que o Ministro da Fazenda se vê obrigado a dizer que terá cuidado, eu fico preocupada. Porque isso é sinal de que é uma sociedade heterogênea que não tem um projeto nacional, apesar de ter passado por transformações importantes pela base”, avaliou.

O que nos dá poder são os bancos públicos

“O que nos dá poder são os bancos públicos. O que nos dá poder é ter um banco nacional de desenvolvimento que tem mais recursos que o Banco Mundial. O Banco Mundial pode não querer emprestar nada pra gente, se é que eles têm dinheiro pra emprestar. Saberemos se tem algum dinheiro lá porque teremos o representante do Banco falando aqui também”, disse em referência à mesa sobre o novo papel das instituições financeiras multilaterais, na programação do Seminário que conta com a participação do diretor-executivo do Banco Mundial. “Banqueiro é banqueiro em toda parte. Se o Banco Central ainda facilita e ajuda, eles agradecem. Banco só se comporta se o Banco Central obrigar a se comportar, é óbvio, até parece”, resumiu Conceição.

Conceição já havia feito a analise em Carta Maior de que o governo hoje tem fôlego financeiro suficiente para acionar a demanda e o investimento através de uma engrenagem que se baseia em quatro eixos: as políticas sociais, a nova política habitacional, as obras do PAC e as licitações da Petrobras. A ministra Dilma Rousseff também apresentou didaticamente os mesmos pontos na manhã de ontem e foi citada mais de uma vez por Conceição. “O PAC vai ajudar na crise, mas foi concebido como uma política de infraestrutura pra valer. Com ele, você tem uma perspectiva mais equalizadora do ponto de vista regional e mais eficiente porque interliga os sistemas. Agora tem problemas que nem o PAC nem nada resolve, como o problema das metrópoles, objetivamente: transporte, saneamento e segurança”.

“Os maiores problemas são juventude e emprego. Manter o emprego dos que estão empregados é difícil, graças a Deus que o presidente Lula não tem papas na língua e vai logo batendo nos empresário direto. Aqui são vários que devem ter saído com as orelhas quentes e um dos quais eu vi ele chamar pessoalmente. Porque ele faz demissão coletiva e não cumpre as regras da OIT nem da Justiça do Trabalho brasileira”.

Sermos tardios nos preservou de desastres

“Acho que neste ano vamos crescer pouco, mas isso não será negativo. Estamos percorrendo hoje o caminho que a Argentina, o Chile e o Uruguai percorreram no século passado, construindo um estado de bem-estar social. Nós entramos muito tarde no delírio neoliberal. O Brasil é um país tardio. Neste caso foi bom, porque não fizemos o que Argentina, Chile e Uruguai fizeram, destruindo o estado de bem-estar social que tinham”, afirmou Conceição, enfatizando as peculiaridades a partir das quais se deve estruturar o enfrentamento da crise, com uma lição da história.

Sermos tardios, segundo a economista, preservou o país de desastres que assolaram países vizinhos, sobretudo em termos de proteção social à avalanche financista. E essa realidade, em perspectiva histórica, organiza o seu otimismo, “não apenas pelas nossas virtudes”, disse. “Estou otimista porque cometemos vários vícios que agora o grosso da sociedade, inclusive a empresarial, vai deixar de lado, vai abrir. Estamos melhor”.

Políticas públicas de proteção social estruturadas e financiadas como políticas de estado são decisivas, não a defesa da agenda keynesiana, segundo Conceição. Enquanto a turbulência não dá sinais de arrefecimento, a discussão sobre nova arquitetura financeira global importa de menos, no diagnóstico da professora. Análise publicada pela The Economist http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=13243343 no mesmo dia em que Conceição falou neste seminário corrobora a tese de que os Bancos Públicos são nota da vantagem brasileira frente à crise. A influência que temos no sistema financeiro, diz a matéria, determina as condições de segurança para enfrentar a crise. Essa é a chave, na perspectiva da economista, para aprender com a história.

Por Clarissa Pont.

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“É uma guerra de resistência; temos que segurar o manche e agüentar”

“Estamos diante de uma tempestade global. Não é apenas a violência que assusta; é, principalmente, o fato de que a sua origem financeira torna tudo absolutamente opaco no horizonte da economia internacional. Mente quem disser que sabe o que virá e quanto vai durar”, diz, em entrevista à Carta Maior, Maria da Conceição Tavares, que falará quinta-feira (5), no seminário promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). “Minha percepção mais clara é de que será uma guerra de resistência; e que o Brasil tem condições de segurar o manche, e agüentar”, assinala.

A professora Maria da Conceição Tavares ainda nem tomou o café da manhã da segunda-feira, 2 de março. Mas já devorou os dados do noticiário sobre a crise e passa rapidamente deles para conversar com Carta Maior sobre os eixos da palestra que fará nesta quinta-feira, dia 5 de março, às 14h30min. Conceição abre nesse dia a primeira mesa de debates do Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento que acontece em Brasília.

Organizado pelo Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, da Secretaria de Assuntos Institucionais do Governo, o seminário tem tudo para ser um importante contraponto de densidade ao enfoque ora alarmista, ora epidérmico que contamina muitas análises da crise mundial e, sobretudo, de seu impacto no Brasil.

Inagurado oficialmente pelo Presidente Lula às 9 hs da manhã, o seminário internacional tem a coordenação do ministro José Múcio que convocou duas dezenas de intelectuais, autoridades e lideranças – do Brasil e do exterior – para um balanço daquele que já é reconhecido como o maior colapso da história do capitalismo desde 1929.

A TV Carta Maior transmitirá ao vivo os debates, com cobertura completa das mesas programadas para a quinta e sexta-feira.

Por ser a reflexão de uma das economistas mais respeitadas do país, a fala da professora Maria da Conceição certamente esticará linhas que vão interligar o conjunto das discussões.

Há precedentes que justificam essa expectativa. Veio da “implacável lucidez” da economista, para emprestar o elogio de um de seus muitos admiradores, Carlos Lessa, algumas das reflexões seminais que ajudaram a compreender a evolução da economia brasileira no século XX. Reunidas num livro lançado no início dos anos 70 (“Da substituição de importações ao capitalismo financeiro”) essas intervenções figuram ainda hoje como um ponto de passagem obrigatório para quem pretende entender a dinâmica do desenvolvimento capitalista no país.

Pela primeira vez na história, o Brasil enfrenta uma crise mundial sem ter que carregar o setor público nas costas.

“Veja bem”, diz Conceição quando perguntada sobre qual seria agora o foco principal de sua análise na exposição da quinta-feira, ”estamos diante de uma tempestade global. Não é apenas a violência que assusta; é, principalmente, o fato de que a sua origem financeira torna tudo absolutamente opaco no horizonte da economia internacional. Mente quem disser que sabe o que virá e quanto vai durar. Minha percepção mais clara é de que será uma guerra de resistência; e que o Brasil tem condições de segurar o manche, e agüentar”.

Conceição não é propriamente uma poliana acostumada a distribuir cálices de bondades nos salões da política brasileira. Tampouco ganhou o respeito ecumênico que desfruta em círculos intelectuais e acadêmicos por irradiar otimismo panglossiano. A adversária temida e respeitada do conservadorismo nativo na verdade nunca poupou de sua metralhadora crítica nem o governo Lula, sobrertudo no primeiro mandato, quando a macroeconomia adotada pelo ex-ministro Antonio Palocci gozava unanimidade na mídia e no seu braço político-eleitoral, o tucanato.

Um de seus ex-alunos diz que a garganta de Henrique Meirelles, o presidente do BC, ainda emite ganidos de dor quando a professora de 74 anos dardeja, sem piedade, a política monetária que dá ao Brasil o campeonato mundial de juro do planeta. “O que estou dizendo não é fruto de otimismo”, pontua essa admiradora confessa de Celso Furtado. “A luta será dura. Mas pela primeira vez na história, o Brasil enfrenta uma crise mundial sem ter que carregar o setor público nas costas. Isso é inédito: nesta crise o Estado não está afundado em dívida externa, para não dizer totalmente quebrado, como ocorreu nos anos 90. Significa mais do que não ter um peso morto; significa um Estado em condições de amparar o investimento, o emprego e o capital de giro da economia”.

A taxa de juro mais alta do mundo finalmente mostra para que serve: serve para ser corrigida agora

Conceição brinca enquanto dispara sem dó: “Desta vez, temos ainda uma vantagem paradoxal; e aí devemos reconhecer o serviço prestado pela ortodoxia: há um enorme espaço macroeconômico para flexibilizar a política monetária’, como eles gostam de dizer”, ironiza a professora com um sorriso e aciona de novo o gatilho: “A taxa de juro mais alta do mundo finalmente mostra para que serve: serve para ser corrigida agora na crise. Basta que façam isso e o país já ganhará um substancial reforço na capacidade fiscal para implementar ações anti-cíclicas. Cada ponto a menos na taxa de juro reduz em uma dúzia de bilhões o custo da dívida pública”.

A ex-deputada federal pelo PT listará no CDES algumas vantagens que distinguem o Estado brasileiro atual daquele pé-de-chumbo pró-ativo da era FHC, quando, ao contrário de hoje, ajudava a empurrar a economia para o buraco. Hoje, o governo tem fôlego financeiro suficiente para acionar a demanda e o investimento através de uma engrenagem de quatro patas: as políticas sociais; a nova política habitacional – que deve encomendar um milhão de unidades ao setor da construção civil; as obras do PAC – “que alavancam a conjuntura e corrigem as desigualdades da estrutura regional”; e as licitações da Petrobrás –“a Petrobrás, sozinha, meu filho, é uma nação; uma nação que nos dá auto-suficiência em óleo, o que não tínhamos nas outras crises; ao mesmo tempo mantém encomendas que podem sustentar faixas do parque industrial”.

Mas, acima de tudo, a professora gosta de salientar uma diferença crucial em relação à carpintaria neoliberal dos anos 90, quando o Brasil bateu três vezes no guichê do FMI: “Hoje temos um tripé de bancos estatais revigorados, que cumprem papel estratégico reconhecido pela política econômica. Com o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal o Brasil pode, de fato, gerar contrapesos à contração do crédito internacional, propiciar capital de giro e investimentos com contrapartida de garantia de emprego. Basta ter determinação política”.

Os dois maiores bancos dos EUA agonizam; baixas dessa magnitude não tivemos nem em 1929

Conceição, porém, não minimiza as dificuldades dos dias que virão. “Sem dúvida o colapso financeiro internacional é dramaticamente mais sério que aquele de 29. A crise atual ainda não alcançou a proporção daquela, mas você tem o núcleo financeiro dos EUA carcomido, – veja bem”, pontua a professora didaticamente, “é o núcleo, os grandes bancos, não as franjas. Os maiores deles, o City e o Bank of América, praticamente agonizam. Baixas dessa magnitude não tivemos nem em 1929”, adverte com entonação diferente na voz.

Conceição enxerga uma estatização branca em andamento no setor financeiro norte-americano; percepção corroborada pelo noticiário matinal da segunda-feira que informa um novo round na agonia da seguradora AIG. A maior seguradora do mundo ganhou o epíteto agora de maior prejuízo da história do capitalismo americano. Na segunda-feira, receberia nova transfusão de recursos do Tesouro, mais US$ 30 bi sobre anteriores US$ 150 bi que não bastaram para afastá-la da ladeira da liquidação.

Conceição não considera que a política de socorro e mitigação pontual adotada por Obama seja suficiente para reverter a espiral que se espalha. “Ajuda pontual não permite ao governo intervir de fato nas instituições; os conselhos e acionistas mantém o comando; não deixam realizar prejuízos; a agonia se arrasta”. A conclusão que extrai dessa convergência entre colapso e hesitação ideológica é que teremos uma crise de longa duração, “uma guerra de resistência”. Conceição reporta ao exemplo japonês para justificar seu ceticismo. “Na crise do Japão, nos anos 90, o setor financeiro foi abalado; nunca se recuperou de fato. O resultado é o que estamos vendo hoje; a economia japonesa desaba porque não tem solidez na perna financeira. Sem essa perna fica muito difícil enxergar a luz no fim do túnel americano. A maior economia do planeta pode patinar por anos a fio”, vaticina.

Minha dúvida é se a China, que até agora foi o grande comprador de títulos norte-americanos, continuará a fazê-lo

Inúmeras incertezas se acumulam nesse horizonte de longo curso. Mas a principal delas, no entender de Maria da Conceição, argüi a sobrevivência da endogamia sino-americana que sustentou a expansão internacional pré-crise. “Sem crédito o capitalismo não sobrevive”, reitera a professora como que a martelar um avariável que não pode ser esquecida jamais pelos seus ouvintes. “A política norte-americana de socorro e mitigação gera déficits e desequilíbrios crescentes. Os EUA têm um poder quase ilimitado de emitir dívida para se financiar, mas é preciso que o mundo continue disposto a adquiri-la, como tem feito até aqui. Minha dúvida é se a China, que até agora foi o grande comprador de títulos do Tesouro, terá fôlego para sustentar esse papel”.

Conceição não acredita que a China possa reciclar facilmente seu dínamo exportador para uma expansão calcada no mercado interno. “Eles já estão fazendo investimentos impressionantes na economia doméstica; não creio que exista espaço para ir além e assim compensar a perda inevitável do lado do comércio exterior. Daí a pergunta para a qual não tenho resposta: até quando terão condições de absorver títulos da dívida dos EUA?”

O ativismo keynesiano de Obama ainda não marca a derrota definitiva do neoliberalismo; no Brasil isso será decidido em 2010

A economista encerra com uma advertência política: “Nada do que estamos vendo configura, ainda, a derrota definitiva do neoliberalismo. É um passo. Mas não podemos festejar o defunto sob as ruínas dos mercados financeiros. O que vemos hoje é apenas luta pela sobrevivência; não há lugar para a ideologia na luta desesperada pela sobrevivência. O ativismo keynesiano de Obama, entre outros, é apenas isso, um recurso à mão, nada mais. Provavelmente, essa opacidade ideológica persistirá até 2010. No Brasil, então, será a hora da verdade. Serra se diz um desenvolvimentista – de boca, porque sua aliança preferencial é com os Democratas, cuja agenda dispensa apresentações. A sociedade brasileira terá que escolher o projeto e o arcabouço de valores para conduzir o país na reordenação pós-crise. Tomara que não recue” , conclui a professora Maria da Conceição Tavares.

Por Redação – Carta Maior.

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