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Bancos brasileiros resistiriam a choques econômicos, avalia Banco Central

Brasília – Os bancos brasileiros são capazes de resistir a choques econômicos sem comprometer seu capital, concluiu o Banco Central (BC). A conclusão consta do Relatório de Estabilidade Financeira, publicação semestral divulgada hoje (11).

No documento, que se refere ao segundo semestre de 2010, o BC afirma que, mesmo em cenários extremos de deterioração econômica, o sistema financeiro nacional não sofreria com a explosão da inadimplência, nem com a queda na qualidade do capital. De acordo com o documento, o Índice de Basileia, indicador usado para medir a segurança dos bancos, se manteria acima do valor mínimo aceitável.

O Índice de Basileia mede o capital que os bancos mantêm retidos em relação ao valor emprestado. Pelos padrões internacionais, para cada R$ 100 emprestados, o banco precisa manter pelo menos R$ 11 imobilizados. Os testes de estresse mostraram que, mesmo no pior cenário pesquisado pelo BC, o índice ficaria superior a 11%.

O relatório também concluiu que os bancos brasileiros conseguirão enfrentar as medidas de contenção do crédito sem necessidade de mudança na estratégia de negócios. Embora anunciadas em dezembro do ano passado, essas medidas só entraram em vigor neste mês.

Para segurar a expansão do crédito, o BC elevou o capital mínimo que os bancos precisam ter em caixa para operar determinadas modalidades de operações de crédito. A autoridade monetária também reduziu o limite para captação de depósitos com garantias especiais.

Em relação à expansão do crédito no ano passado, a autoridade monetária avaliou que o sistema apresentou rentabilidade satisfatória e a solvência permaneceu robusta. Segundo o BC, isso ocorreu porque o aumento do risco de inadimplência, proporcionado pelo maior volume de crédito, foi compensado pela incorporação de lucros, o que manteve a suficiência e a qualidade da base de capital.

Segundo o BC, o cenário para a economia brasileira continuou positivo no ano passado, apesar das dificuldades nos países desenvolvidos. Nesse período, afirma o relatório, os bancos captaram recursos suficientes para continuar a financiar a expansão das carteiras e, ao mesmo tempo, manter estoques elevados de ativos líquidos.

Apesar do aumento da tomada de crédito, o Banco Central afirma que as famílias não comprometeram maior parcela da renda com dívidas porque os novos empréstimos foram sustentados por modalidades de menores taxas de juro e risco e com prazos mais longos. De acordo com o documento, as medidas macroprudenciais (de contenção do crédito) foram preventivas e tiveram o objetivo de permitir que o mercado de crédito se desenvolva de forma sustentável.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lana Cristina.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br

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BC divulga Relatório de Estabilidade Financeira

Brasília – O Banco Central divulga hoje o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), referente ao segundo semestre de 2010. O REF é uma publicação semestral que descreve a evolução recente do Sistema Financeiro Nacional (SFN), apresenta os resultados de análises da sua resiliência a eventuais choques, bem como avalia as suas perspectivas de evolução.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos países desenvolvidos, o cenário para a economia brasileira continuou positivo, marcado por forte expansão da atividade econômica e do crescimento do crédito. No período, os bancos captaram recursos suficientes para continuar a financiar a expansão das carteiras e, ao mesmo tempo, manter estoques elevados de ativos líquidos.

O crescimento do crédito às famílias foi sustentado por modalidades de menores taxas e risco, e com prazos mais longos, portanto, contribuindo para a relativa estabilidade do comprometimento de renda com o serviço da dívida. Por outro lado, o acelerado e contínuo crescimento do crédito motivaram a publicação de um conjunto de medidas de natureza macroprudencial com o objetivo de mitigar potenciais riscos à estabilidade do SFN, propiciando a continuidade do desenvolvimento sustentável do mercado de crédito.

O sistema apresentou rentabilidade satisfatória e a solvência permaneceu robusta, visto que o aumento da exposição ao risco dos ativos, principalmente pelo aumento da carteira de crédito, foi acompanhado pela incorporação de lucros, mantendo a suficiência e a qualidade da base de capital. Os testes de estresse mostraram que, mesmo em cenários extremos de deterioração da situação macroeconômica, o Índice de Basiléia do sistema se manteria superior ao estabelecido na regulamentação.

O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) funcionou de forma adequada, considerando-se os aspectos de risco e de eficiência.

Finalmente, no curto e médio prazos, importantes modificações serão incorporadas ao arcabouço prudencial brasileiro, como as recomendações de Basileia III; a elevação do requerimento de capital para determinadas modalidades de operações de crédito; a redução gradual do limite para captação de depósitos com garantias especiais; e alteração dos procedimentos para a classificação e o registro contábil de operações de venda ou de transferência de ativos financeiros. De forma geral, dada a atual situação de capitalização e liquidez, bem como a lucratividade do sistema, espera-se que os bancos brasileiros sejam capazes de se adaptar às novas medidas sem que ocorram mudanças relevantes em suas estratégias de negócios.

Clique para ver o relatório.

Brasília, 11 de abril de 2011

Banco Central do Brasil
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