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Por 13:18 Itaú, Santander

Bancos Itaú e Santander: lembrem-se, temos Convenção Coletiva de Trabalho até 31 de agosto

retrocessos em curso

Santander aplica ‘reforma’ trabalhista sobre acordo negociado e é alvo de protestos

Atividades e paralisações são realizadas em todo o país devido contra medidas que violam itens protegido por acordo válido até 31 de agosto. Banco tem no Brasil a maior fatia de seu lucro mundial
por Redação RBA publicado 31/01/2018 12h01, última modificação 31/01/2018 14h39
São Paulo – Desde a manhã desta quarta (31), bancários de todo o país protestam em locais de trabalho do Santander, após o banco espanhol ter implementado unilateralmente pontos da “reforma” trabalhista que violam termos negociados anteriormente em acordo coletivo. Segundo o sindicato da categoria em São Paulo, é um caso de inversão da lógica, em que o banco tenta fazer prevalecer o “legislado com a reforma trabalhista sobre o negociado com os representantes legítimos dos funcionários”.

Em São Paulo, a paralisação se concentra no prédio Vila Santander, no bairro do Limão, zona norte, onde funciona importante serviço de call center. A instituição financeira acionou a polícia para tentar impedir a ação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no local. “A nossa manifestação prossegue. É visível que os bancários apoiam a paralisação, apesar da presença policial ostensiva e das pressões das chefias, que ficam ligando para o pessoal”, disse a presidenta da entidade, Ivone Silva, em entrevista à repórter Nahama Nunes, da Rádio Brasil Atual.

“Isso aqui não é caso de polícia, que deveria estar se ocupando em proteger a população e não intervir num caso de desrespeito aos direitos dos trabalhadores, ao tentarem aplicar sobre os funcionários o que há de pior na reforma trabalhista, passando por cima de itens que já foram objeto de acordo previamente negociado”, observa a dirigente. “Com uso da polícia e do recurso do interdito proibitório para impedir o acesso do sindicato ao local de trabalho, assistimos a mais um episódio de uso invertido da Justiça, contra os trabalhadores.”

A unidade brasileira do Santander responde por 26% do lucro mundial da rede espanhola – a maior taxa de participação do mundo, segundo o sindicato.

Entre as medidas que provocaram reação dos trabalhadores, estão a alteração do dia de pagamento dos salários – do dia 20 para o dia 30 – e dos meses de pagamento das parcelas do 13º salário – antes março e novembro, agora passam a ser maio e dezembro – , além da implememtação de um sistema para forçar a assinatura de um acordo individual de banco de horas semestral, abolindo pagamento de horas extras.

Representantes dos trabalhadores também apontam que o banco anunciou que vai implementar o parcelamento das férias, que vem impondo aumentos abusivos do plano de saúde e que segue demitindo em grande número – nos últimos dias, o banco dispensou 200 funcionários, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Depois dos protestos de 20 de dezembro, enviamos um ofício ao banco solicitando negociações, mas nem sequer obtivemos resposta. Por isso, estamos novamente nas ruas protestando contra as medidas arbitrárias que retiram direitos da categoria e contra o desrespeito do banco pelos trabalhadores”, diz Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Convenção coletiva

A convenção coletiva de trabalho dos bancários é nacional e tem vigência até 31 de agosto – no Santander há também um acordo aditivo. “Se não reagirmos a esse ataque agora, assim que terminar a vigência do acordo e da CCT, podem ter certeza de que o banco espanhol vai cortar todos os direitos dos trabalhadores que a nova lei trabalhista lhe permite. Ou cruzamos os braços agora ou vai piorar depois”, afirma Maria Rosani.

Para Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças Mundial, também funcionária do banco espanhol, o que está acontecendo no Santander pode acontecer também com os demais bancos e também nos outros setores. “Todos os trabalhadores precisam estar alertas e apoiar este protesto. Hoje é o banco espanhol que desrespeita e corta os direitos dos brasileiros, mas essa reforma foi feita por encomenda dos empresários. Eles vão querer colocar em prática todo o massacre que ela prevê. Ou a classe trabalhadora se levanta e luta unida desde já, ou quando pensar em fazer isso pode ser muito tarde”, disse a dirigente. A UNI Global Union agrega 900 entidades sindicais do mundo, representando 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços. A UNI Finanças é o segmento que reúne sindicatos do setor financeiro e de seguros.

Com informações da Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2018/01/santander-aplica-reforma-trabalhista-sobre-acordo-e-alvo-de-protestos-em-todo-o-pais

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em todo o brasil

Itaú tenta impor ‘reformas’ contra bancários e vira alvo de protestos

Banco quer tirar dos sindicatos as homologações de funcionários demitidos. E tentou impor alterações nas férias
por Redação RBA publicado 01/02/2018 10h36, última modificação 01/02/2018 12h49

São Paulo – Bancários de todo o país realizam, desde a manhã desta quinta-feira (1º), protestos e paralisações em agências e sedes administrativas do Itaú. A manifestação se dá após o banco informar que as homologações dos funcionários demitidos não serão mais feitas nos sindicatos – o que pode ser usado para reduzir o valor das rescisões. O banco também anunciou intenção de parcelar e alterar o regime de férias dos trabalhadores.

“Paralisamos as atividades em algumas das principais concentrações do Itaú contra o desrespeito aos bancários e ao sindicato. O banco quer usar a reforma trabalhista para retirar direitos e enfraquecer a representação dos trabalhadores. Não vamos aceitar“, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva. “Estamos abertos à negociação, como sempre estivemos, e não vamos aceitar decisões unilaterais. O banco está muito bem, tem excelentes resultados, não pode rebaixar direitos”, acrescenta.

Em dezembro o banco tentou promover alterações com relação à definição da data e período de férias. Havia estipulado que seus departamentos Jurídico e de Recursos Humanos definiriam novas regras de acordo com as mudanças da nova lei trabalhista (13.467).

“Conseguimos reverter a decisão sobre as férias. Agora chega a informação sobre as homologações, que deixa o trabalhador sem o respaldo dos sindicatos para a conferência dos valores a serem pagos pelo banco. Se não mostrarmos nosso descontentamento, após o término da vigência da convenção coletiva o banco vai querer retirar todos os direitos que ela garante”, disse Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, o Betão, diz que toda a categoria deve se mobilizar, pois outros bancos adotarão as mesmas medidas. “O Santander já havia anunciado medidas prejudiciais aos trabalhadores levando em conta a famigerada reforma. Agora, foi a vez do Itaú. Se toda a categoria não se mobilizar agora, logo todos os bancos retirarão nossos direitos. Temos de nos unir para nos defender uns aos outros.”

Notícia colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2018/02/itau-tenta-impor-reformas-contra-bancarios-e-vira-alvo-de-protestos

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