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Bancos precisam uniformizar práticas trabalhistas, dizem sindicalistas

São Paulo – Representantes de sindicatos de 20 países, das Américas, Europa e Ásia, começaram nesta quarta-feira (17) a discutir as condições para firmar um acordo global com o HSBC e o Santander. Eles criticam a diferença entre as práticas trabalhistas nas diversas regiões e afirmam ser possível – e positivo para os dois lados – definir direitos básicos que podem ser observados em todos os locais, independentemente da legislação. “O que vamos fazer? Uma negociação da cada vez em cada país ou linhas globais de negociação?”, questionou o presidente da UNI Global Union (associação internacional de sindicatos), Oliver Roethig. “O capital já se organiza globalmente. Eles discutem orçamentos globais e desenvolvem campanhas globais, enquanto há países que sequer têm direito a ter sindicato”, lembrou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, também vice-presidente da UNI Finanças.

Segundo a UNI Global, os dois bancos expandiram bastante as suas operações nos últimos anos, inclusive em países”onde a cultura corporativa e ambiente legal” impedem ou restringem os direitos sociais. “Não se trata de uma negociação coletiva planetária, mas de respeito a direitos sociais”, observou o secretário-geral da UNI Américas, Raul Requena. “É um acordo de princípios. Queremos estabelecer relações sólidas de diálogo”, acrescentou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. “Nos Estados Unidos, você não tem nem o direito de organização sindical, que dirá o direito de negociação coletiva.”

O Santander já aceitou iniciar conversações. “É um bom começo”, diz Rita Berlofa, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Rede dos Trabalhadores do Santander na América pela UNI Finanças e pela Coordenadora de Centrais Sindicais no Cone Sul. Em termos globais, a maior resistência à negociação parece vir do HSBC. “A recusa do banco em se reunir com a UNI Global Union é um forte sinal de que o direito dos bancários não é prioridade para o HSBC”, diz Roethig. Presente à abertura do encontro, o diretor do HSBC Antonio Carlos Schwertner disse que “este é o ano das relações sindicais” para o banco no Brasil, e que a formação será uma das prioridades. Ele afirmou ainda que o foro de discussão sobre acordos internacionais está na direção regional do HSBC na América Latina, no México, e na direção central, em Londres.

O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, defendeu as chamadas contrapartidas sociais e o respeito às convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “A crise atacou a imagem do sistema financeiro como um todo”, afirmou, lembrando que isso aumenta a necessidade de iniciativas para melhorar as relações trabalhistas.

O encontro vai até esta quinta-feira (18). A partir das 8h, os bancários devem realizar uma atividade no Centro Administrativo Santander, em Santo Amaro (zona sul de São Paulo), em defesa do acordo global. Também está prevista, para as 10h, uma reunião com representantes da área de recursos humanos do HSBC.

Mais informações no blog do evento, no endereço eletrônico http://www.uniglobalunion.org/Blogs/bankonrights.nsf

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual. Publicado em 17/03/2010, 14:35. Última atualização às 16:16.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.redebrasilatual.com.br.

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Seminário começa com participação do Santander e HSBC

Campanha tem como objetivo a assinatura de acordos que universalizem direitos para bancários em todo o mundo

Começou na manhã desta quarta-feira 17 o seminário de lançamento da campanha pela assinatura de acordos marco globais para bancários do Santander e do HSBC em todo mundo. A abertura do evento contou com a participação do superintendente de Relações Sindicais do Santander, Jerônimo dos Anjos, e do diretor de Relações Sindicais do HSBC, Antonio Carlos Schwertner.

Entre os participantes estão representantes de bancários de pelo menos 19 países das Américas, Europa e Ásia. O objetivo da campanha é a assinatura de um documento que garanta direitos fundamentais e conquistas como organização sindical sem ingerência patronal e sindicalização sem retaliações, repressão ou discriminação. O evento será encerrado nesta quinta dia 18.

“Queremos nestes dois dias traçar as estratégias para os acordos, que esperamos estejam concluídos em novembro, no Congresso Mundial da UNI que acontece no Japão”, disse o presidente da UNI Finanças, Oliver Röethig. A UNI Finanças é um braço da UNI Global, sindicato mundial que representa 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo e que está à frente da campanha.

Os representantes dos bancos destacaram a importância do tema. “Estamos aqui para discutir essa questão fundamental, cujo encaminhamento depende da nossa matriz na Espanha”, afirmou Jerônimo dos Anjos, do Santander. “Já encaminhamos à matriz do banco a carta recebida pelos representantes dos bancários no Brasil. O acordo global é algo muito importante no qual vamos trabalhar duramente durante este ano”, afirmou Schwertner, do HSBC.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), é importante garantir direitos básicos para todos os trabalhadores. “Temos casos graves de violação destes direitos básicos, como um companheiro nosso que foi assassinado na Colômbia e os bancários dos EUA, que não têm sequer direito de formar sindicatos”, disse. “Depois dessa campanha, vamos procurar a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para propor um acordo marco também com os bancos brasileiros que estão se globalizando, como o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco”, concluiu.

O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Claudio Marcolino, também participou da mesa de abertura. “É inaceitável que hoje ainda existam no mundo trabalhadores sem o direito básico da organização sindical. Pior quando eles são funcionários de empresas globais que se dizem modernas”, afirmou o dirigente sindical. “O capital já se organiza globalmente, nós precisamos fazer o mesmo”, disse.

Também participaram da mesa de abertura do seminário o presidente da CUT, Artur Henrique, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o secretário de Finanças da CUT, Vagner Freitas, e o secretário regional da UNI Americas e Caribe, Raul Requena.

Por Danilo Pretti Di Giorgi 17 March 2010 18:07:33

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.uniglobalunion.org/Blogs/bankonrights.nsf

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