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Por 22:03 Santander

Brasil responde por 28% do lucro do ABN AMRO – Valor

Venda da Real Seguros e expansão do crédito impulsionam resultado
Fábio Barbosa, presidente do banco, está otimista com expansão do crédito
(São Paulo) O forte crescimento da carteira de crédito – especialmente a de pessoas físicas e de pequenas empresas -, o aumento da base de clientes e a apreciação do real impulsionaram os resultados do banco ABN AMRO Real no terceiro trimestre.
O lucro do banco foi de 331 milhões de euros, em comparação com 58 milhões de euros no trimestre anterior (45 milhões de euros no terceiro trimestre de 2004).
O resultado inclui um ganho não recorrente de 196 milhões de euros referente à venda da Real Seguros para o grupo Tokio Marine, no início do segundo trimestre. Excluindo-se a operação da Real Seguros, o resultado foi de 135 milhões de euros – crescimento de 132,76% sobre o segundo trimestre. Os números, avaliados de acordo com critérios internacionais de contabilidade, não incluem o banco de investimentos (responsável por crédito a grandes empresas, por exemplo), que é consolidado em separado.
O Brasil teve um peso significativo nos resultados do holandês ABN AMRO. O lucro global do grupo foi de 1,2 bilhão de euros, com crescimento de 35% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2004. Incluindo-se a operação da Real Seguros, o Brasil respondeu por 27,6% do resultado (11,3% sem a operação).
De acordo com Fábio Barbosa, presidente do banco no Brasil, todas as áreas de crédito da instituição, de financiamento de automóveis a cartões e empréstimos pessoais, tiveram uma expansão acelerada no terceiro trimestre. A carteira de crédito, de R$ 31 bilhões (excluindo-se empréstimos a grandes empresas), cresceu 9% no período e já acumula expansão de 36% nos últimos 12 meses.
“Iniciamos o ano um pouco mais devagar, porque estávamos em processo de busca de sinergias com o Sudameris, e aceleramos essa expansão nos dois últimos trimestres”, explica Barbosa, que acaba de ser promovido pela matriz. A partir de 1º de janeiro, ele acumulará os cargos de presidente do banco no país e responsável pelas operações do ABN na América do Sul (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Venezuela e Equador). Barbosa diz que continuará sediado em São Paulo e seu foco principal será Brasil, hoje responsável por 70% a 80% dos ativos do ABN na América do Sul. “Terei uma estrutura a quem delegarei a tarefa de supervisionar e coordenar as operações na região.”
A expectativa do presidente do ABN é de que o crédito continuará a crescer no quarto trimestre, agora também impulsionado pela redução no juro. “O crédito tem sido um dos propulsores da economia. E, agora, com o aumento da massa salarial, estamos passando a uma expansão sustentável”, afirma Barbosa, que não vê impacto significativo de um eventual aperto na hoje farta liquidez internacional. “Nossa vulnerabilidade é muito menor. O país está bem posicionado em suas contas externas.”
O ABN no Brasil trabalha com uma expectativa de crescimento da economia de 3,3% este ano e de 4% em 2006. Para sua carteira de crédito, a estimativa é de expansão de 25% a 30% em 2005 e de 20% a 25% no ano que vem. O banco, que há pouco menos de dois anos adquiriu o Sudameris, tem hoje como prioridade o crescimento orgânico. Barbosa discorda dos analistas que crêem que a expansão do ABN no Brasil está limitada pelo peso que o país já tem nos ativos do grupo. “O que ocorre é que o sistema financeiro nacional é bastante consolidado e praticamente não há oportunidades”, explica.
Com os resultados do terceiro trimestre, o grupo ABN revisou suas estimativas para o segundo semestre. A previsão é de que o lucro global pelo menos se equipare ao 1,88 bilhão de euros do primeiro semestre. No terceiro trimestre, a receita global do ABN subiu 30%, para 6,1 bilhões de euros. Os custos aumentaram 15%, para 3,5 bilhões de euros, em parte devido à valorização da moeda brasileira e à renegociação de contratos de trabalho na Holanda.
A apreciação do real teve forte impacto também no resultado da unidade brasileira. Nos primeiros nove meses do ano, o lucro antes de imposto subiu 50% em euros e 28% em reais, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Fonte: Raquel Balarin – Valor Econômico com agências internacionais

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Brasil responde por 28% do lucro do ABN AMRO – Valor

Venda da Real Seguros e expansão do crédito impulsionam resultado

Fábio Barbosa, presidente do banco, está otimista com expansão do crédito

(São Paulo) O forte crescimento da carteira de crédito – especialmente a de pessoas físicas e de pequenas empresas -, o aumento da base de clientes e a apreciação do real impulsionaram os resultados do banco ABN AMRO Real no terceiro trimestre.

O lucro do banco foi de 331 milhões de euros, em comparação com 58 milhões de euros no trimestre anterior (45 milhões de euros no terceiro trimestre de 2004).

O resultado inclui um ganho não recorrente de 196 milhões de euros referente à venda da Real Seguros para o grupo Tokio Marine, no início do segundo trimestre. Excluindo-se a operação da Real Seguros, o resultado foi de 135 milhões de euros – crescimento de 132,76% sobre o segundo trimestre. Os números, avaliados de acordo com critérios internacionais de contabilidade, não incluem o banco de investimentos (responsável por crédito a grandes empresas, por exemplo), que é consolidado em separado.

O Brasil teve um peso significativo nos resultados do holandês ABN AMRO. O lucro global do grupo foi de 1,2 bilhão de euros, com crescimento de 35% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2004. Incluindo-se a operação da Real Seguros, o Brasil respondeu por 27,6% do resultado (11,3% sem a operação).

De acordo com Fábio Barbosa, presidente do banco no Brasil, todas as áreas de crédito da instituição, de financiamento de automóveis a cartões e empréstimos pessoais, tiveram uma expansão acelerada no terceiro trimestre. A carteira de crédito, de R$ 31 bilhões (excluindo-se empréstimos a grandes empresas), cresceu 9% no período e já acumula expansão de 36% nos últimos 12 meses.

“Iniciamos o ano um pouco mais devagar, porque estávamos em processo de busca de sinergias com o Sudameris, e aceleramos essa expansão nos dois últimos trimestres”, explica Barbosa, que acaba de ser promovido pela matriz. A partir de 1º de janeiro, ele acumulará os cargos de presidente do banco no país e responsável pelas operações do ABN na América do Sul (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Venezuela e Equador). Barbosa diz que continuará sediado em São Paulo e seu foco principal será Brasil, hoje responsável por 70% a 80% dos ativos do ABN na América do Sul. “Terei uma estrutura a quem delegarei a tarefa de supervisionar e coordenar as operações na região.”

A expectativa do presidente do ABN é de que o crédito continuará a crescer no quarto trimestre, agora também impulsionado pela redução no juro. “O crédito tem sido um dos propulsores da economia. E, agora, com o aumento da massa salarial, estamos passando a uma expansão sustentável”, afirma Barbosa, que não vê impacto significativo de um eventual aperto na hoje farta liquidez internacional. “Nossa vulnerabilidade é muito menor. O país está bem posicionado em suas contas externas.”

O ABN no Brasil trabalha com uma expectativa de crescimento da economia de 3,3% este ano e de 4% em 2006. Para sua carteira de crédito, a estimativa é de expansão de 25% a 30% em 2005 e de 20% a 25% no ano que vem. O banco, que há pouco menos de dois anos adquiriu o Sudameris, tem hoje como prioridade o crescimento orgânico. Barbosa discorda dos analistas que crêem que a expansão do ABN no Brasil está limitada pelo peso que o país já tem nos ativos do grupo. “O que ocorre é que o sistema financeiro nacional é bastante consolidado e praticamente não há oportunidades”, explica.

Com os resultados do terceiro trimestre, o grupo ABN revisou suas estimativas para o segundo semestre. A previsão é de que o lucro global pelo menos se equipare ao 1,88 bilhão de euros do primeiro semestre. No terceiro trimestre, a receita global do ABN subiu 30%, para 6,1 bilhões de euros. Os custos aumentaram 15%, para 3,5 bilhões de euros, em parte devido à valorização da moeda brasileira e à renegociação de contratos de trabalho na Holanda.

A apreciação do real teve forte impacto também no resultado da unidade brasileira. Nos primeiros nove meses do ano, o lucro antes de imposto subiu 50% em euros e 28% em reais, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Fonte: Raquel Balarin – Valor Econômico com agências internacionais

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