O processo de desmonte da Caixa continua a todo vapor. Nesta segunda-feira (17), o banco anunciou um plano de reestruturação de suas atividades, que prevê a extinção de filiais e a migração de trabalhadores. Ao todo, serão fechadas 131 unidades internas e administrativas em todo o país. Dos atuais 424 departamentos da empresa, irão permanecer 293. A previsão é de que em março de 2018 todas as mudanças estejam concluídas.

Outra medida refere-se ao normativo RH 205, com a ampliação do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) para todos os empregados com função. Além disso, também na segunda foi reiniciado o prazo para adesão ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE), que visa reduzir o quadro de pessoal.

Essas medidas representam a tentativa explícita de enfraquecimento da Caixa como banco público e mais um golpe contra os trabalhadores. Os dirigentes do Sindicato criticam o posicionamento da empresa que, mais uma vez, sem transparência e diálogo, adota medidas de forma unilateral, sem ouvir os empregados.

De acordo com o comunicado enviado aos empregados, o processo de reestruturação da Caixa vai atingir sete vice-presidências — Vilog (Logística), Vigov (Governo), Vihab (Habitação), Vifug (Fundos de Governo), Vific (Finanças e Controladoria), Vipes (Gestão de Pessoas) e a Vitec (Tecnologia da Informação). Processos relacionados a FGTS, repasses, programas sociais e habitação estão entre os que serão mais impactados diretamente pelas mudanças.

Perda de função

Com o fechamento das 131 unidades, várias funções também serão extintas. Especula-se que cerca de 500 empregados da Caixa vão perder suas gratificações.