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Centrais sindicais aprovam Agenda da Classe Trabalhadora

Trabalhadores e trabalhadoras lotam o Pacaembu e mostram disposição de lutar contra o retrocesso

Mostrando a disposição de lutar contra o retrocesso e pelo avanço nas mudanças que ainda precisam ser implementadas, trabalhadoras e trabalhadores do campo, da cidade, do setor público e privado, ativos e inativos lotaram o Estádio do Pacaembu em São Paulo para participar da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. A delegação CUTista pintou de vermelho o Pacaembu e, de longe, foi a maior entre todas presentes.

Durante o evento, as centrais sindicais (CUT, Força, CGTB, CTB e NCST) votaram e aprovaram a Agenda da Classe Trabalhadora, documento unificado contendo propostas políticas e econômicas que os trabalhadores querem que sejam implementadas no Brasil nos próximos anos.

A participação popular foi um dos destaques da Assembleia Nacional. Elzito Tolentino da Silva, 62 anos, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Itaguaçu I, em Campinas, falou sobre os objetivos de sua participação, mas também deu um depoimento curioso. Ele participou juntamente com o presidente Lula e milhares de metalúrgicos, da grande greve geral de 79, onde mais de 80 mil trabalhadores reivindicavam aumento digno, redução da jornada, estabilidade para os acidentados, entre outros pontos da campanha salarial. “Naquela época eu era líder dos trabalhadores e foi um dos momentos mais marcantes na minha vida. Vivíamos um período de repressão e eu acabei sendo demitido da empresa. Após a prisão de Lula e a morte de Santo Dias, a situação ficou difícil e fui obrigado a partir para o interior de São Paulo, mas não abandonei a militância. Hoje, junto com centenas de famílias, luto por melhores condições de vida para os trabalhadores rurais e pela reforma agrária imediata.”

Movimentos que traduzem a época da ditadura ainda podem ser vistos em pleno século 21. A mídia brasileira é um exemplo claro. O monopólio midiático age a serviço da famigerada elite brasileira e usa de todos os artifícios para criminalizar os movimentos sociais, manipulando informações e corrompendo comportamentos.

Para mudar este panorama, é preciso democratizar a comunicação e fortalecer o movimento social e sindical. A formação de militantes e dirigentes é um pilar fundamental para esta disputa hegemônica e a Assembleia Nacional mostrou que o movimento sindical está no caminho certo. Foi visível a grande participação de crianças e adolescentes, como Gabriela Cristina, de 5 anos, e, Luis Felipe, de 7 anos, que viajaram por longos quilômetros, mas nem o cansaço e o frio da capital paulista diminuíram a disposição destes pequenos militantes em lutar junto com seus familiares por condições dignas de vida, emprego e trabalho decente.

Por William Pedreira.

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Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora

Com a presença de mais de 22 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora aprovou nesta terça-feira, 1º de junho, às 14h00, a Agenda da Classe Trabalhadora, documento unificado das centrais sindicais com propostas políticas e econômicas que os trabalhadores querem ver implementadas no Brasil no próximo período.

“Nosso maior desafio é não permitir o retrocesso, a volta daqueles que implementaram as políticas neoliberais na década de noventa”, disse Artur Henrique, presidente da CUT antes de abrir a votação.

Acesse o documento unificado das centrais sindicais: Agenda da Classe Trabalhadora 1 de Junho. Para tanto, consulte o endereço eletrônico http://www.cut.org.br/component/option,com_docman/task,doc_download/gid,1193/

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.cut.org.br.

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