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Central Única dos Trabalhadores reforça luta por ganho real

Plenária da CUT reforça luta por ganho real, contra os leilões de petróleo e a privatização dos aeroportos

Dirigentes de Confederações, Federações e Sindicatos presentes à 13ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores, Liberdade e Autonomia Sindical – Por uma nova estrutura sindical afirmaram que o evento “potencializa” a pauta da classe trabalhadora. Na avaliação das lideranças, a plenária fortalece a intervenção da Central nos principais embates colocados pela conjuntura, como a luta por ganho real de salário – com o apoio efetivo à greve dos bancários e Correios -, em defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, contra os leilões de petróleo e a privatização dos aeroportos.

O fato da plenária apontar para a defesa da educação pública de uma forma bastante concreta, avalia o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, coloca a nossa luta em novo patamar. “Vamos exigir 10% do PIB para a educação e que 50% dos recursos do fundo do pré-sal sejam aplicados no setor para termos um ensino público de qualidade socialmente referenciado”. Leão lembrou que hoje para fazer valer uma lei como a do Piso Salarial Nacional, aprovada por unanimidade no Supremo Tribunal Federal, em muitos estados os professores estão tendo que ir à greve. “Neste momento temos o Ceará e o Pará com as aulas paralisadas. Em Minas Gerais, os trabalhadores em educação saíram de uma greve de 112 dias contra a truculência e a falta de diálogo do governador Anastasia. Só conseguiram negociação após um gesto extremo, em que companheiros fizeram greve de fome. Infelizmente, esta tem sido a realidade: os gestores municipais e estaduais não estão cumprindo a lei”, denunciou.

A conjuntura política e econômica internacional requer uma intervenção mais efetiva e protagônica dos Estados nacionais, avalia o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Moraes. “A realidade demonstra claramente que a ausência do Estado na economia fragiliza as nações e tem se revelado um imenso fiasco, levando muitos países à derrocada”. “O governo brasileiro se elegeu com uma posição que expressava o sentimento do nosso povo contra as privatizações. A manutenção dos leilões do petróleo são um contrassenso, assim como a privatização dos aeroportos. Isso é um erro estratégico grave pois fragiliza a economia e a soberania nacional”, enfatizou Moraes.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT), Claudio da Silva Gomes, lembrou que a unidade de ação cutista é essencial diante de ações do governo que “não representam nossos anseios e apontam para um retrocesso, como as posições defendidas pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda”. “É inaceitável que venham nos dizer que não é o momento de reivindicar aumento real, que venham tentar nos convencer de que vão combater a crise com medidas conservadoras, contrárias às que foram adotadas durante o governo Lula quando o governo decidiu dinamizar o mercado, fortalecendo investimentos públicos e valorizando o poder de compra do salário mínimo”, acrescentou Claudinho.

“Como estamos às vésperas da publicação do edital de privatização dos aeroportos, este é um momento decisivo para a luta em defesa do patrimônio público e dos empregos”, avalia o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT), Celso Klafke. Na sua avaliação, “é preciso colocar o bloco na rua, indo à luta com determinação revigorada para enfrentar uma batalha decisiva, em que estão em jogo os interesses do Brasil e dos trabalhadores”.

Para a presidenta da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Brasil), Elisângela Araújo, “a construção de um Brasil sem miséria só acontecerá com a efetivação da reforma agrária para enfrentar a grave concentração fundiária, com prioridade para a distribuição de terras e condições para que os trabalhadores possam produzir mais e melhor os alimentos para o povo brasileiro”. “Não há como avançar sem ampliar substancialmente o volume de recursos de investimentos para a agricultura familiar, sem enfrentar o problema do crescente endividamento e do contingenciamento do Orçamento para o setor”, disse Elisângela.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs/CUT), Lucilene Binsfeld (Tudi), acredita que o debate sobre liberdade e autonomia sindical “remete a um novo patamar de organização das nossas entidades, a uma prática mais vinculada à base, ao dia-a-dia dos trabalhadores”. “Acabar com o imposto sindical e substituí-lo pela contribuição negocial significa construirmos entidades efetivamente representativas, mais democráticas, livrando o trabalhador de entidades que só servem ao patronato”, acrescentou.

Segundo Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Vestuário (CNTV), ao reafirmar a luta pela liberdade e autonomia sindical, a CUT resgata princípios históricos para a efetivação de seu projeto histórico. “A substituição do imposto sindical pela contribuição negocial abre espaço para a construção de entidades mais representativas e autênticas”, acredita. Para Cida, é preciso afirmar e reafirmar que o projeto cutista é o de ganho real de salários, da consolidação do trabalho decente, de políticas públicas para o conjunto da população, em contraposição à política de estado mínimo defendida pela elite reacionária e por alguns desavisados dentro do governo federal.

De acordo com o diretor de Imprensa do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio de Janeiro (Sisejufe), Roberto Ponciano, a plenária aponta que a CUT está “mais aberta e porosa às reivindicações do Ramo público”. “O fortalecimento e a valorização dos serviços e dos servidores públicos é essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Proporcionalmente, temos muito poucos servidores em comparação com os Estados Unidos. Em relação à Europa então nem se fala. Precisamos de mais concursos públicos e de um combate efetivo à terceirização para invertermos a atual lógica privatista, onde a população só tem saúde, educação e justiça de qualidade se pagar à parte”, condenou.

Por Leonardo Severo.

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Paralisação no aeroporto de Guarulhos em defesa da classe trabalhadora e da soberania nacional encerra #13PlenariaCUT

Atividade acontece nesta sexta (7), às 14h

Escrito por: CUT Nacional

 CUT em defesa da soberania nacional

CUT em defesa da soberania nacional

Colocando em prática todo o acumulo do debate e a manutenção do caráter combativo em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da soberania nacional, a CUT realizará nesta sexta (7), às 14h, uma grande manifestação no aeroporto de Guarulhos ao final da sua 13ª Plenária Nacional.Reunindo os mais de 600 delegados/as e toda a militância presente na Plenária, a atividade reafirmará a disposição de luta contra a privatização dos aeroportos brasileiros, em um ato unificado com os sindicatos dos aeroportuários e aeroviários.

O terminal de Guarulhos é um dos três que será privatizado pelo governo federal, ao lado dos aeroportos de Brasília e de Viracopos, em Campinas. Já o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, foi licitado em julho deste ano.

Além disso, o ato desta sexta fará alusão ao Dia Mundial do Trabalho Decente. A CUT tem influenciado para que o desenvolvimento no Brasil seja de fato sustentável. A geração de empregos de qualidade com valorização do trabalho garante ao crescimento econômico a dimensão de desenvolvimento e é a melhor forma de promoção da cidadania e da inclusão social. Para isso, os postos de trabalho devem ter como premissa o trabalho formal não precário.

As políticas de geração de emprego devem considerar aspectos importantes presentes nas diversas formas de contratação, impedindo a prática do trabalho terceirizado e trabalho temporário.

O Estado precisa garantir políticas públicas de proteção social e acesso à renda, principalmente àqueles e àquelas que mais precisam, a exemplo das crianças, idosos, desempregados, informais e migrantes.

Os grandes eventos esportivos que serão realizados no Brasil nos próximos anos, como a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016, devem gerar um resultado positivo para o país, inclusive no que diz respeito ao trabalho. Portanto, não podem ser responsáveis pela geração de empregos precários ou por políticas de privatização.

Leia aqui o panfleto que será entregue durante o ato em Guarulhos.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.cut.org.br

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