O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na manhã desta sexta-feira (24) com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para apresentar o resultado da pesquisa de home office realizada junto com os bancários e bancárias de todo o Brasil nos meses de julho e agosto de 2021.
O material revelou que, apesar dos avanços conquistados, a categoria ainda encontra alguns percalços, como cobrança de metas abusivas; falta de mobiliários adequados, que não foram disponibilizados pelos bancos; não controle de jornada; dificuldade de acessar canais internos de comunicação; preocupação de se tornar esquecido pelos gestores, entre outros pontos. Os bancários também reclamaram em ter que arcar com o aumento dos custos como energia, internet, água e alimentação.
A Fenaban pediu ao comando para que a mesma apresentação fosse mostrada para o conjunto de diretores dos 20 maiores bancos, o que acontece ainda hoje (24). Os banqueiros prometem utilizar a pesquisa para ampliar as negociações entorno do home office.
O encontro também debateu os comunicados internos dos bancos que estão convocando parte dos bancários que estão em regime de teletrabalho a retornar as atividades presenciais. Como resposta, os representantes patronais informaram que não vão tratar a pauta como negociação setorial, ou seja, irão continuar com este processo precipitado. O comando exigiu que alguns pontos fossem respeitados, principalmente o não retorno do grupo de risco; que os bancários não retornem antes dos 20 dias da segunda dose; de forma gradual.
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) e representante do comando nacional, Deonísio Schmidt, lamentou o descaso dos bancos com a saúde de seus trabalhadores. “É uma pena que o lucro esteja acima da saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já apresenta que, para ter certa segurança no controle da pandemia, é necessário que a imunização completa atinja 70% da população. Vamos continuar lutando para que nossa categoria possa estar segura”, afirma.
O comando nacional em conjuntos com as coordenações (COE’s, CEE e CEEBB) vão tratar individualmente com cada banco.
Texto: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec