CONJUNTURAS SÓCIO-ECONÔMICAS NACIONAL E ESTADUAL FOCO DOS DEBATES
Está sendo realizado neste fim de semana, 04 e 05 de junho, o IX Congresso da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (FETEC-CUT-PR). O evento acontece no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários, em Curitiba, e irá eleger, no domingo, a nova diretoria da FETEC-CUT-PR. Participam do encontro 86 delegados eleitos nas bases dos sindicatos filiados, mais os 20 delegados natos (de diversas instâncias de entidades da CUT ou que respondem pelos atuais cargos da Diretoria Executiva da Federação).
A mesa de abertura foi composta pelo atual presidente da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão, pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, e os representantes das regionais Curitiba, Otávio Dias, Pactu, Nivalda Sguissardi Roy, e Vida Bancária, Dulcelina Silveira de Oliveira. “Mais do que compor a direção da Federação, nossa missão aqui é definir os rumos dos trabalhadores no ramo financeiro no Paraná e fazer o debate das estratégias para o enfrentamento dos desafios que estarão postos no próximo triênio”, saudou Elias Jordão.
Análise de Conjuntura – O primeiro debate do IX Congresso da FETEC-CUT-PR foi acerca das conjunturas sócio-econômicas estadual e nacional. Carlos Cordeiro iniciou a discussão com uma análise das estratégias de mobilização da categoria bancária nos últimos anos. “Em 2010, durante a greve, conseguimos paralisar mais de 8.400 agências, metade delas de bancos privados. A conscientização dos trabalhadores dessas instituições foi – e continua sendo – fundamental para os avanços da campanha salarial”, afirmou.
O presidente da Contraf-CUT também chamou a atenção dos participantes para o fato do crescimento do PIB brasileiro não estar sendo acompanhado pela distribuição igualitária de renda. “Por um lado, caminhamos para chegar a quinta maior economia do mundo, por outro, na contra-mão desse crescimento, o Brasil é o décimo pior país na distribuição de renda”, lembrou. Cordeiro também pontuou o crescimento do setor financeiro, em que o lucro dos bancos aumenta cerca de 30% a cada ano. “São por esses motivos que, mais do que discutir campanha salarial, nós devemos debater desenvolvimento econômico, com emprego descente para todos”, finalizou.
O presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, iniciou sua análise afirmando que a estrutura social brasileira ainda está engessada, apesar dos avanços das classes mais baixas. “Nesse cenário, o papel da Central é influenciar no desenvolvimento social do país, buscando uma sociedade mais justa”, defendeu. “E devemos começar participando de todos os grandes debates que estão postos, desde o Código Florestal até as Reformas Política, Tributária e da Previdência, entre outros. Precisamos de uma grande reforma do Estado, mas como faremos isso se não pudermos nos impor na correlação de forças? É importante que nos organizemos e nos mobilizemos”, conclamou.
Por: Renata Ortega.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br