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Contraf divulga minutas das ações do vale-transporte e banco de horas no BB


A orientação da Comissão de Empresa da Contraf-CUT é que os sindicatos ingressem com as ações o mais rápido possível

São Paulo – Já estão na página de comunicados da Contraf-CUT as minutas das ações judiciais contra o Banco do Brasil do vale-transporte e do banco de horas. A orientação da Comissão de Empresa da Contraf-CUT é que os sindicatos ingressem com as ações o mais rápido possível. Vale lembrar que a minuta é apenas uma orientação e que cada sindicato pode fazer as alterações que julgar necessárias.

O motivo da ação do vale-transporte é que o BB alterou a base de incidência para efeito de ressarcimento de despesas com transporte, em total contrariedade à lei. A Contraf-CUT tentou negociar com o banco a reversão dessa decisão. Procurou ainda o Ministério Público do Trabalho em Brasília, que manifestou o entendimento de que cabia aos sindicatos entrar com ações.

No caso do banco de horas, a pratica vem sendo utilizada no BB em agências com mais de 20 funcionários, o que não é permitido pelo acordo coletivo. A Contraf-CUT buscou a via negocial, mas o banco não cedeu em sua posição. Agora, cada sindicato deve entrar com a ação para cobrar do banco todas as horas trabalhadas, além de denunciar a direção do BB ao TCU por gestão temerária, por tomar uma decisão que pode gerar um passivo trabalhista enorme.

Cobrança de tarifas explode (São Paulo) Segundo matéria publicada hoje na Folha de S. Paulo, a cobrança de tarifas já representa 20% das receitas dos bancos, contra 6,5% que representavam em 1994. Em 2006, esse percentual saltou já saltara para 17,7%, patamar recorde no período. Estudo feito pela consultoria Austin Rating, a pedido da Folha, mostra ainda que, se forem considerados apenas os dez principais bancos, esse percentual é ainda maior, alcançando 19,7% no ano passado.

Em 2006, as receitas com serviços bancários em todo o sistema financeiro totalizaram R$ 52,84 bilhões, o que representou uma elevação de 734,7% em relação ao registrado em 1994. No período, a inflação acumulada pelo IPCA foi bem inferior, de 157%. Levantamento citado pelo jornal e realizado pelo economista Miguel José Ribeiro de Oliveira mostrou que, entre 2001 e 2006, grande parte das instituições vem reajustando suas tarifas com índices superiores aos de inflação.

O efeito desses aumentos é que, no começo do plano Real, cerca de 40% das despesas com pessoal eram cobertas com a receita de serviços. No ano passado, esse percentual chegou a 115%: pagou-se toda a folha e ainda sobraram recursos.

Ouvido pelo jornal, Erivelto Rodrigues, presidente da consultoria Austin Rating, credita a mudança a uma “grande transformação na indústria bancária”. “Até o início do Real, os bancos ganhavam muito dinheiro com o custo inflacionário. Na última década, a receita com serviços bancários foi ampliando sua importância no resultado dos bancos. E ainda há espaço para essa expansão prosseguir, com novos serviços que passam a ser taxados”, afirma. Ou seja, se antes os bancos lucravam com a inflação que corroía os salários dos trabalhadores, agora atacam diretamente o bolso do consumidor.

A Federação Brasileira de Bancos, Febraban, credita o aumento da receita com tarifação a um crescimento da base de clientes e não vê “nada de anormal”. No entanto, o economista Marcus Sanches, da subsede do Dieese na Contraf-CUT, rebate a afirmação com dados da própria federação patronal. Segundo ele, em 2001 o total de contas correntes era de 71,5 milhões e em 2006 era de 102,6 milhões, aumento de 43,5%. Já as receitas com prestação de serviços eram em 2001 R$ 21 bilhões e em 2006 R$ 48 bilhões, crescimento de 128,57%. “Ou seja, o crescimento da receita com prestação de serviços foi quase três vezes maior que o crescimento da abertura de contas”, explica Sanches.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, lembra que, mesmo com todas essas tarifas, cada vez mais é o próprio cliente que realiza suas transações, por meio de terminais de auto-atendimento, internet e outros mecanismos criados pelos bancos para expulsar as pessoas das agências, como o mau atendimento e as filas. “Temos tratado desse tema já há alguns anos em nossas campanhas nacionais, buscando o melhor para clientes e bancários. Essa exploração que os bancos fazem com os clientes é absurda”, analisa.


NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO:
www.contrafcut.org.br

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