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Coordenador de Políticas Digitais defende estrutura pública de banda larga para o Brasil

Brasília – O coordenador de Políticas Digitais do Ministério da Cultura, Cláudio Prado, vem organizando e desorganizando a cultura brasileira há algumas décadas. É um agitador que em 2003 começou a “hackear” o governo federal, desenvolvendo um trabalho de aproximação entre o mundo digital e a cultura, rompendo pontes analógicas e ampliando os diques de visão.

Nesta conversa/podcast com a Agência Brasil, Prado fala sobre o lançamento da segunda etapa do programa de cultura digital do Ministério da Cultura, a partir de Piraí, cidade fluminense que se bandalargou para o mundo e onde será realizado encontro sobre o assunto na segunda-feira (10). No coração dessa política, está a defesa de uma estrutura pública de conexão rápida à internet, por meio da banda larga. Leia e ouça o que ele diz.

Por que banda larga?

“A banda larga viabiliza a diversidade, as minorias, as questões culturais que estão em extinção, as espécies culturais que estão em extinção. Essa revitalização, esse renascimento dessas possibilidades se dá através da banda larga. O centro do mundo deixa de ser geográfico. Você passa a estar no centro do mundo se estiver plugado e usar de forma plena a interatividade que isso te possibilita. O cyberespaço é um território realmente democrático e novo onde a informação, a oxigenação, a percepção, as novas questões, podem lhe ser oferecidas ali onde você está. Essa é a compreensão que nós temos da possibilidade cultural da banda larga.”

A banda larga e a cultura

“Banda larga é essencial, na realidade, para a cultura, mais do que para qualquer outra coisa, porque outras coisas podem trafegar em banda menores. É só a cultura que tem caminhões pesados do ponto de vista de bits e bytes, porque a cultura trafega audiovisual que precisa de banda, trafega imagem, música, estas são as grandes demandas de largueza da banda.”

A banda larga e a diversidade cultural

“O que impede a diversidade de existir é a divulgação, a difusão, a circulação, a distribuição da informação cultural. Os processos analógicos viabilizaram processos de distribuição que são gargalos da diversidade.
Brasília – O coordenador de Políticas Digitais do Ministério da Cultura, Cláudio Prado, vem organizando e desorganizando a cultura brasileira há algumas décadas. É um agitador que em 2003 começou a “hackear” o governo federal, desenvolvendo um trabalho de aproximação entre o mundo digital e a cultura, rompendo pontes analógicas e ampliando os diques de visão.

Nesta conversa/podcast com a Agência Brasil, Prado fala sobre o lançamento da segunda etapa do programa de cultura digital do Ministério da Cultura, a partir de Piraí, cidade fluminense que se bandalargou para o mundo e onde será realizado encontro sobre o assunto na segunda-feira (10). No coração dessa política, está a defesa de uma estrutura pública de conexão rápida à internet, por meio da banda larga. Leia e ouça o que ele diz.

Por que banda larga?

“A banda larga viabiliza a diversidade, as minorias, as questões culturais que estão em extinção, as espécies culturais que estão em extinção. Essa revitalização, esse renascimento dessas possibilidades se dá através da banda larga. O centro do mundo deixa de ser geográfico. Você passa a estar no centro do mundo se estiver plugado e usar de forma plena a interatividade que isso te possibilita. O cyberespaço é um território realmente democrático e novo onde a informação, a oxigenação, a percepção, as novas questões, podem lhe ser oferecidas ali onde você está. Essa é a compreensão que nós temos da possibilidade cultural da banda larga.”

A banda larga e a cultura

“Banda larga é essencial, na realidade, para a cultura, mais do que para qualquer outra coisa, porque outras coisas podem trafegar em banda menores. É só a cultura que tem caminhões pesados do ponto de vista de bits e bytes, porque a cultura trafega audiovisual que precisa de banda, trafega imagem, música, estas são as grandes demandas de largueza da banda.”

A banda larga e a diversidade cultural

“O que impede a diversidade de existir é a divulgação, a difusão, a circulação, a distribuição da informação cultural. Os processos analógicos viabilizaram processos de distribuição que são gargalos da diversidade.

Vou dar um exemplo: uma música se transforma num CD, antigamente era um LP e depois virou um CD, mas um objeto que vai de caminhão para uma loja, que vai de caminhão para onde você chega. Isso inviabilizou que alguém em Xapuri, que tivesse interessado em uma música extremamente sofisticada, ele não tinha como, porque não tinha como o LP ou o CD dessa música mais elaborada, essa música minoritária, chegasse lá porque esse objeto ia ficar encalhado na loja de CD lá do pedaço. Não tinha como, na verdade, distribuir minorias.

É semelhante com qualquer outra minoria e conseqüentemente a soma das minorias é o que cria a fantástica possibilidade de existir diversidade. Então existe uma coisa prática na questão da diversidade que estava condenando as minorias a não existirem e a diversidade a ser uma espécie em extinção.

Com a banda larga isso se inverte. Nenhuma coisa desaparece mais. Por exemplo: o livro print on demand [impresso sob demanda], a nova tendência do livro, a máquina que faz livros, acabou com o livro esgotado. O livro esgotado é o fim da diversidade. Livros em que só poucas pessoas estão interessadas, idéias muito elaboradas, sofisticadas, podem continuar existindo. Acabou o livro esgotado. Isso é um belo exemplo de como o digital pode construir uma nova realidade em relação à diversidade.”

A banda larga e a cidadania

“O impacto sobre a economia da cultura é brutal. Mas ele é muito maior se a gente prestar atenção na questão da auto-estima do cidadão brasileiro, se a gente prestar atenção na inclusão de forma muito ampla e genérica – não é inclusão digital, não, é inclusão do ser humano na possibilidade de ser cidadão que a banda larga traz. Esse fenômeno cultural nos interessa para além da questão das coisas específicas de produtos culturais que possam estar impactando a economia da cultura. A economia da cidadania é que vai ser catapultada a graus extremamente elaborados e sofisticados para uma política pública de banda larga.”

A banda larga e o governo federal

“Há quatro anos, quando a gente começou a trabalhar nessa direção, dentro do Ministério da Cultura e do governo em geral, ninguém falava dessa questão. Ninguém tocava nesse assunto. Software livre, por exemplo, a quantidade de gente que não tinha a menor noção do software livre, como o software livre poderia impactar na direção da autonomia, da identidade, das questões também ligadas à diversidade. Banda larga era quase uma metáfora muito distante.

Hoje essa discussão chegou ao Palácio do Planalto, à centralidade do governo. Estamos andando na velocidade digital. Em quatro anos, a diferença é brutal. Eu acho que estrategicamente, para qualquer país, mas sobretudo para o Brasil, que tem distâncias inacreditáveis, a montagem de uma infra-estrutura pública de banda larga no país todo é a única coisa que pode dar liga a uma compreensão política, social e cultural muito mais ampla de processos de mudança e de processos de avanço políticos, sociais e culturais.”

Vou dar um exemplo: uma música se transforma num CD, antigamente era um LP e depois virou um CD, mas um objeto que vai de caminhão para uma loja, que vai de caminhão para onde você chega. Isso inviabilizou que alguém em Xapuri, que tivesse interessado em uma música extremamente sofisticada, ele não tinha como, porque não tinha como o LP ou o CD dessa música mais elaborada, essa música minoritária, chegasse lá porque esse objeto ia ficar encalhado na loja de CD lá do pedaço. Não tinha como, na verdade, distribuir minorias.

É semelhante com qualquer outra minoria e conseqüentemente a soma das minorias é o que cria a fantástica possibilidade de existir diversidade. Então existe uma coisa prática na questão da diversidade que estava condenando as minorias a não existirem e a diversidade a ser uma espécie em extinção.

Com a banda larga isso se inverte. Nenhuma coisa desaparece mais. Por exemplo: o livro print on demand [impresso sob demanda], a nova tendência do livro, a máquina que faz livros, acabou com o livro esgotado. O livro esgotado é o fim da diversidade. Livros em que só poucas pessoas estão interessadas, idéias muito elaboradas, sofisticadas, podem continuar existindo. Acabou o livro esgotado. Isso é um belo exemplo de como o digital pode construir uma nova realidade em relação à diversidade.”

A banda larga e a cidadania

“O impacto sobre a economia da cultura é brutal. Mas ele é muito maior se a gente prestar atenção na questão da auto-estima do cidadão brasileiro, se a gente prestar atenção na inclusão de forma muito ampla e genérica – não é inclusão digital, não, é inclusão do ser humano na possibilidade de ser cidadão que a banda larga traz. Esse fenômeno cultural nos interessa para além da questão das coisas específicas de produtos culturais que possam estar impactando a economia da cultura. A economia da cidadania é que vai ser catapultada a graus extremamente elaborados e sofisticados para uma política pública de banda larga.”

A banda larga e o governo federal

“Há quatro anos, quando a gente começou a trabalhar nessa direção, dentro do Ministério da Cultura e do governo em geral, ninguém falava dessa questão. Ninguém tocava nesse assunto. Software livre, por exemplo, a quantidade de gente que não tinha a menor noção do software livre, como o software livre poderia impactar na direção da autonomia, da identidade, das questões também ligadas à diversidade. Banda larga era quase uma metáfora muito distante.

Hoje essa discussão chegou ao Palácio do Planalto, à centralidade do governo. Estamos andando na velocidade digital. Em quatro anos, a diferença é brutal. Eu acho que estrategicamente, para qualquer país, mas sobretudo para o Brasil, que tem distâncias inacreditáveis, a montagem de uma infra-estrutura pública de banda larga no país todo é a única coisa que pode dar liga a uma compreensão política, social e cultural muito mais ampla de processos de mudança e de processos de avanço políticos, sociais e culturais.”

Por Rodrigo Savazoni – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrsil.gov.br.

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