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CUT e centrais sindicais reforçam dia nacional de lutas nesta quinta

A CUT e demais centrais sindicais vão às ruas nesta quinta-feira (11), no Dia Nacional de Lutas, para defender a pauta da classe trabalhadora. Cidades de todo o país, principalmente das regiões metropolitanas e capitais, terão atos, paralisações, atrasos na abertura de agências bancárias e na entrada nas fábricas. Algumas categorias, como rodoviários e metroviários, farão greve.

O objetivo da mobilização nacional é destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos ministérios. Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, a data também servirá para dialogar com a sociedade, construir e impulsionar a pauta que surgiu nas ruas durante as manifestações realizadas em junho, em todo o País, pois muitas reivindicações já são antigas bandeiras de luta do movimento sindical, como melhoria na qualidade da saúde e educação pública e do transporte coletivo.

Vagner Freiras destaca ainda que, além da pauta única das centrais, que será levada à ruas nesta quinta, a CUT apoia o plebiscito para reforma política. “O povo quer e tem direito a opinar”, afirma o presidente da CUT.

Pauta Única das Centrais Sindicais:

– Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
– Contra o PL 4330, sobre Terceirização.
– Fim do fator previdenciário;
– 10% do PIB para a Educação;
– 10% do Orçamento da União para a Saúde;
– Transporte público e de qualidade;
– Valorização das Aposentadorias;
– Reforma Agrária;
– Suspensão dos Leilões de Petróleo.

Pauta da CUT Nacional:

– Plebiscito da reforma política.

Fonte: CUT

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 Presidente da CUT conclama luta contra PL 4330

 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, esteve na abertura da 15ª Conferência Estadual dos Bancários, neste sábado, 06 de julho. O bancário fez uma ampla análise da conjuntura brasileira e mundial, destacando os principais desafios que o movimento sindical enfrenta — principalmente no enfretamento contra o PL 4330 — e apontando algumas alternativas. “O Brasil vive momento especulativo-conservador. Mesmo os levantes internacionais, na Europa em geral, têm um cunho conservador”, iniciou Vagner Freitas, apontando para o cenário preocupante e digno de estudo.

“O que vimos acontecer nas ruas, com a agressão dos partidos e das centrais sindicais, demonstra como é conservadora a organização da nossa sociedade. As redes sociais, lamentavelmente, têm servido para repercutir a opinião do “partido do eu sozinho”, em detrimento das organizações sociais. Mais do que isso, a intolerância contra o divergente cresce muito”, continuou Freitas. Para ele, quando as palavras de ordem de uma manifestação deixam de ser “saúde”, “educação” e “transporte” e passam a ser “redução da maioridade penal”, “contra a PEC 37″, entre outras, o cenário torna-se bastante preocupante.

Os equívocos do movimento sindical
“Na Europa, cresce a xenofobia. A intolerância religiosa chega a índices alarmantes em todo o mundo. Nossa juventude cresce cercada de valores que pregam que cada indivíduo pode ser o melhor, desde que se esforce para isso e derrote quem está ao seu redor. Prega-se que a vida depende da trajetória individual e jamais que a união pode alcançar uma sociedade melhor”, afirmou Freitas. Segundo ele, o mundo hoje é muito intolerante e esse contexto tem feito com que os movimentos sociais de esquerda tenham ficado apagados. “Nós não estamos conseguindo apresentar uma opção para a juventude”, enfatiza. “É por isso que nós precisamos realizar o combate do conservadorismo no Brasil”, acrescentou.

Os equívocos do Governo Dilma
“Um outro equívoco da conjuntura que nos rodeia é a postura do Governo Dilma: é preciso que o governo não pense que está acima do povo, mas que dialogue com o povo. Este governo atual não ouve os movimentos sociais, não tem uma política orquestrada para as mulheres, por exemplo. Dilma tem dado continuidade as ações do Governo Lula, mas com um viés diferente: definido por “marqueteiros” e “cabeças de planilhas” e não com membros da luta do dia-a-dia”, resumiu Freitas, em uma de suas primeiras críticas diretas ao atual governo. Ainda conforme ele, é preciso que toda as mobilizações que já foram feitas e as que ainda virão reparem estes erros.

O que fazer?
“Nós temos uma chance histórica de recolocar o debate entre a esquerda e a direta, os trabalhadores e o empresariado, separando o joio do trigo e dando oportunidade para os jovens ingressarem na CUT: esta chance é a guerra pela Reforma Política”, apontou Vagner Freitas. Ele apontou o dia 11 de julho como chave para a classe trabalhadora se posicionar pela Reforma Política, a favor do plebiscito proposto pela presidente Dilma, e também pela Reforma Tributária, por menos impostos para os pobres e taxação das grandes fortunas.

“Mas para que tudo isso seja possível, nós temos que cumprir o nosso papel na construção verdadeira do sindicato cidadão. Um sindicato cidadão é envolvido com a sociedade, é capaz de absorver as demandas sociais e transformá-las em políticas organizadas. Nós já avançamos na tese, mas não avançamos na prática!”, finalizou o presidente da CUT. Por fim, Freitas orientou que, caso a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) vote, no dia 10, o PL 4330 da maneira como está, sem aceitarem as emendas dos trabalhadores, todos devem ir às ruas e fazer uma greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 11, contra a terceirização.
Por: Renata Ortega
SEEB Curitiba

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