Mobilização dos trabalhadores tem por objetivo melhorias nas condições de trabalho
Foto: Joka Madruga/Seeb Curitiba
Bancários de todo o Brasil, realizam nessa quarta-feira, 23 de novembro, um Dia Nacional de Lutas contra a transição catastrófica feita pelo Bradesco e por melhores condições de trabalho. Em Curitiba e região estão fechadas 14 agências e 1 centro administrativo. São priorizadas as agências ex-HSBC: Ahú, Alto da XV, Bacacheri, Brasílio Itiberê, Avenida Brasília, Cristo Rei, Jardim Social, João Negrão, Marechal Deodoro, Marechal Floriano, Pinheirinho, Portão, Salgado Filho e Palácio Avenida.
Os bancários nas agências oriundos do HSBC não receberam treinamento adequado para interagir com o sistema do Bradesco e a transição mal planejada vem prejudicando funcionários e clientes. Os problemas no sistema prejudicaram os clientes que tiveram dificuldades para obter e validar os novos cartões do Bradesco e problemas para cadastrar a biometria, além de esperarem horas nas filas.
Já os funcionários ex-HSBC, estão sendo hostilizados pelos clientes, que não conseguiam ter seus problemas resolvidos, além disso, houve extrapolação da jornada em mais de duas horas extras diárias, transgredindo a legislação trabalhista, houve desrespeito ao intervalo de refeição, e mesmo sem conseguir interagir com o sistema continuavam sendo cobrados por metas e vender produtos.
“Bradesco, que gastou muito com o patrocínio das olimpíadas, não se esforçou para trazer reforço de funcionários de outros estados para auxiliar na integração e dar treinamento, por isso o Dia de Lutas se faz necessário. Queremos que o Bradesco resolva os problemas de transição”, afirma Ademir Vidolin, secretário de saúde e condições de trabalho da Fetec-PR
O presidente do Sindicato, Elias Jordão, relata que o ato era muito aguardado pelos trabalhadores, para que o movimento sindical intervisse nessa situação de migração, que tem trazido inúmeros problemas.
“Além das demandas gerais de âmbito nacional, temos nossas demandas locais e ainda estamos aguardando respostas do banco, enquanto não tivermos essas respostas, a luta continua!” Afirma Jordão.
Foto Joka Madruga/Seeb Curitiba