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Diretoria da Caixa culpa empregados pela queda do lucro em 2016

ABSURDO!

Diretoria da Caixa culpa empregados pela queda do lucro em 2016

QUINTA-FEIRA, 06/04/2017

Na tentativa de justificar o injustificável – o lucro líquido de R$ 4,1 bilhões em 2016, enquanto as projeções apontavam para R$ 6,7 bilhões – a direção da Caixa Econômica Federal reforça o total desrespeito com que trata seus empregados e empregadas. Em comunicado enviado às unidades, em que aborda a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), foi citado como um dos motivos do resultado ruim do ano passado o “longo período de greve” da categoria.Para Amaury Soares, diretor do Sindicato de Londrina, essa desculpa é absurda e demonstra muito bem o que pensa a gestão de Gilberto Occhi, que desenvolve uma reestruturação no banco com o objetivo de enfraquecê-lo e entregar áreas estratégicas para bancos privados.

“O lucro menor é o resultado das práticas equivocadas adotadas pela Caixa nos últimos tempos, o que inclui a intransigência na mesa de negociações, responsável pela paralisação dos trabalhos por 31 dias. Quem não se lembra das primeiras rodadas específicas, quando foram negadas todas as nossas reivindicações”, salienta.

Amaury ressalta que os bancos adotaram a estratégia de reduzir o montante dos lucros no exercício de 2016, mascarando números dos balanços, com a não utilização dos créditos tributários, tanto é que as projeções apontavam um valor final de R$ 6,7 bilhões.

“Isso é mais um argumento para esse governo não efetuar a capitalização da Caixa, se é que isso é mesmo necessário, visando preparar terreno para a sua privatização”, avalia o diretor do Sindicato de Londrina, destacando que os próximos passos da reestruturação, anunciados por Occhi durante a divulgação do balanço de 2016, levarão à redução do total de agências e fatiamento das áreas de habitação, crédito e até das loterias.

Reunião na sexta (7/04)

Nesta sexta-feira (7/04), a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) estará reunida com a Caixa, em Brasília, para discutir o balanço de 2016.

Os representantes dos empregados vão cobrar o pagamento da PLR com base no lucro líquido recorrente de R$ 4,967 bilhões e não no lucro contábil de R$ 4,137 bilhões. Caso a reivindicação seja atendida, tanto a PLR adicional quanto a PLR Social teriam aumento de cerca de 20%. A regra básica da Fenaban também teria seu valor elevado.

A CEE também vai cobrar esclarecimentos sobre a proposta de fechar entre 100 e 120 agências, anunciada por Occhi na última terça-feira, bem como a respeito das mudanças planejadas no Saúde Caixa. Na reunião será mais uma vez reivindicada a implementação urgente das alterações discutidas no RH 184; a retomada do processo seletivo interno para os cargos de auxiliar, assistente e supervisor, suspenso no dia 9; e explicações sobre a mudança do instrumento de assédio moral.

Resistência

Diante da gravidade do momento, a CEE orienta o movimento sindical e empregados da Caixa a participarem da Greve Geral do dia 28 de abril contra as reformas da Previdência, trabalhista e a lei da terceirização. A defesa dos bancos públicos também estará no centro das paralisações, que vão se espalhar Brasil afora

Fonte: Fenae

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