fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 22:08 Sem categoria

É hora de ocupar as ruas para garantir emprego e salário

11 de fevereiro, Dia Nacional de Luta

Confira as mobilizações já confirmadas. Em Curitiba, tem ato na Boca Maldita!

Em diversas capitais, a CUT e seus sindicatos estão organizando mobilizações para o Dia Nacional de Luta pelo Emprego e pelo Salário, dentro da agenda proposta por nossa campanha “Querem Lucrar com a Crise. A Classe Trabalhadora não vai Pagar Esta Conta”.

Confira o local e o formato das mobiliações já confirmados. Solicitamos às entidades que nos enviem informações sobre atos aqui não divulgados, para podermos noticiar.

“Vamos mostrar a capacidade de resistência dos trabalhadores e trabalhadoras na luta pela manutenção da renda e do trabalho como direitos inalienáveis e como instrumentos para o Brasil superar a crise”, conclama Artur Henrique, presidente da CUT, que participará dos atos na cidade do Rio de Janeiro

São Paulo

– Panfletagens e atos públicos em todas as cidades onde há subsedes da CUT-SP, ao longo do dia

– Ato público na Praça do Patriarca, centro da capital

Horário: 10 horas

Rio de Janeiro

Passeata e ato político na Vale (Av. Graça Aranha n° 26)

Horário: 16 horas

Rio Grande do Sul (Pelotas)

Mobilização no calçadão da cidade

Horário: 10 horas

Paraná

Ato na Boca Maldita

Horário: 9 horas

Alagoas

Ato no centro da cidade, no Calçadão do Comércio

Horário: 15 horas

Espírito Santo

– Panfletagem em diversos pontos da cidade de Vitória

– Ato de protesto em frente à Vale – Portaria de Camburi

Horário: 9 horas

Muitos estados decidem nesta sexta-feira o local de suas mobilizações. Em breve publicaremos os locais e horários.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

=======================================================

Dia 11 nas ruas por mais emprego, mais salário e mais comunicação

Respondendo à tentativa das montadoras multinacionais e de setores do empresariado de lucrar com a crise, por meio do assalto ao erário e ao salário, precarizando direitos e apagando conquistas, a Central Única dos Trabalhadores manifestou seu sonoro Não à redução de jornada com redução de salários e cobra contrapartidas sociais para que os recursos públicos não escorram pelo ralo da ganância.

Com a convocação “Querem lucrar com a crise, a classe trabalhadora não vai pagar essa conta”, o Dia Nacional de Luta que realizaremos na próxima quarta-feira, dia 11, visa dialogar com a sociedade e ampliar a sustentação da nossa posição pró-desenvolvimento, que vê na manutenção de empregos e salários a garantia de que o mercado interno continue em expansão.

Embora amplos setores da mídia estejam jogando no quanto pior melhor, com os donos dos jornais, revistas e redes de rádio e televisão tentando fazer da crise um trampolim para o retorno do projeto neoliberal, o fato é que os alardeados impactos internos, como no caso das montadoras, é muito mais chantagem do que qualquer outra coisa. São transnacionais que tentam ampliar a sucção de recursos públicos, portanto da sociedade brasileira, para compensar os prejuízos das suas matrizes no exterior. O resultado é o crescimento vertiginoso da saída de recursos do país em dezembro, que somado às altas taxas de juros cobradas pelo BC de Meirelles – as mais altas do mundo – provocaram o encolhimento da produção industrial recorde no último mês do ano: 12,4%. Na prática, portanto, juros funcionam como uma sabotagem ao desenvolvimento, criando um caldo de cultura para ampliar internamente os impactos da crise internacional emanada dos países centrais e provocada pela globalização neoliberal.

Sobre a chantagem das montadoras, é cada vez mais evidente. Há filas de espera de até 45 dias para comprar carro novo. A General Motors, que alegando queda nas vendas, iniciou dando férias coletivas para pressionar pela redução de salários, demora hoje mais de mês para entregar um Corsa já vendido. Para se ter uma idéia do absurdo, as vendas em janeiro subiram mais de 5% em relação a dezembro e 90% dos modelos demoram até um mês para serem entregues.

Por seu lado, a mídia joga seus holofotes, flashes e mares de tinta para amplificar qualquer Sindicato que concorde em vestir o figurino da sua camisa-de-força, assinando os tais “acordos” de redução de jornada e salário, onde o patrão entra com a forca e o trabalhador com o pescoço.

Como esclarece o último jornal da CUT, esta é uma proposta burra e indecente, pois esconde que o que os empresários querem é aumentar a exploração e os lucros, ainda que matando a galinha dos ovos de ouro. Afinal, com menos dinheiro no bolso do trabalhador, menos consumo e menos crescimento.

Por isso, entre as propostas apresentadas pela CUT e que devemos dar maior visibilidade com as mobilizações do próximo dia 11, estão a de utilizar os R$ 130 bilhões drenados no pagamento do superávit primário para avalancar os programas sociais e investimentos em obras que gerem empregos; a imediata redução das taxas de juros; a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT – a que garante a negociação coletiva no serviço público e a que coíbe as demissões imotivadas; a liberação do crédito e a redução da jornada sem redução de salário. São medidas inadiáveis, que contrariam a lógica excludente das forças cegas do mercado e resgatam o papel central do Estado, como agente indutor do desenvolvimento e da justiça social.

Para que vençamos esta verdadeira batalha política e ideológica em torno dos caminhos a seguir, dar visibilidade às propostas da classe trabalhadora e sua agenda positiva é chave, para que alguns não caiam no canto de sereia da redução salarial para garantir empregos e façam o jogo dos que buscam o retrocesso. Daí a importância de que a cobertura da imprensa sindical esteja à altura deste desafio, para que consigamos dar a necessária dimensão dos nossos atos, via de regra encobertos pela mídia, a serviço do capital.

Por Rosane Bertotti, que é trabalhadora rural e secretária nacional de Comunicação da CUT .

=======================================================

11 de fevereiro, Dia Nacional de Luta

Nossa mobilização quer pressionar o Serra a entrar no jogo e a negociar alternativas contra a crise, diz Tião, presidente da CUT-SP

A CUT estadual São Paulo vai realizar, no próximo dia 11 de fevereiro, Dia Nacional de Luta pelo Emprego e pelo Salário, uma ampla panfletagem nas principais cidades do interior do Estado e, na capital, além de uma panfletagem em diferentes pontos da região central, um grande ato público na Praça do Patriarca, a partir das 10h. O material que será distribuído são exemplares do Jornal da CUT, cartazes e praguinhas da campanha “Querem Lucrar com a Crise. A Classe Trabalhadora não Vai Pagar Esta Conta”. O ato público na Praça vai incluir representações teatrais.

“Queremos fazer desta atividade uma forte denúncia contra as espertezas empresariais durante a crise”, anuncia Sebastião Geraldo Cardozo, o Tião, novo presidente da CUT-SP. “Outro objetivo essencial de nosso Dia Nacional de Luta pelo Emprego e pelo Salário é pressionar o governador José Serra a entrar no jogo. Ele está se escondendo da crise, deixando outros atores a mexer as peças. Existe uma orquestração de um grupo de empresários e de governantes, com ajuda premeditada de alguns setores da mídia, que estão querendo se aproveitar da crise para construir uma agenda diferente para 2010, ano de eleições”, diz Tião.

Tião, 50 anos, é bancário do Santander e presidente da Fetec-SP (Federação dos Bancários da CUT). Era vice-presidente da CUT-SP e assumiu a presidência ao final de janeiro. Seu primeiro grande desafio será organizar o Dia Nacional de Luta pelo Emprego e pelo Salário.

“São Paulo é o maior estado da federação. O governo estadual não pode se esconder, fingir que a turbulência financeira internacional não exige ações firmes de todos. Repare só, ele mal aparece no noticiário”, avalia Tião. “Se o senhor Serra se negar a negociar com os trabalhadores e o setor produtivo alternativas para superação da crise, estará provado que ele não tem capacidade de gerenciar este país, como pretende”, diz o presidente da CUT-SP, em tom de provocação. “Uso a palavra ‘gerenciar só porque é um termo muito caro ao senhor Serra. No meu entendimento, a palavra correta é ‘governar”.

Ainda sobre a crise, Tião diz acreditar que as consequências negativas são muito maiores lá fora, e que o Brasil pode superar o turbilhão com sucesso. “Esse potencial que temos hoje é fruto de opções políticas que abandonaram a agenda derrotada, a agenda das privatizações, do desmonte do estado, do enfraquecimento do mercado interno. Isso para nós está claro. Porém, apesar de todas essas evidências, aquilo que eu chamo de espertezas empresariais voltam a defender a agenda derrotada. Se nós estivéssemos naquela agenda, a essa altura seria um mar de lama”.

Na Presidência da CUT-SP até o final de maio, Tião tem também pela frente o desafio de construir as manifestações do próximo 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e de estar à frente do processo de transição para a próxima Direção Executiva, que ele diz pretender ser “o mais tranquilo e democrático possível”.

Tião mira da mesma maneira o próximo 1º de Maio, Dia do Trabalhador. “Vamos debater com todos os sindicatos da Grande São Paulo como vamos organizar o 1º de Maio. Esperamos que nosso Dia do Trabalhador seja diferente, mostrando que a conjuntura é mais de mobilização e luta do que de megashows”, prevê.

Por Isaías Dalle.

ARTIGO E NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.cut.org.br.

Close