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Empresas públicas a serviço do povo e do país

Bolsonaro quer leiloar empresas públicas lucrativas e que prestam importantes serviços à população

O lançamento da Frente Popular e Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional questiona as tentativas de privatizações do governo Bolsonaro / Giorgia Prates

O lançamento da Frente Popular e Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional questiona as tentativas de privatizações do governo Bolsonaro. A atividade será no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba, no dia 2 de dezembro (segunda), às 19h. Terá a participação da presidente da Frente Nacional em Defesa da Soberania Nacional, a senadora Zenaide Maia (PROS), do deputado federal Patrus Ananias (PT), da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), de Roberto Requião (MDB), entre outros políticos convidados. Em parceria com sindicatos, o Brasil de Fato Paraná elenca abaixo alguns dos setores estratégicos que correm risco de ser vendidos:

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal geram lucro para o governo

Um negócio privado visa o lucro na comercialização de produtos e serviços. No caso dos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, o “dono” desse negócio é o governo federal e essas empresas geram muito lucro. De janeiro a setembro, esse lucro cresceu 40,9% na Caixa e 36,8% no BB, se comparado com 2018. Então, se é um bom negócio, por que o governo de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro quer privatizar? A Caixa é o banco da cidadania, da distribuição de renda e da inclusão social e está em mais de 5.400 cidades brasileiras. Responsável pelo FGTS, pelo Minha Casa, Minha Vida, pelo Bolsa Família e FIES.

Ratinho Jr. (PSD) quer desconectar Paraná de sua empresa de Banda Larga

O governo do Paraná priorizou a privatização de duas empresas: a Copel Telecom e a Compagás. Ambas pertencem a Copel, empresa que teve lucro bruto de R$ 3,2 bilhões somente neste ano. O desejo de vendê-las não atende a nenhuma crise na sua administração. O intuito é de atender aos interesses do mercado financeiro. A Copel Telecom está presente nos 399 municípios paranaenses, prestando serviço de internet para órgãos públicos, escolas, hospitais e polícia, além de atender consumidores residenciais. Contra essas privatizações, foi criado o Fórum Paranaense em Defesa das Estatais. A organização pretende coletar 100 mil assinaturas em uma ação civil pública.

Correios prestam serviços em todo o território nacional

No dia 16 de outubro, Bolsonaro oficializou a intenção de privatização. A venda requer aval da Câmara e do Senado. Mas, na realidade, os Correios são lucrativos, repassam 25% de sua receita líquida para o governo e exercem um papel social insubstituível. É o maior empregador nacional, com mais de 99 mil funcionários. Os Correios só lucram em 324 grandes municípios e, mesmo assim, realizam entregas em 100% do território nacional, chegando em regiões onde a iniciativa privada não tem interesse em atuar. São 12 mil agências espalhadas por todo o país.

Governo acelera a privatização e venda de refinarias da Petrobrás

No dia 22 de novembro, a direção da Petrobrás anunciou o início da fase vinculante do processo de venda de quatro refinarias e seus ativos logísticos integrados, como dutos e terminais de distribuição. Depois de leiloar a BR Distribuidora e importantes poços do pré-sal, agora Bolsonaro coloca à disposição do mercado as refinarias Presidente Getúlio Vargas (PR), Alberto Pasqualini (RS), Abreu e Lima (PE) e Landulpho Alves (BA). Juntas, elas têm capacidade de processar 879 mil barris de petróleo por dia, cerca de 40% da produção nacional de derivados, o que tornará o país ainda mais dependente de importações.

Fertilizantes

Até o final de 2018, o Brasil tinha três unidades de produção de amônia e ureia. As Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN) da Petrobrás, operavam nos estados da Bahia, Sergipe e Paraná. E ainda existe uma unidade semi-concluída no Mato Grosso do Sul. As unidades de produção próprias de fertilizantes estão sendo abandonadas pelo governo.Em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, a última Fafen está à venda.

Redação, com colaboração de Cinthia Alves, Davi Macedo, Manoel Ramires e Paula Zarth Padilha

Edição: Lia Bianchini
Brasil de Fato

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