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Fetec e demais categorias profissionais foram às ruas nesta terça (16) contra retirada de direitos

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná – FETEC-CUT-PR e as centrais sindicais e protestaram contra a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários, pretendidos pelo governo interino de Michel Temer e pelas bancadas conservadoras do Congresso Nacional. A mobilização aconteceu nesta terça (16), em Curitiba, na escadaria do Prédio Histórico da UFPR. Em seguida, os trabalhadores fizeram um ato simbólico abraçando a agência central dos Correios.

Em todas as regiões do país, a CUT e as demais centrais sindicais promoveram o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos, com paralisações em fábricas e atos diante das federações das indústrias nas capitais.

Na pauta, a defesa de direitos como a carteira assinada, da Previdência e o combate à terceirização sem limites.

O presidente da FETEC-CUT-PR, Júnior César Dias, ressaltou a necessidade de unificação de todas as categorias profissionais para não permitir que as ameaças contra a sociedade sejam implantadas.

“Não são apenas os trabalhadores que estão correndo riscos. Toda a sociedade vai perder, com o sucateamento do SUS, das empresas públicas, das universidades e todos terão que arcar com carga maior de contribuição na Previdência. Os trabalhadores vão se aposentar a partir dos 70 anos. Tudo que foi construído ao longo de muitas décadas está sendo retirado da sociedade em apenas seis meses”, disse Dias.

A sangria dos juros altos contra a economia brasileira

Durante a mobilização, a alta taxa de juros foi alvo de protestos e foi denunciada por todos os representantes sindicais que falaram ao público. Os juros no cartão de crédito já são de 447% ao ano, no cheque especial 286,27% anuais. Enquanto a taxa básica de juros (Selic) no Brasil é de 14,25% ao mês, em países como México ela é de 3,75%, EUA 0,5%, Japão, Alemanha e França na casa de 0%.

“Cada 1% que sobe na taxa Selic representa R$ 9 bilhões a mais que os banqueiros lucram sobre os juros. Quando a taxa Selic baixou para 7% é que começou a pressão dos banqueiros e dos grandes investidores sobre o governo da presidente Dilma porque na lógica – deles -estavam perdendo dinheiro. Eles estão drenando o dinheiro de toda a economia de um país para lucrar sobre empréstimos e títulos públicos a juros altíssimos” e a imprensa coloca tudo como natural e aceitável. Não é aceitável em nenhum lugar do mundo!”, declarou Dias.

Campanha Salarial dos Bancários será lançada nesta quarta (17), em Curitiba

Os bancários de Curitiba e Região lançam a Campanha Salarial Unificada 2016, nesta quarta (17), em Curitiba. O ato será na frente do Palácio Avenida, antiga sede administrativa do HSBC, agora Bradesco, às 9h30.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Jordão, comenta que a hora é de união. “Os empresários competem entre si buscando lucratividade, mas quando é para tirar direitos dos trabalhadores eles ficam muito unidos. Temos que reagir, defender e ampliar nossos direitos”, declarou.

Jordão enfatizou que todo o Estado brasileiro corre risco, principalmente, com as privatizações e citou a Vale do Rio Doce. “ A nossa campanha é muito mais que uma campanha salarial. O que está em risco não são apenas os salários. É o Pré-sal, a Petrobras, as universidades federais, Prouni, Fies e outros programas sociais. A elite até hoje não engoliu esse negócio de pobre estudar na universidade e a empregada doméstica trabalhar com carteira assinada. Vamos lembrar das empresas que foram privatizadas, como a Vale do Rio Doce – um crime de lesa-pátria que não trouxe nenhum benefício para a sociedade brasileira, pelo contrário, entregamos a maior mineradora do mundo para a iniciativa privada explorar e lucrar com as nossas riquezas naturais, sem nenhuma contrapartida”, lembrou.

Negociações com a Fenaban começam quinta (18)

O Comando Nacional dos Bancários inicia as negociações com a Fenaban nesta quinta-feira (18), e na sexta-feira (19), em São Paulo. A pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no último dia 9, tendo sido aprovada durante a 18º Conferência Nacional dos Bancários, entre os dias 29 e 31 de julho, na capital paulista. A data-base dos bancários é 1º de setembro, e nessas duas primeiras reuniões, os representantes dos trabalhadores tratarão de reivindicações gerais da categoria.

Os eixos centrais da campanha são: reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização. Além da defesa do emprego, das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo interno de Michel Temer.

Autor: Cinthia Alves

Fonte: FETEC-CUT-PR

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