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Por 09:06 Bradesco

Fila no Bradesco continua penalizando clientes e funcionários

Sindicatos orientam população a solicitar comprovante de tempo de espera para que documentos subsidiem denúncia ao Procon e ao MPT.

Por trás da porta de segurança de vidro, dentro da agência bancária, dezenas de pessoas passam pelo teste de paciência de espera de até quatro horas nas filas do Bradesco, conforme denúncia da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) ao Procon Paraná, formalizada em maio de 2018.

“Alertamos o banco inúmeras vezes quanto ao número reduzido de funcionários e cobramos a melhora no atendimento à população mediante diminuição de cobranças, contratações, e readequação de metas”, afirma Cristiane. Conforme denúncias ao Sindicato, ainda que uma agência tenha um número reduzido de bancários, como por afastamento por férias ou licenças, as metas de venda de produtos e serviços cobradas pelo banco permanecem as mesmas, que devem ser assumidas por quem continua trabalhando, gerando sobrecarga e pressão, conclui a dirigente.

Essa sobrecarga de trabalho também é sentida em cidades do interior do estado, como relata o diretor Wilson, do Sindicato de Umuarama. “Nossas filas são insuportáveis. Assim como as metas e as cobranças através de áudios individual e principalmente coletivas, onde expõe gestores com baixa produtividade, expondo ao ridículo”, diz.

Procon lacrou agência em Londrina

O mesmo processo de precarização das condições de trabalho, que resulta em longas filas, é observado em outras regiões do estado. Em Londrina, o Sindicato realizou uma ação no início de julho de 2018 orientando clientes a denunciar o Bradesco pela demora no atendimento e protestando por mais contratações.

“Os problemas no Bradesco são iguais em todas as agências. Falta de funcionários, muita cobrança por metas, muitas áudio conferências, muito desvio de função. Nossas ações sindicais em Londrina, com o ‘Bom Dia Bradesco’, foram de prestar orientações ao público sobre seus direitos e divulgação dos números de telefones para denunciarem esse descaso. E isso deu resultado”, informa Valdecir Cenali, diretor do Sindicato dos Bancários de Londrina e representante do coletivo Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco. Em seguida, no dia 11 de julho, o Procon de Londrina (Núcleo Municipal de Defesa do Consumidor) lacrou o prédio central, onde estão localizadas três agências bancárias da cidade, sob a justificativa de coibir o “Crime de Desobediência”, previsto no Artigo 330 do Código Penal, e estabeleceu três dias para que as irregularidades fossem resolvidas.

Para regularizar, o Bradesco teve que tomar providências para que os clientes fossem atendimentos em 15 minutos em dias normais e em até 30 minutos em véspera ou retorno de feriado, conforme estabelece a Lei Municipal 7.614/1998, que regulamenta o tempo de espera nos bancos.

Em Curitiba, o tempo de espera deve variar entre 20 e 30 minutos, sob os mesmos critérios, de acordo com a Lei Municipal 10.283/2001, acrescentando ainda a ampliação do horário para os dias de pagamentos dos funcionários públicos municipais, estaduais e federais.

O sindicato está percorrendo as agencias esclarecendo os clientes quanto aos seus direitos e orientando o encaminhamento de denúncias ao Procon. Acesse aqui para saber como denunciar.

 

Por Paula Zarth Padilha
FETEC-CUT-PR

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