A mobilização contra o desmonte do Banco do Brasil e cortes nos direitos dos funcionários e funcionárias está ocorrendo em diversas esferas.
Além da luta sindical, que abrange paralisações, atividades nas redes sociais, negociações, intermediação do MPT (Ministério Público do Trabalho) e ações judiciais, também estão ocorrendo ações que partem dos próprios funcionários, como a criação do Grupo “semcaixasnãohábanco”, criado no Facebook, com o propósito de ampliar as discussões e organizar ações sincronizadas.
A primeira proposta é sensibilizar os colegas a não aceitarem a comissão de caixa de forma eventual. “Com a extinção pelo banco da comissão de caixa efetivo, se nenhum funcionário ou funcionária aceitar a comissão de caixa de forma eventual ninguém poderá manusear dinheiro nas agências, que é o principal produto do banco”, informa a descrição do Grupo no Facebook.
Esta atitude não configurará greve, indisciplina ou insubordinação, conforme estabelece o artigo 468 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho): “Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia”
Segundo o diretor do Sindicato de Londrina, Laurito Porto de Lira Filho, esta iniciativa é válida e vem a se somar às demais ações que estão sendo realizadas desde o anúncio da reestruturação no Banco do Brasil na defesa do seu papel social e dos direitos dos seus funcionários.
“O Sindicato orienta a todos o engajamento nesta luta, buscando apoio de amigos, familiares e a sociedade em geral contra a série de ataques que o governo vem fazendo aos bancos públicos. Precisamos criar mais grupos no Facebook e divulgar as consequências desse desmonte nas redes sociais para envolver o maior número de pessoas nesta campanha”, avalia Laurito.
Texto: Armando Duarte Jr.
Fonte: Vida Bancária