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GREVE e NEGOCIAÇÃO continuam nesta segunda-feira, 11 de outubro

Trabalhadores bancários estão firmes na luta por uma proposta decente

Com a retomada das negociações neste sábado, 09 de outubro, e a continuação na segunda-feira, o presidente da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão, alerta para a importância do momento e pede aos trabalhadores bancários que se mantenham firmes nas fileiras do movimento paredista no Paraná, a exemplo do que acontece em todo o Brasil.

Na avaliação do secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e região, Edilson José Gabriel, onde 93% da categoria bancária está em greve, os trabalhadores não demonstram cansaço nem esmorecimento após dez dias de greve. “Nós temos adesão espontânea nos bancos públicos e conseguimos evitar interditos nos bancos privados. Não há reclamação nem pressão dos trabalhadores quanto à demora da greve. Eles estão esperando uma boa proposta e continuam motivados”, avalia o dirigente, que afirma que todos irão resistir em greve enquanto não houver proposta séria da Fenaban.

Em Umuarama, o banco Bradesco quer liminar em interdito proibitório desde o início da greve, mas não conseguiu. “O Bradesco tentou dez dias consecutivos criar fatos para conseguir o interdito, mas devido a atuação da nossa assessoria jurídica o juiz negou a liminar nesta sexta (08)”, comemora Edilson Gabriel.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, avalia os dez dias de greve, o descaso da Fenaban, que não apresentava proposta até a sexta-feira, e as expectativas do movimento para os próximos dias de mobilização. Ele acredita que a mobilização em todo o Estado é um exemplo para o resto do país. “Nós estamos surpresos com a participação de trabalhadores que, mesmo com interditos, estão mostrando sua força”. Ele espera que a greve continue forte. “Já está registrada a resposta dos bancários. Em todo o país mais de oito mil agências foram fechadas. Os banqueiros estão brincando com os trabalhadores e com a sociedade. A mobilização continua e minha expectativa é que a mobilização aumente ainda mais. Essa é a resposta que os bancos estão precisando”, avalia.

Na base de Toledo e região, a mobilização chegou a quase 100%. De acordo com informações repassadas pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Toledo e região, João Carlos Padilha, os trabalhadores estão ansiosos por uma proposta. “A gente esperava que a Fenaban apresentasse proposta hoje (sexta-feira,08/10), mas estamos firmes para a semana que vem”. Na base, a maioria dos interditos foi negado. “Somente o Bradesco de Marechal Rondon está aberto, mas o banco terá que pagar uma multa de R$ 10 mil para o Sindicato. Eles mentiram para o juiz que estávamos impedindo funcionários de entrar. A mobilização é na porta da agência, não impedimos ninguém de entrar”, informa o dirigente.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e região, Luís Marcelo Legnani, afirma que nesta sexta-feira (08) a greve aumentou, atingiu quase toda a base. “Nós fomos em locais mais distantes. E toda a base está firme para continuar. Vamos até o final enquanto a Fenaban não apresentar proposta com ganho real, com melhora da PLR, entre outros detalhes”.

Para Damião Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Apucarana e região, a tendência é de ampliação do movimento nos próximos dias, à medida que cresce a insatisfação com a falta de diálogo com a Fenaban. “A população e os bancários sabem que os bancos podem atender nossas reivindicações. Os lucros exorbitantes não deixam dúvidas em relação a isto, resta a eles terem o bom senso e retornarem à mesa de negociação com uma proposta ampla e necessária para encerrar a Greve”, avalia Damião.

De acordo com o presidente do Sindicato de Arapoti e região, José Ubiraci Oliveira, a greve na região já atinge 80% da categoria, incluindo fechamento de agências de bancos privados (Itaú Unibanco, HSBC e Bradesco) e públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) nos municípios de Arapoti, Ibaiti, Jaguariaíva, Sengés, Ribeirão Claro, Siqueira Campos, Tomazina e Wanceslau Braz, além do Bradesco de Figueira, que aderiu à greve hoje (08). “A tendência agora é chegar a 100% da nossa base nos próximos dias, caso a Fenaban não retome as negociações, ampliando assim a indignação dos bancários, que já não aguentam mais enrolação e pressões para o cumprimento de metas abusivas”, avalia Ubiraci.

Na região de Guarapuava, o coordenador do Sindicato dos Bancários, Eloi Myszka, denunciou que os trabalhadores bancários estão desgastados com a pressão que estão sofrendo por parte dos gerentes. “Nós estamos com grandes dificuldades nos bancos privados, os gerentes querem abrir as agências a todo custo, estão pressionando os funcionários para furar a greve, ligam convocando para o trabalho, mas a resistência é forte”, informou o dirigente. “O fato de não ter contraproposta da Fenaban está gerando estresse”, avalia.

Na base de Paranavaí e região, as dificuldades aumentam a cada dia, aumenta o número de interditos, mas os trabalhadores estão mobilizados e continuam em greve mesmo com algumas agências abertas pela via judicial. “Nós estamos preparados para a greve contra a intransigência”, avalia Neil Emidio Junior, presidente do Sindicato dos Bancários de Paranavaí e região.

Em Cornélio Procópio e região, as vitórias estão na cassação dos interditos. “Conseguimos reverter dois interditos, parece que a cultura do interdito começou a mudar na cabeça de alguns juízes”, contextualiza o presidente do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio e região, Dirceu Casa Grande Junior. Quanto à continuidade da greve, o dirigente avalia que os trabalhadores mobilizados querem a retomada das negociações. “Os trabalhadores cobram uma postura da Fenaban, querem uma proposta decente. E nós vamos até o final com a greve”.

Em Londrina e região, a greve atingiu 76% da base de trabalhadores bancários. “Os bancários e bancárias estão saturados com tanta pressão e exploração por parte dos bancos. Não é uma luta apenas pelos 11%, mas também por trabalho decente, com mais proteção à saúde e menos assédio moral”, ressalta Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato regional.

Por Paula Padilha, jornalista.
FETEC-CUT-PR

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Nova proposta da Fenaban ainda é insuficiente; trabalhadores bancários seguem firmes na luta e a greve continua forte nesta segunda-feira

Negociações foram retomadas neste sábado (09), em São Paulo. Uma nova reunião já está agendada para a segunda-feira (11).

Após 10 dias de forte mobilização em todo o país, neste sábado, 09 de outubro, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) retomaram as negociações da Campanha Nacional 2010, em uma reunião realizada em São Paulo. A data só foi agendada no final da tarde de sexta (08), quando os bancos finalmente responderam ao apelo do movimento sindical, que vinha se colocando a disposição para negociar desde o início da greve.

Durante a reunião, a Fenaban propôs um reajuste de 9,82% para o piso salarial da categoria; 6,5% de reajuste para os bancários que ganham até R$ 4100; e um valor fixo de R$ 266,50 para os salários superiores a R$ 4100. A proposta apresentada inclui também um reajuste de 6,5% sobre todos os benefícios.

Quanto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os valores básicos teriam o reajuste de 6,5% – a regra básica negociada em 2009 foi de 90% do salário mais parcela de R$ 1024 (R$ 1090,56 em 2010) e o teto de recebimento atingiu 2,2 salários. A PLR adicional seguiria o mesmo caminho, ou seja, rejuste de 6,5%, passando de um teto de R$ 2100 para R$ 2236,50.

Na avaliação do Comando Nacional, a retomada das negociações é um passo importante para a desfecho da campanha salarial, no entanto, a proposta apresentada ainda é insuficiente e não atende as reivindicações da categoria. “Neste cenário, que considera o salário de R$ 4100 como teto para reajuste, teríamos cerca de 22% da categoria com um aumento que não contempla nem a reposição da inflação”, avalia Otávio Dias, presidente do Sindicato de Curitiba e Região.

Esta proposta patronal de reajustes diferenciados discrimina grande parte dos trabalhadores bancários. “Com os reajustes propostos, teríamos quase a metade da categoria recebendo reajustes menores que os 6,5% e, para agravar a situação, os trabalhadores que ganham acima de 6212 reais, teriam os seus salários corrigidos por um índice menor que a inflação”, acrescenta Elias Jordão, presidente da FETEC-CUT-PR.

Vale lembrar que a inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, alcançou 4,29 porcento no período compreendido entre 01 de setembro de 2009 e 31 de agosto de 2010.

Nova negociação – Diante do posicionamento do Comando Nacional, a Fenaban pediu a suspensão temporária das negociações, para que tivessem tempo de consultar os banqueiros. A retomada ficou agendada para segunda-feira, 11 de outubro, às 11h. Os representantes dos bancos também sinalizaram que apresentarão uma proposta sobre assédio moral e segurança bancária.

Resumo da proposta apresentada:

– Reajuste de 9,82% no piso salarial (confira como ficaria o valor reajustado)

Até 90 dias:
Portaria: R$ 750,49
Escriturário e Caixa: R$ 1076,32

Após 90 dias:
Portaria: R$ 822,10
Escriturário: R$ 1180,00
Caixa: R$ 1634,79 (piso mais gratificação)

– Reajuste de 6,5% nos salários até R$ 4100,00

– Reajuste para salários acima de R$ 4100,00 de R$ 266,50 fixos

– PLR: reajuste de 6,5%, tanto para a regra básica quanto para o adicional

– Reajuste de 6,5% sobre os benefícios e verbas salariais

Mobilização continua – O Sindicato conclama a todos os bancários de Curitiba e região para que mantenham a forte mobilização nesta segunda-feira (11). “Precisamos continuar pressionando os banqueiros, pois só assim conseguiremos arrancar um índice condizente com os resultados do Sistema Financeiro Nacional e uma distribuição mais justa da PLR”, destaca Otávio Dias.

Por: Renata Ortega.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br. ADAPTADA PELA FETEC-CUT-PR.

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Aumenta número de trabalhadores bancários em greve no Paraná

Após 10 dias de greve dos bancários, completados nesta sexta-feira, 08 de outubro e, até então, sem alguma proposta da entidade patronal com ganho real nos salários e demais verbas, os trabalhadores se mantém mobilizados em todo o Estado. Com a adesão de muitos funcionários de dois centros administrativos do HSBC, em Curitiba, com o fechamento das agências do Bradesco da capital e mais 20 agências do interior que aderiram à greve, são 570 agências e 18,6 mil trabalhadores mobilizados.

No interior do Estado são 329 agências fechadas, com adesão de 4,6 mil bancários. Em todo o Paraná, 79% da categoria, na base da FETEC-CUT-PR, está mobilizada.

Nesta segunda-feira, 11 de outubro, a greve nacional segue em plena mobilização, em compasso com a retomada das negociações. Durante todo o dia os trabalhadores bancários estarão vigilantes nas diversas frentes, destacando o convencimento da importância da continuidade da mobilização, bem como a pressão para que a negociação geral com a Fenaban avance.

A importância deste momento é destacada pelo presidente da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão, “graças a uma das maiores mobilizações da história dos trabalhadores bancários, a maior dos últimos 20 anos, arrancamos uma nova proposta patronal, porém esta proposta é insuficiente, e conclamo a todos os trabalhadores bancários paranaenses que continuem defendendo as linhas de greve neste momento crucial das negociações”.

Além da retomada da negociação geral, também acontecem as negociações específicas com o Banco do Brasil e com a CAIXA, ambas nesta segunda-feira.

É preciso continuar a luta e avançar nas conquistas.

FETEC-CUT-PR.

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Mobilização vai crescer ainda mais

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, avalia os dez primeiros dias da greve nacional dos bancários, o descaso da Fenaban, que não apresenta proposta, e as expectativas do movimento para os próximos dias de mobilização.

Como você avalia os dez dias de greve da categoria?

Otávio Dias — Esses dez dias de movimento em todo o Paraná é um exemplo de organização e adesão da categoria, que se destaca em relação à mobilização nacional. Nós estamos surpresos com a participação de trabalhadores que, mesmo com interditos, estão mostrando sua força. O que aconteceu nesta sexta (08), no Centro Administrativo HSBC Vila Hauer, foi uma resposta à altura aos banqueiros. Os trabalhadores deram as costas para os representantes do banco e os vaiaram enquanto eram forçados a entrar para trabalhar. Isso é um alerta. Os bancários estão desmotivados com a situação a que estão expostos e vão continuar mobilizados nesta greve.

Qual sua expectativa para a continuidade do movimento?

Otávio Dias — Já está registrada a resposta dos bancários. Em todo o país mais de 8 mil agências foram fechadas. Os banqueiros estão brincando com os trabalhadores e com a sociedade. Ganham bilhões e bilhões em lucros e apresentam uma proposta de 4,29% de reajuste, sem aumento real. A mobilização continua e minha expectativa é que a mobilização aumente ainda mais. Essa é a resposta que os bancos estão precisando.

Por: Paula Padilha
FETEC-CUT-PR

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