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Interditos proibitórios tentam desmobilizar greve dos bancários

Mas trabalhadores se mantêm organizados em Curitiba e região.

Foto: Joka Madruga/SEEB Curitiba

Nos últimos dias, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região foi notificado de três interditos proibitórios: em favor do Santander, HSBC e Bradesco. O interdito é uma ação jurídica relacionada a situações em que o direito de posse ou de propriedade é ameaçado. É um instrumento preventivo, usado quando o proprietário tem provas do risco a que está exposto. Contudo, virou prática corriqueira de empresas e instituições o uso dos interditos para inviabilizar os movimentos grevistas de seus trabalhadores e a atuação dos Sindicatos.

Sendo assim, com as três notificações judiciais, o Sindicato fica impedido de manter as comissões de esclarecimento e os informativos sobre a paralisação em frente as agências e centros administrativos. “Mais uma vez, os bancos estão encontrando meios para desmobilizar a categoria bancária. Em vez de apresentar uma proposta decente, os banqueiros utilizam medidas judiciais para pressionar seus funcionários a voltarem a trabalhar. No entanto, é importante esclarecer que o interdito proibitório não retira o direito de greve dos trabalhadores”, explica Elias Jordão, presidente do Sindicato.

Sem avanços nas negociações, a Greve Nacional dos Bancários segue por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira, 29 de setembro, a paralisação completa 24 dias. Em Curitiba e região, 333 agências bancárias, além de sete centros administrativos e 5 financeiras, estão fechados.

Esclarecimento
Vale ressaltar que, em momento algum, o Sindicato ou qualquer trabalhador grevista atentaram contra as agências bancárias ou centros administrativos. Os trabalhadores permanecem do lado de fora dos locais, orientando a população e esclarecendo as reivindicações da campanha salarial. Faixas e cartazes não caracterizam ameaça ao patrimônio dos bancos.

Direito de greve está garantido
Além disso, o Sindicato destaca que os interditos proibitórios limitam as ações da entidade no fechamento das agências, mas não proíbem o direito de paralisação dos bancários. “Portanto, contamos com os trabalhadores para que a greve continue forte, pois só assim a categoria poderá garantir seus direitos e ampliar as conquistas”, conclama Elias Jordão.

Renata OrtegaSEEB Curitiba

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