fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 20:50 Sem categoria

Agora já são mais de 12 mil agências bancárias paralisadas no país

Greve nacional dos bancários cresce e paralisa 12136 agências no 21º dia

Crédito: Mauricio Morais/Seeb São Paulo
Mauricio Morais/Seeb São Paulo Agência do Itaú fechada no Centro Velho de São Paulo, no 21º dia da greve

Como vem acontecendo dia após dia desde a deflagração do movimento, em 19 de setembro, a greve nacional dos bancários cresceu novamente nesta quarta-feira 9 em que a categoria arrancou da Fenaban uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional, amanhã, às 10h, em São Paulo.

No 21º dia da greve, foram paralisados 12136 agências, centros administrativos e call centers de bancos privados e públicos, nos 26 estados e no Distrito Federal. É um crescimento de 97,5% em relação ao índice de paralisação do primeiro dia, quando 6145 unidades foram paralisadas.

“Foi essa extraordinária capacidade de mobilização dos bancários, que estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos, que levou a Fenaban a marcar uma nova rodada de negociação nesta quinta-feira, dia 10. Esperamos que desta vez os bancos apresentem uma proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais da categoria”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

A retomada das negociações acontece às 10h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Ao meio-dia, no mesmo local, o Comando Nacional também volta a negociar as reivindicações específicas com os representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. E às 13h haverá nova rodada com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), também na capital paulista.

O que os trabalhadores bancários querem

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=36133

==============================

Para Contraf-CUT, aumento da Selic só favorece instituições financeiras

Nesta quarta-feira 9, pela manhã, o IBGE divulgou o IPCA de setembro, mostrando que a inflação acumulada dos últimos 12 meses caiu para 5,86%, ficando pela primeira vez no ano abaixo dos 6%. À noite, o Conselho de Política Monetária (Copom) anunciou o quinto aumento consecutivo da taxa Selic, agora para 9,5% ao ano.

“É uma contradição inexplicável que desnuda a real intenção do Copom. Não existe o risco de uma inflação de demanda que justifique esse aumento da taxa básica de juros. Fica mais claro do que nunca que o objetivo por trás do discurso da necessidade de controlar a pressão inflacionária é na verdade atender os interesses das instituições financeiras, as principais detentoras da dívida pública”, acusa Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“Esse aumento da Selic penaliza a atividade econômica e reduz o ritmo do crescimento, colocando em risco o emprego e a renda das famílias. Encarece o crédito e compromete a produção industrial do país, que depende de financiamento para viabilizar os investimentos”, acrescenta Cordeiro.

Segundo o Ministério da Fazenda, o Brasil gasta 4,7% do PIB com juros. Para 2014, está previsto que 8% do Orçamento da União serão destinados ao pagamento de juros e encargos da dívida pública, ou aproximadamente R$ 190 bilhões. Somando-se ainda o que se gasta com a amortização da dívida e outras despesas financeiras, tem-se praticamente a metade do orçamento da União sendo destinada apenas ao pagamento da dívida pública, o que equivale a mais de R$ 1,1 trilhão.

Hoje, 38,2% dos títulos da dívida são remunerados pela Selic. Praticamente já foi neutralizado quase todo o esforço feito para baixar a taxa básica desde agosto de 2011.

De acordo com estimativas do Dieese, a cada 0,5 ponto percentual a mais na Selic a dívida cresce R$ 3 bilhões ao ano, recursos que acabam sendo transferidos, em grande parte, para os bancos, que detêm 27,8% desse estoque (equivalente a R$ 527 bilhões), segundo dados do Relatório da dívida pública elaborado pelo Tesouro Nacional em agosto último.

Outro fator importante é que os bancos têm grande interesse em que a taxa básica de juros aumente para desestimular a poupança e redirecionar recursos para os fundos de investimentos, cujas taxas de administração são altíssimas. Além disso, os depósitos compulsórios são também, em parte, remunerados pela Selic.

“Isso tudo mostra que mais uma vez o Copom e o Banco Central se acovardaram diante do terrorismo do mercado financeiro e dos especuladores. A transferência de bilhões de recursos públicos para as instituições financeiras, além de desestimular o crescimento, encarecendo o crédito e freando a geração de empregos e renda, ajuda a entender por que o Brasil, apesar de ser a sexta maior economia, está no vergonhoso ranking dos dez países com a maior concentração de renda no planeta”, critica Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=36136

Close