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Jovens representam 46 porcento dos latino-americanos desempregados, mostra Organização Internacional do Trabalho

Jovens representam 46% dos latino-americanos desempregados, mostra OIT

Brasília – Os jovens da América Latina e do Caribe, entre 15 e 24 anos, enfrentam índices de desemprego muito maiores que os adultos. Enquanto estes têm índice de 6%, entre os jovens o percentual é quase três vezes maior: 17%. Já no total da massa de trabalhadores da região, eles representam 46% dos desempregados. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e compõem o relatório Juventude e Trabalho Decente na América Latina e no Caribe, baseado em dados de 2005. O documento foi lançado hoje (4), à tarde, em Santiago (Chile), pelo diretor-geral da OIT, Juan Somavia.

Além de trazer dados sobre emprego e desemprego, o estudo revisa diversas iniciativas adotadas por países da região para tentar combater o problema e também faz uma série de propostas nesse sentido. O estudo ressalta que a larga parcela de desempregados entre os jovens tem relação com a demografia atual da região e pode mudar no futuro: “Na realidade latino-americana, nunca houve tantas pessoas com idade entre 15 e 24 anos. É provável que no futuro essa cifra pare de crescer, visto que as projeções indicam, a partir de 2015, uma taxa menor de crescimento da população.”

São 106 milhões de jovens na região: 48 milhões trabalham; outros 48 milhões são inativos (não trabalham e não estão procurando emprego); 10 milhões estão desempregados. Entre os que trabalham, 31 milhões realizam atividades precárias (não contam com seguridade social em saúde e pensões), sendo que dois a cada três deles não estudam. Já entre os que estão fora do mercado de trabalho, apenas 40% freqüentam a escola. Os que não estudam nem trabalham são 22 milhões. No conjunto, mais da metade da população de jovens não estudam: são 57 milhões, ou, 54% do geral.

“A precariedade nos mercados de trabalho da região afeta um de cada dois trabalhadores e, entre os jovens, dois de cada três”, sublinha o relatório que, no entanto, não especifica os dados por países. “Existiram programas com ótimos resultados, mas com coberturas reduzidas ou iniciativas de amplo alcance, mas sem o impacto esperado. O desafio consiste em articular ambas as dimensões e passar da execução de programas para a definição e realização de políticas de Estado com a participação dos jovens”, frisa a OIT.

Segundo o estudo, para qualquer país, é importante que seus jovens tenham oportunidades para progredir e sejam capazes de aproveitá-las, “exercendo responsavelmente suas liberdades”. O documento completa: “Fazer propostas para promover o trabalho decente e empregos produtivos para os jovens é optar por fortalecer a democracia, apoiar a coesão social e contribuir com o crescimento econômico. Hoje, a juventude tem que ser vista como um dos principais valores do capital social da região”.

Destaca o relatório da OIT: “Enquanto aqueles que estudam e trabalham concentram-se nos quintos mais altos de renda familiar per capita, os que não estudam nem trabalham concentram-se nos estratos médios e de renda baixa”.

Por José Carlos Mattedi – Repórter da Agência Brasil

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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