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Bancos batem recorde de práticas antissindicais

Sindicato tem recebido denúncias de ameaças, coação e assédio moral.

Com a chegada do décimo oitavo dia da Greve Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira, 23 de setembro, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região tem recebido incontáveis denúncias de práticas antissindicais. Nos bancos privados, gestores se utilizam de ameaças de demissão para constranger o direito de paralisação e tentar enfraquecer a organização dos trabalhadores. Nos públicos, o medo de perder funções e comissões tem deixado os bancários em situações constrangedoras.

Santander
Segundo as denúncias, os bancários do Santander tem recebido instruções expressas de retornar ao trabalho imediatamente, retirando todos os informativos de greve e forçando a abertura das agências a qualquer custo. Por meio de mensagens, e-mails ou videoconferências, os gestores das regionais de Curitiba têm feito ameaças de demissão e assediado moralmente os trabalhadores, impedindo o direito de greve.

Bradesco/HSBC
Optando por adotar as velhas práticas sindicais utilizadas em anos anteriores pelo HSBC, o Bradesco está exigindo que os bancários compareçam a cartórios para fazer ata notariais e até gravem vídeos dizendo que estão sendo impedidos de entrar nos locais de trabalho. Alguns funcionários também estão sendo chamados para trabalhar antes das 7h00, proibidos de sair para o horário de almoço ou intervalo.

Itaú
De acordo com as denúncias, o Itaú tem orientado os bancários a irem para as agências após as 16h00 e a permanecerem nelas enquanto houver trabalho. As contingências também têm sido comuns, com bancários indo trabalhar em outras agências e fora de seus locais de trabalho originais. Tais práticas desrespeitam, inclusive, os contratos de trabalho.

Bancos públicos
Nos Banco do Brasil e na Caixa, as denúncias são de ameaças veladas de descomissionamento e perda de função. Amedrontados, os bancários têm se submetido a contingenciamentos e a trabalhar escondidos ou até em locais inapropriados. Embora as direções de ambos os bancos garantam não estar impedindo a greve, o pavor que tomou conta dos funcionários revela que o direito de paralisação não tem sido respeitado.

Bancário, denuncie!
O Sindicato orienta que todos os bancários que estejam sendo ameaçados, coagidos ou assediados denunciem à entidade. É importante também guardar todo e qualquer tipo de prova – como prints de e-mail, mensagens de texto ou conversas de Whatsapp, gravações de áudio e vídeo e fotos, entre outros – para que as medidas legais cabíveis sejam tomadas.

As provas podem ser enviadas para juridico@bancariosdecuritiba.org.br. O sigilo e o anonimato são garantidos.

Bancário, não deixe que os patrões desrespeitem o seu direito de greve. Só a luta te garante!

Renata OrtegaSEEB Curitiba

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Mais de 80% dos bancários de Curitiba e região estão em greve

A cada dia que passa, cresce a indignação dos trabalhadores com o descaso da Fenaban.

Foto: Joka Madruga/SEEB Curitiba

A última reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) aconteceu em 15 de setembro, sem avanços. Desde então, oito dias se passaram e os representantes dos bancos se mantêm em silêncio absoluto. Em resposta, os bancários de todo o país têm fortalecido a mobilização e ampliado a Greve Nacional da categoria.

Nesta sexta-feira, 23 de setembro, 18° dia de paralisação, 371 agências bancárias de Curitiba e região estão sem atendimento, além de 11 Centros Administrativos e cinco financeiras. Segundo estimativas do Sindicato, 15,6 mil bancários estão paralisados, o que representa 86% da categoria. Os destaques continuam sendo as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, com 100% das atividades paralisadas, e os Centros Administrativos do HSBC/Bradesco, também todos fechados.

“A cada dia que passa, o sentimento de indignação e revolta dos bancários aumenta. Como se já não bastasse a recusa em negociar e valorizar os trabalhadores, os bancos tem preferido ameaçar, coagir e pressionar os bancários, ferindo o direito de greve. Diante disso, nossa resposta é imediata: greve ainda mais forte. Nossa mobilização já é histórica e não sairemos desta campanha salarial com direitos a menos!”, afirma Elias Jordão, presidente do Sindicato.

Renata OrtegaSEEB Curitiba

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