Com um lucro acumulado em R$ 16,3 bilhões, entre janeiro e setembro deste ano, o Itaú ainda quer mais e está apostando no corte de pessoal para atingir seus objetivos.
Quem está pagando o pato de tamanha ganância são os bancários e bancárias, que são obrigados a se desdobrar para atingir metas cada vez mais altas para elevar os ganhos do banco.
Por conta disso, segundo Kelly Menegon, diretora do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados), ontem (3/11), o Itaú demitiu 7 funcionários e funcionárias na base territorial da entidade.
De acordo com ela, os cortes ocorreram na área comercias de agências localizadas em Londrina, Cambé, Rolândia e de Ibiporã.
“Consideramos essa demissão em massa uma total falta de respeito com estes pais e mães de família, recém-saídos de uma Campanha Salarial na qual o emprego foi um dos principais objetos de negociações. Sem qualquer justificativa, o banco decidiu jogá-los na rua, contribuindo com o aumento do desemprego no país”, critica.
Kelly lembra que uma das conquistas da Campanha deste ano foi a criação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional, como forma de impedir cortes drásticos, como esse que o Itaú acaba de fazer em nossa Região.
“Não sabemos onde isso vai parar. Este ano já computamos 28 dispensas no banco na base de Londrina e nos últimos 12 meses foram fechados 2.753 postos de trabalho no país. Esta situação gera incertezas quanto ao futuro para aqueles que ficaram, vai agravar ainda as condições de trabalho nas agências e o atendimento à população pelo número reduzido de funcionários”, avalia.
Conforme informações recebidas de outros Sindicatos, o Itaú também efetuou demissões em massa em outras Regiões.
Por Armando Duarte Jr.