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Por 09:19 HSBC

Movimento “Vítimas do HSBC” já atingiu mais de 130 mil pessoas

Movimento é uma parceria entre Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e o Instituto Declatra.

Lançado em agosto deste ano, o movimento “Vítimas do HSBC” já atingiu mais de 130 mil pessoas em diversas regiões do mundo. Resultado de uma pesquisa acadêmica realizada por uma equipe multidisciplinar, em uma parceria entre o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e o Instituto Declatra, o objetivo do movimento é denunciar o assédio moral no trabalho e seus reflexos na vida das pessoas.

“Queremos mostrar essa realidade e incentivar que as pessoas denunciem o assédio moral no ambiente de trabalho. Esta é uma prática que aos poucos vai sendo institucionalizada como método de gestão, com o único objetivo de aumentar a lucratividade das empresas. O reflexo são milhares de pessoas com doenças físicas e psíquicas”, enfatiza o presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), Mauro Auache.

Até o momento são sete vídeos lançados pelo movimento que podem ser encontrados no site Vítimas do HSBC, na fanpage do Facebook e na TV Declatra, o canal do Instituto no Youtube. São depoimentos reais de pessoas que sofreram na pele o assédio moral do HSBC. Os relatos mostram o reflexo na vida pessoal e profissional destes trabalhadores, que em alguns casos, tiveram suas vidas destruídas por conta dos métodos de gestão abusivos.

Muitos destes vídeos superam as marca de 20 mil visualizações, cada um. Além disso, nas redes sociais são muitos compartilhamentos, comentários e mensagens que chegam diariamente com novas denuncias sobre o assédio moral. “A ideia é justamente esta. Que as pessoas compartilhem suas experiências e mostrem que o assédio moral não pode ser normal”, completa Auache.

A pesquisa
O trabalho envolveu dois anos de pesquisa, uma equipe multidisciplinar e a investigação de dados relacionados as homologações de desligamentos de trabalhadores, processos trabalhistas contra o banco e dados do Ministério da Saúde e da Previdência Social. A pesquisa concluiu que os métodos de gestão da instituição financeira resultavam em assédio moral organizacional – aquele que faz parte dos métodos diários da empresa e afeta desde os cargos mais baixos até os de maior importância – e consequentemente ao adoecimento dos seus trabalhadores.

A investigação trouxe dados alarmantes. 52,4% dos trabalhadores que processaram o banco na Justiça do Trabalho relataram problemas com métodos assediosos. “Este é apenas o primeiro passo de um grande embate. Queremos seguir com estas investigações e na luta contra o assédio moral”, finaliza o presidente do Instituto Declatra, Mauro Auache.

Gibran MendesDeclatra

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