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Mulheres são minoria entre os jovens latino-americanos que trabalham, diz estudo da OIT

Brasília – Os índices de participação das mulheres jovens latino-americanas na força de trabalho da região são muito menores se comparados com os dos homens, na faixa etária entre 15 e 24 anos, de acordo com os dados do relatório Juventude e Trabalho Decente na América Latina e no Caribe,/2005, lançado hoje (4) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Segundo a OIT, os homens são maioria no grupo dos que só trabalham. Também são maioria entre aqueles que estudam e trabalham. Já as mulheres têm maior presença no grupo dos que só estudam e no grupo de quem não estuda nem trabalha. “Isso reflete, entre outras coisas, uma certa tradição cultural e a falta de oportunidades para as mulheres que têm que combinar trabalho e obrigações familiares”, frisa o relatório.

Dos 106 milhões de jovens latino-americanos, 48 milhões trabalham; outros 48 milhões são inativos (não trabalham e não estão procurando emprego); 10 milhões estão desempregados. Do total de ocupados, apenas 38% são mulheres, sendo que 62% têm entre 20 e 24 anos. Embora trabalhem majoritariamente em empresas, 16% delas são trabalhadoras domésticas, “a ocupação mais comum entre as mulheres jovens”.

“As cifras mostram que, nas últimas décadas, as mulheres avançaram a um ritmo mais acelerado que os homens em matéria de educação e, inclusive, em alguns países, há mais mulheres que homens na educação superior. Apesar disso, 30% delas não estudam nem trabalham e dedicam-se a atividades domésticas”, segue o documento.

O estudo da OIT, além de trazer dados sobre emprego e desemprego, revisa diversas iniciativas adotadas por países da região e faz uma série de propostas para buscar melhorar o acesso dos jovens aos mercados de trabalho.

Por José Carlos Mattedi – Repórter da Agência Brasil
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Brasil tem dívida com os seus jovens, diz secretário de Juventude

Brasília – No Brasil, o desemprego entre jovens (de 15 a 29 anos), segundo dados de 2005, atinge 9% da população, índice menor que o da América Latina e do Caribe, hoje, onde essa parcela chega a 17% da juventude com idades entre 15 e 24 anos. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/2005 (Pnad), dos 50,5 milhões de brasileiros considerados jovens, 4,5 milhões, em 2005, estavam fora do mercado de trabalho.

O relatório Juventude e Trabalho Decente na América Latina e no Caribe/2005, lançado hoje (4), em Santiago (Chile), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que, enquanto 48 milhões de jovens latino-americanos trabalham, 10 milhões estão desempregados – outros 48 milhões são inativos (ou seja, não trabalham nem procuram emprego).

Os dados do Brasil foram apresentados hoje pelo secretário Nacional de Juventude, Beto Cury, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto. De acordo com ele, no próximo dia 17, o governo brasileiro vai se reunir com a OIT para discutir os dados do relatório.

Segundo Cury, os 4,5 milhões de brasileiros que estão fora do mercado de trabalho também não frequentam a escola e só têm o ensino fundamental. E, do total de 50,5 milhões de jovens, apenas 18 milhões recebem ensino, ou seja, 64% já não estudam. Na América Latina e no Caribe, dos 10 milhões de jovens desempregados, apenas 40% não deixaram o banco escolar. No conjunto, mais da metade da juventude latina não estudam: são 57 milhões, ou 54% do geral – número melhor que o brasileiro.

“O Brasil tem uma dívida com os seus jovens. Ao longo de sua história, o país não olhou para a juventude do ponto de vista da política pública. A partir de 2005, o governo federal tem implementado programas, procurando assegurar oportunidades para os jovens. Esse é o caminho correto para gerar a inclusão da juventude”, frisou Cury.

Segundo ele, “fortes” medidas estão sendo tomadas para a elevação da escolaridade e da qualificação profissional. “Num mercado extremamente competitivo, se os jovens não estiverem preparados, fica mais difícil conseguir emprego. E, com a economia em crescimento, há uma forte demanda do mercado”, alertou.

O secretário Nacional de Juventude pontua que, no primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o país gerou 4,7 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, sendo que, desse total, 4 milhões foram para jovens entre 18 e 29 anos. Agora, na sua avaliação, esse número poderia ser melhor se uma boa parcela da juventude não tivesse baixa escolaridade, e nenhuma ou pequena qualificação profissional.

“Não é um público atrativo. O mercado de trabalho hoje é muito exigente. É fundamental que as três esferas – federal, estadual e municipal – façam a sua parte, ou seja, pensem políticas públicas para os jovens para que as empresas possam ser parceiras, recrutando boa parte da juventude”, enfatiza Cury.

Amanhã (5), às 11 horas, o presidente Lula lança o ProJovem, um novo programa unificado para a juventude para ampliar o atendimento aos que estão fora da escola e excluídos dos cursos de formação profissional. “Com a implementação do novo programa, vamos aumentar o atual atendimento que é de cerca de 500 mil jovens. Trabalhamos para uma ampliação gradual, que pode chegar a 4,2 milhões de vagas, em 2010. Portanto, a possibilidade de esse jovem ter mais oportunidade será assegurada”, conclui Cury.

Apesar de ter o mesmo nome de um programa já existente, o novo ProJovem consiste, na verdade, na unificação de várias políticas públicas.

Sobre a distinção entre a faixa etária empregada pelo Brasil (15 a 29 anos) e pela ONU (15 a 24 anos) em suas pesquisas, Cury explicou que cada país ou órgão internacional costuma adotar índices diferentes. Ele citou os exemplos da Espanha, que usa o mesmo critério brasileiro de idade para sua juventude, enquanto no Japão é de 15 a 35 anos.

Por José Carlos Mattedi – Repórter da Agência Brasil.

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