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Na contramão de outros países, Brasil amplia lavouras transgênicas

Países ricos, como os Estados Unidos, diminuíram a utilização da biotecnologia. Entre as causas do avanço na agricultura nacional, está a queda no preço dessas sementes
por Redação RBA publicado 14/04/2016 19:44
Arquivo/EBC

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Avanço das lavouras transgênicas está associado ao aumento do uso de agrotóxicos

São Paulo – Enquanto os países desenvolvidos diminuíram a área cultivada com plantas transgênicas entre 2014 e 2015, o agronegócio brasileiro segue ampliando seus investimentos na biotecnologia. Em 2014, as lavouras ocupavam 42,2 milhões de hectares, área que subiu para 44,2 milhões no ano seguinte.

Maior produtor mundial de transgênicos, os Estados Unidos dão sinais de seguir caminho oposto. No mesmo período, reduziram o tamanho de suas lavouras geneticamente modificadas de 73,1 milhões de hectares para 70,9 milhões. Os dados são do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Biotecnologia Agrícola (Isaaa), organização financiada por governos e indústrias.

Em oito dos dez maiores produtores de safras transgênicas, a área plantada permaneceu a mesma. A queda na utilização da biotecnologia foi causada pela desvalorização das commodities, segundo o Isaaa.

“O avanço dessas plantações no Brasil está associado à apropriação de novas áreas, às possibilidades de financiamento e à absurda concentração de terras”, diz o agrônomo Leonardo Melgarejo, da Associação Brasileira de Agroecologia.

Outra razão, segundo ele, pode estar nas pressões do mercado consumidor internacional. Em março de 2015, a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (AIPC), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde, confirmou que o agrotóxico Round Up (também conhecido como glifosato), fabricado pela Monsanto, é um agente potencialmente causador de câncer e de outras doenças graves, inclusive nos rins.

Como as lavouras transgênicas são resistentes ao veneno e as pragas também tornam-se resistentes, o uso de agrotóxicos, como o glifosato, torna-se cada vez maior.

“No Brasil, ao contrário, não há manifestação expressa de que algo que é apontado como possivelmente cancerígeno não pode ser utilizado livremente, em escala brutal. Ao mesmo tempo que há conhecimento da associação do agrotóxico com o surgimento do câncer, sua aplicação continua sendo incentivada com crédito agrícola”, aponta.

De acordo com o agrônomo, a saúde pública, de interesse de todos, não é defendida. “A grande mídia não ajuda e os médicos não se manifestam a respeito.”

O Brasil segue também como maior consumidor mundial de agrotóxicos. De acordo com o Relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, do IBGE, a quantidade de pesticidas usados por área plantada no país mais que dobrou de 2000 para 2012, passando de 3 quilogramas por hectare para 7 quilogramas.

Notícia colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2016/04/na-contramao-de-outros-paises-brasil-amplia-lavouras-transgenicas-2524.html

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Campanha contra Agrotóxicos completa cinco anos de luta

Mobilização nasceu da necessidade de lutar por outro modelo de produção e consumo

Escrito por: CUT • Publicado em: 13/04/2016 – 19:56

Reprodução Capa da Cartilha que trata dos perigos do uso indiscriminado de agrotóxicos

No passado 7 de abril a Campanha Permanente contra o Uso de Agrotóxicos e pela Vida celebrou cinco anos de combate, luta e mobilização pelo fim do uso de agrotóxicos no Brasil.

Desde 2011 a campanha vem realizando ações de sensibilização da população brasileira sobre os usos prejudiciais dos agrotóxicos com mais de 50 movimentos, sindicatos, redes e organizações, entre eles a Central Única dos Trabalhadores.

A CUT através da sua Secretaria Nacional de Meio-Ambiente reforça a importância da luta contra o uso de veneno condicionado pelo agronegócio, entendendo o seu impacto negativo na saúde da população que consome esses produtos, à saúde dos/as trabalhadores/as que têm contato direto ou indireto com o uso dos agrotóxicos e no meio ambiente.

A Central reconhece a necessidade de termos um outro modelo de produção de alimentos, pautado pela agricultura familiar e pela agroecologia, com pleno respeito e cuidado com o meio-ambiente e à qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da população em geral.

Saiba mais sobre a campanha aqui.

Notícia colhida no sítio http://www.cut.org.br/noticias/campanha-contra-agrotoxicos-completa-cinco-anos-de-luta-91e7/

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