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Por 14:41 Sem categoria

Nota de repúdio da CUT Paraná à OAB

Central repudia tentativa da ordem interferir no direito legítimo de greve da categoria bancária.

A Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) repudia, de forma pública e veemente, a atitude da Ordem dos Advogados do Brasil em diversos estados, em especial a OAB/Seção Paraná, por entrarem com uma liminar contra a greve nacional da categoria bancária. Movimento legal, justo e constitucional.


Vivemos “Tempos Ásperos”, como o título da obra de Jorge Amado. São tempos ásperos na política, na economia e nas relações entre capital e trabalho no Brasil. Não bastassem todos os ataques aos direitos dos trabalhadores e à democracia, agora a Ordem dos Advogados do Brasil, por intermédio de suas seccionais, tentam utilizar de instrumentos jurídicos para ingerir na greve nacional dos bancários.

Contudo, o que observamos, é que essa atitude da OAB não encontra eco nem mesmo em suas próprias fileiras. Um bom exemplo disso é a postura com que o movimento denominado Advogados pela Democracia que tem se posicionado neste tema. Na defesa dos direitos sociais, dos direitos dos trabalhadores e da própria democracia, denunciando o golpe institucional aplicado no Brasil. Golpe que tem anuência de parte da própria ordem dos advogados do Brasil, com opinião pública e já conhecida nacionalmente.

Portanto, a CUT Paraná não pode deixar de manifestar o seu mais forte repúdio essa atitude das seccionais da OAB pelo Brasil e, em especial, da OAB/PR em relação greve nacional da categoria bancária. Porque a greve é legal. Mais: é o instrumento que dispõem as trabalhadoras e trabalhadores bancários para o enfrentamento das questões salariais e condições de trabalho.
O movimento sindical bancário, suas federações e sindicatos cumpriram todos os trâmites e requisitos legais exigidos para a deflagração do movimento paredista ocorrida por aprovação nas assembleias gerais realizadas nos quatro cantos do Brasil, pelos sindicatos filiados à CONTRAF/CUT que representa aproximadamente 95% do movimento sindical bancário brasileiro.

Importante ainda destacar a paciência da categoria bancária e de seus representantes do Comando Nacional dos Bancários em mesa, suportando por diversas rodadas de negociação a enrolação com que os representantes dos bancos, que cristalizam na tentativa de diálogo a postura de ganância e intransigência de quatros ou cinco grandes banqueiros que controlam o sistema financeiro nacional, acompanhados pela postura dos representantes dos bancos públicos.

Este cenário nos dá uma clara demonstração de como serão conduzidas as relações de mediação entre o capital e trabalho pelo governo golpista de Michel Temer daqui para frente. Ou seja, veremos a busca constante pela retirada de direitos e benefícios da classe trabalhadora.

Novos ataques virão. Nem sempre de onde esperamos. Mas certos de que estamos no lado certo da história, lutando pelos direitos sociais e dos trabalhadores, seguiremos em luta. Agora construindo uma greve geral, gostem os golpistas ou não.

Autor: CUT-PR

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