fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 21:09 Sem categoria

OS BANCOS ABUSAM: Banco do Brasil quer expulsar pobres das agências e torná-las exclusivas da alta renda

A Contraf-CUT considera um absurdo o anúncio do Banco do Brasil de que pretende estar presente em todos os municípios brasileiros por intermédio das “agências complementares”, com o objetivo de “ficar mais próximo da população de menor renda”, conforme declaração à imprensa do presidente Aldemir Bendine.

Segundo reportagem publicada nesta segunda-feira 7 pelo jornal O Estado de São Paulo, o dirigente do BB anunciou que o banco pretende, ainda em 2011, abrir 250 agências tradicionais, 250 “agências complementares” e 100 postos de atendimento.

Bendine disse ao Estadão que esse é “um novo conceito de atendimento bancário”; que as “agências complementares” atuarão em conjunto com os correspondentes bancários; que essa foi a solução encontrada para levar o banco onde não há escala suficiente para abertura de uma agência, “que tem custo de instalação bastante elevado”; e que dessa forma o BB está contribuindo para aumentar a bancarização da população de baixa renda.

Para a Contraf-CUT, o que o presidente do BB está afirmando não condiz com a realidade dos fatos. “O que o banco está fazendo, na verdade, é criar uma rede de correspondentes bancários ilegais, com o objetivo de expulsar os pobres de dentro das agências, de forma a torná-las exclusivas dos clientes de alta renda, que é o foco do BB 2.0”, critica Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

“Se o objetivo do BB fosse realmente o de bancarizar a população pobre, ele abriria postos de atendimento nas periferias das grandes cidades ou nos 1.645 municípios brasileiros que não possuem nenhuma agência bancária”, acrescenta Marcel. “Em vez disso, está instalando correspondentes perto, às vezes em frente ou do lado, de agências do BB, de forma a afastar os clientes de baixa renda. Em vez de incluir, com isso o banco está excluindo a população pobre.”

Fonte: Contraf-CUT .

==========================

MPT aciona BB e cobra 1 milhão de reais por assédio moral em Concórdia-SC

O Ministério Público do Trabalho, em Joaçaba, no interior de Santa Catarina, entrou com Ação Civil Pública (ACP) contra o Banco do Brasil por assédio moral praticado pelo gerente da agência de Concórdia, especialmente contra empregados com cerca de 30 anos na instituição bancária.

A procuradora do Trabalho autora da ACP, Thaís Fidélis Alves Bruch, pediu liminarmente que a Justiça mande o Banco tomar providências imediatas que cessem a prática, corrija irregularidades quanto às normas de segurança e saúde do trabalhador e pague R$ 1 milhão por danos morais coletivos, reversíveis ao Fundo Estadual de Saúde e/ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

“De acordo com o relatório dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), onde constam testemunhos de empregados, com a chegada do novo gerente na agência de Concórdia foram adotadas práticas que afrontaram a dignidade de diversos trabalhadores, como a destinação de tarefas simples a empregados com vasta experiência, a fim de forçar pedidos de aposentadorias precoce; e alteração de função de forma unilateral, sem qualquer cientificação ao trabalhador. Somente isso já configura assédio moral”, explica a procuradora.

A ACP deu entrada na Vara do Trabalho em Concórdia na mesma semana em que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) anunciaram a assinatura de convênio que estabelece o combate ao assédio moral nos locais de trabalho.

Segundo o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, o acordo aditivo ao Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho confere adesão espontânea, já confirmada pelo Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal criaram comitês de ética no ano passado para apurar denúncias de assédio moral.

Enquanto isso, no BB de Concórdia, de acordo com relatório dos auditores fiscais que dá sustentação à Ação do MPT, empregados com mais de 30 anos de carreira na instituição foram submetidos à humilhações públicas.

“O gerente deslocava empregados plenamente produtivos, com larga experiência profissional e cerca de 30 anos de casa, para o auto-atendimento, onde atuam estagiários para dar suporte aos clientes”, afirma o relatório. Isso gerava situações de constrangimento e humilhações perante os clientes, muito deles acostumados ao atendimento altamente qualificado e à experiência dos agora “auxiliares de auto-atendimento”, aponta.

O gerente da agência modificou senhas de acesso desses empregados para que não pudessem executar as tarefas de antes, além de ter modificado unilateralmente os contratos de trabalho reduzindo salários. A meta era forçar a aposentadoria precoce desses trabalhadores para contratar concursados por salários mais baixos.

Dois dos empregados submetidos a tais con dições e que ficaram doentes, acabaram por requerer precocemente a aposentadoria. Um deles chegou a ter seus proventos reduzidos em cerca de R$ 3 mil mensais entre participação nos lucros e vale refeição.

Além disso, os auditores fiscais apuraram ainda o descumprimento de diversas normas de segurança e saúde do trabalhador, como a inexistência das pausas obrigatórias para recuperação de fadiga; a falta de adequação ergonométrica dos locais e mobiliários de trabalho; a inexistência de um programa preventivo de medicina e saúde do trabalhador, bem como o devido reconhecimento de empregados acometidos de doenças ocupacionais perante a Previdência Social. Todas essas irregularidades também são objeto da ACP.

Indenização

Quanto à indenização por danos morais coletivos de R$ 1 milhão, Thaís salienta que somente com a condenação no pagamento de indenização pelos danos de natureza coletiva e difusa causados é que os maus empregadores passarão a respeitar a ordem jurídica vigente e os direitos dos trabalhadores.

Do contrário, conclui, continuará sendo manifestamente vantajoso descumprir a lei e somente após ser acionado judicialmente, por alguns deles, pagar os direitos trabalhistas, ainda assim após a longa tramitação do processo ou senão por meio de acordo, em valores infinitamente inferiores aos devidos.

“As constantes humilhações, a exposição do trabalhador ao ridículo, a supervisão excessiva, as críticas cegas, o empobrecimento das tarefas, a sonegação de informações e as repetidas perseguições funcionam como um terror psicológico que provoca na vítima danos emocionais e doenças psicossomáticas, como alterações do sono, distúrbios alimentares, diminuição da libido, aumento da p ressão arterial, desânimo, insegurança, entre outros, podendo acarretar quadros de pânico e depressão”, lembra a procuradora.

Em casos extremos, salienta, tais quadros mórbidos podem levar à morte ou ao suicídio. De acordo comThaís, estudos realizados pela Organização Internacional do Trabalho – OIT, nos quinze Estados membros da União Européia, indicam que aproximadamente 13 milhões de trabalhadores já foram vítimas do assédio moral, correspondente a 9% da população ativa daquele Bloco Econômico.

No Brasil não há estudos sobre as consequências do assédio moral e, além de algumas leis municipais (Iracemápolis-SP, Cascavel-PR) e projetos de lei municipais (São Paulo-SP, Guararema-SP, Curitiba-PR, Porto Alegre-RS, Natal-RN) e estaduais (São Paulo e Rio Grande do Sul), existem dois projetos tramitando no Congresso Nacional (PL nº 4591/2001 e PL nº 4742/2001).

Fonte: Ministério Público do Trabalho.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

==========================

Banco do Brasil poderá comprar até 75 porcento do banco Patagonia

Brasília – O Banco do Brasil (BB) confirmou hoje (8) que o percentual de compra do Banco Patagonia, da Argentina, pode chegar a 75%. Na noite de ontem (7), o BB havia anunciado a autorização do Banco Central da República Argentina (BCRA) para operação de aquisição de 51% do capital social total e votante do Banco Patagonia, com sede em Buenos Aires.

Em novembro do ano passado, o BB recebeu autorização do Banco Central do Brasil para a compra de parte da instituição argentina. Para completar a operação, o BB ainda precisa receber parecer da Comissão Nacional de Defesa da Concorrência da Argentina.

Além disso, ainda será preciso fazer uma oferta pública de ações para acionistas minoritários, o que é uma obrigatoriedade legal, segundo a assessoria de imprensa do BB. O objetivo do BB com a aquisição do Banco Patagonia é atender cerca de 400 empresas brasileiras que atuam na Argentina. A instituição a ser incorporada tem 154 agências.

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lana Cristina.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

Close