Trabalhadores bancários do interior paranaense em atividades do Dia Nacional de Lutas
Protestos atingiram diversas unidades do banco Itaú Unibanco no interior do Paraná.
Em todo o País os Sindicatos protestaram ontem (18/05) contra as demissões e cobraram do Itaú Unibanco garantia de emprego e mais contratações. Em reunião com a Contraf-CUT, a direção do banco informou que irá reativar o Centro de Realocação, para que os funcionários tenham a oportunidade de reivindicar as vagas disponibilizadas e assim evitar dispensas.
Outro ponto que precisa ser revisto pelo Itaú é o processo de terceirização, que tem contribuído nas demissões recentes no banco. Para Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região, e integrante da coordenação nacional da COE Itaú Unibanco, a gestão organizacional do banco é a principal responsável pelos problemas sofridos pelos funcionários, precarizando as relações de trabalho e afetando a saúde.
“Os bancários e bancárias do Itaú Unibanco são cobrados para cumprir metas inalcançáveis, enquanto o banco mantém um quadro reduzido de funcionários”, afirma Wanderley.
A falta de funcionários nas agências tem sobrecarregado os poucos que estão em serviço. “O maior flagrante disso é que os gerentes operacionais são obrigados a trabalhar no caixa a maior parte do tempo, acumulando estas funções”, ressalta Cesar Caldana, diretor do Sindicato de Londrina.
Recentemente, em um cartaz divulgando evento voltado para os gestores, a direção do banco previa, ao comentar as metas, que o momento é de turbulência e que as “águas vão ficar turvas”. Realmente, as águas estão turvas de sangue dos funcionários. Seria isso o efeito “Tsunomi”, questiona Cesar.
Ainda na região do Sindicato de Londrina, há relatos de muito terror implementado pelo superintendente da Área Operacional, que tem adotado um discurso que não condiz com que a Diretoria do banco tem pregado. “Ou este gestor está falando o que quer e o que bem entende ou então tudo o que temos ouvido em relação à gestão de pessoas no Itaú Unibanco não é verdadeiro”, avalia Wanderley Crivellari, acrescentando que o Sindicato não irá permitir tais práticas, claramente assediadoras trazendo somente insegurança e adoecimento aos funcionários.
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Sindicato de Cornélio Procópio e Região paralisa atividades de duas agências
A diretoria do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio promoveu paralisações em duas agências do Itaú Unibanco ontem (18/05), Dia Nacional de Luta contra as demissões. Os protestos ocorreram até as 12h00 e foram motivados pela demissão de uma bancária da área comercial do banco na última semana.
“As demissões têm ocorrido com certa frequência em nossa base e isso nos preocupa. Não sabemos ainda se esta política é pontual, promovida pelos gestores regionais, pelos gestores das agências ou se é uma estratégia do banco”, indaga Dirceu Casa Grande Junior, presidente do Sindicato.
Para ele, de qualquer forma demissões sem justa causa em uma das empresas mais lucrativas do mundo não se justificam em hipótese alguma.
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Apucarana e Arapoti também contam com as mobilizações pelo fim das demissões no banco Itaú Unibanco
Os Sindicatos dos Bancários de Apucarana e Arapoti e respectivas regiões realizaram manifestações ontem (18/05) em agências do banco Itaú Unibanco, no Dia de Luta contra as demissões promovidas pelo banco. O presidente do Sindicato de Apucarana, Damião Rodrigues, afirma que as recentes demissões efetuadas pelo Itaú Unibanco demonstram a falta de compromisso com o movimento sindical.
“Desde o início do processo de fusão cobramos dos presidentes do Itaú e do Unibanco o compromisso por escrito de que os empregos seriam mantidos. Eles não assinaram nada, mas garantiram que não haveria demissões, no entanto, muitos bancários foram desligados, apesar da falta de pessoal ser evidente nas agências”, observa Damião.
Para José Ubiraci de Oliveira, presidente do Sindicato de Arapoti, o banco que obteve o maior lucro líquido da história do sistema financeiro brasileiro não tem razão para demitir pais e mães de família. “O Itaú Unibanco deveria utilizar parte desse lucro para gerar novos empregos e assim melhorar as condições de trabalho e oferecer atendimento de qualidade aos clientes e usuários de suas agências”, sugere.
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