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PERFIL | Candidatura do bancário Edilson José Gabriel defenderá empresas públicas estaduais na Assembleia Legislativa do Paraná

Bancário de Umuarama, Edilson é candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e explica porque o movimento sindical se posiciona por Lula Livre.

Edilson José Gabriel durante ato na Vigília Lula Livre na última quarta-feira, 15 de agosto. Foto: Joka Madruga/Agência PT

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) fortalece a candidatura a deputado estadual do trabalhador bancário Edilson José Gabriel, dirigente licenciado do Sindicato de Umuarama e vice-presidente licenciado da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR). Edilson tem 50 anos, metade desse tempo atuando como dirigente sindical. É funcionário do Itaú, desde os tempos em que entrou no Banestado via concurso público e, após passar pelo processo de privatização pelo governo Lerner, viu o número de trabalhadores do Banestado reduzir de 10 mil em 1998 para pouco mais de 500 atualmente.

Atuará em defesa das empresas públicas estaduais, como Copel e Sanepar, na fiscalização do executivo e na melhoria das condições de trabalho para todos os bancários. Edilson explica o porquê é importante o movimento sindical se posicionar em defesa de Lula ser candidato nas eleições de 2018, resgatando as melhorias de seu governo que beneficiaram os bancários e toda a população.

Confira a íntegra da entrevista:

FETEC-CUT-PR | Por que você decidiu ser candidato nas eleições de 2018?

Edilson José Gabriel – A Assembleia Legislativa do Paraná precisa ampliar a representação de trabalhadores. Hoje, de 54 deputados, nós temos apenas dois que têm origem no movimento sindical, origem na luta em defesa de interesses dos trabalhadores.

Por que é importante que o movimento sindical ocupe esses espaços de atuação política no legislativo?

O principal papel de um deputado com origem no movimento sindical e na defesa dos direitos dos trabalhadores, é a defesa do patrimônio público do estado e dos serviços públicos estaduais. Isso diz respeito diretamente a cada trabalhador e trabalhadora. O grande desafio é fazer com que bancários e outras categorias superem o preconceito que foi criado pela elite econômica de que dirigentes sindicais não podem ser candidatos e que é importante ter alguém lá do seu meio para fazer a defesa do patrimônio público, dos serviços públicos e isso se transformar em benefícios para os trabalhadores e para os bancários.

Como é sua atuação no movimento sindical?

Durante esses 25 anos enquanto dirigente do Sindicato dos Bancários de Umuarama, tive a oportunidade de participar de vários conselhos de políticas públicas da minha cidade e de várias conferências municipais e estaduais de políticas públicas. Então é uma experiência que tenho certeza que me ajudará bastante na Assembleia Legislativa. Eu originalmente ingressei por concurso no Banestado e atualmente sou funcionário do Itaú em função da privatização.

O que sobrou os trabalhadores do Banestado após o processo de privatização e as demissões?

Eu já era dirigente sindical quando o Banestado foi privatizado, então eu acompanhei o processo de privatização desde o princípio, quando o então governador Jaime Lerner ventilou a possibilidade de privatizar o banco público, e as consequências foram péssimas para os trabalhadores e para os paranaenses. No dia que foi autorizada a venda do banco na Assembleia Legislativa do Paraná, em 1998, nós éramos em 10 mil funcionários do Banestado. Dois anos depois o banco foi privatizado, já éramos 7,5 mil funcionários, porque houve um PDV nesse período, e dois anos após a privatização, no final de 2002, nós já éramos 2,5 mil funcionários. Em quatro anos foram demitidos 7,5 mil funcionários, sem contar os terceirizados que perderam seus empregos. E desses 2,5 mil que permaneceram, hoje são apenas 500 e poucos, nem esses podem dizer que tiveram sorte de permanecer, porque quem ficou passou a enfrentar condições de trabalho muito piores em relação ao que existia no Banestado, são pessoas que adoeceram trabalhando, e que permanecem no emprego apenas porque não tem uma outra alternativa.

E a perda da estabilidade, progressão de carreira…

As pessoas adoecem tanto pelo assédio moral praticado pelo banco Itaú quanto pelo medo permanente de perder o emprego.

Em quais frentes serão sua atuação política enquanto candidato?

Cumprir o papel de um legislador, de fiscalizar o executivo, e elaborar leis e propostas de leis que atendam o interesse de toda a população, mas nesse momento de nossa história, que tivemos oito anos de Beto Richa, meio ano de Cida Borghetti, e o que vier pela frente, poderemos ter um grande desafio que é defender o serviço público e defender as empresas públicas do Estado, a Copel, a Sanepar e as outras menores, menos conhecidas, que hoje estão sob ataque, ameaçadas de ou de extinção ou privatização.  

Copel e Sanepar também afetam diretamente o bolso da população, com as tarifas…

Onde houve privatização da água e da energia, as tarifas ficaram mais caras e não vão baixar, porque estão nas mãos de empresas privadas. O deputado estadual pode atuar inclusive pela categoria bancária, onde eu pretendo tentar conquistar a preferência dos eleitores, porque o estado pode legislar em relação ao atendimento bancário para a população diretamente melhoraria condições de trabalho também dos bancários. E também tenho questões pontuais da região noroeste onde pretendo atuar, duplicação da principal rodovia da região, entre Maringá e Ivaiporã, a transformação do hospital regional privado em hospital público, tudo isso são demandas que pretendo levar para a Assembleia Legislativa.

Por que o movimento sindical não pode se omitir sobre a prisão política de Lula e sobre a Vigília Lula Livre?

Defender Lula Livre é combater a injustiça e defender a democracia. É uma condenação num processo sem provas e Lula só está preso para não poder se candidatar. Todo cidadão desse país deveria se engajar nessa luta por Lula Livre. Se falarmos especificamente da categoria bancária, durante os oito anos de governo Lula, aumentaram o número de agências do Banco do Brasil e da Caixa, foram realizados concursos públicos e contratados milhares de funcionários. E mesmo os bancos privados tiveram que aumentar o número de funcionários em função de várias medidas que o Lula adotou, que aqueceram a economia e exigiram que os bancos ampliassem seus quadros de funcionários para atender as demandas, como por exemplo o consignado, o processo de bancarização de quem recebe benefícios do governo, investimento em infraestrutura que geraram milhões de emprego e um mercado consumidor. Não faltam razões para que os bancários e toda a classe trabalhadora do Paraná e do país gritem Lula Livre e votem nele na próxima eleição.

 

* A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) divulga neste espaço o perfil dos dirigentes sindicais trabalhadores bancários, da base filiada à entidade, que concorrem nas eleições de 2018. 

Acesse aqui o perfil de André Machado, bancário de Curitiba que concorre a deputado federal nas eleições de 2018

Edição: Paula Zarth Padilha
FETEC-CUT-PR

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