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PIB avança 0,5% no primeiro semestre e Mantega refuta hipótese de recessão

O Produto Interno Bruto (PIB) no 1º semestre de 2014 apresentou crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2013. Nesta base de comparação, destaque para o desempenho da Agropecuária (1,2%) e dos Serviços (1,1%). A Indústria, por sua vez, sofreu queda de 1,4%. No acumulado de 12 meses, o PIB cresceu 1,4% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o índice não aponta para uma recessão no País.  “Não dá para falar em recessão. Recessão é uma parada prolongada, como ocorreu com os países europeus e ocorre quando há desemprego”, avaliou. Ele disse que, no primeiro semestre, o Brasil conseguiu criar 500 mil novas vagas de trabalho.

Ainda acordo com o ministro, o baixo crescimento do PIB no período pode ser explicado devido à baixa demanda no comércio internacional e também a problemas conjunturais internos, como os efeitos da estiagem – que levou ao aumento do custo da energia elétrica – e ao menor número de dias úteis em junho, devido aos dias de jogos da Copa do Mundo.

O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,27 trilhão no segundo trimestre de 2014, sendo R$ 1,1 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

No resultado do segundo trimestre, a Poupança Bruta atingiu R$ 179,0 bilhões contra R$ 195,6 bilhões no mesmo período do ano anterior.

Recuperação – Na avaliação de Mantega, os primeiros indicativos da produção industrial para o terceiro trimestre já mostram recuperação do crescimento econômico. Ele ainda enfatizou que a inflação também já deu sinais de acomodação, e a massa salarial permanece em alta.

De acordo com o titular da Fazenda, os dados indicados pelo BNDES mostram aumento das vendas de máquinas e equipamentos no segundo trimestre e que isso deve repercutir no médio prazo. “Nós temos um dos maiores superávits do mundo e há condições de fazermos um maior ainda”, garantiu o ministro.

Apesar do baixo crescimento do PIB no segundo trimestre deste ano, o desempenho do Brasil frente às principais economias do mundo, desde 2008 (ano que estourou a crise econômica mundial), continua positivo. Segundo dados do Banco Mundial, o crescimento acumulado do PIB brasileiro entre 2008 e 2013 foi de 19,87%. O índice é inferior apenas ao desempenho da Índia (45,57%) e da China (66,44%), mas superior ao da Rússia (10,73%), México (9,16%), Estados Unidos (5,51%), Alemanha (4,21%) e Japão (0,3%).

PT na Câmara com IBGE e Agência Brasil

Notícia colhida no sítio http://www.ptnacamara.org.br/index.php/home/noticias/item/19778-pib-avanca-0-5-no-primeiro-semestre-e-mantega-refuta-hipotese-de-recessao

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PIB cai (-0,6%) em relação ao primeiro trimestre e chega a R$ 1,27 trilhão

Período de comparação
Indicadores
PIB
AGROPEC
INDUS
SERV
FBCF
CONS. FAM
CONS. GOV
2º TRI 2014 / 1º TRI 2014
-0,60%
0,20%
-1,50%
-0,50%
-5,30%
0,30%
-0,70%
2º TRI 2014 / 2º TRI 2013
-0,90%
0,00%
-3,40%
0,20%
-11,20%
1,20%
0,90%
Acumulado em 4 tri / 4 tri imediatamente anteriores
1,40%
1,10%
0,50%
1,60%
-0,70%
2,10%
2,20%
Acumulado 2014 / Acumulado 2013
0,50%
1,20%
-1,40%
1,10%
-6,80%
1,70%
2,10%
VALORES CORRENTES NO TRIMESTRE (R$)
1.271,2
bilhões
82,5
bilhões
255,0
bilhões
750,1
bilhões
209,8
bilhões
799,4
bilhões
271,8
bilhões
Taxa de Investimento (FBCF/PIB) 2º TRI 2014 = 16,5%
Taxa de Poupança (POUP/PIB) 2º TRI 2014 = 14,1%

Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado do segundo trimestre apresentou queda de 0,6% na série com ajuste sazonal. A agropecuária teve variação positiva de 0,2%, enquanto a indústria (-1,5%) e os serviços (-0,5%) recuaram. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, o PIB teve queda de 0,9%, sendo que a agropecuária permaneceu estável (0,0%), a indústria teve recuo (-3,4%) e os serviços variaram 0,2%.

No acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2014 (12 meses), houve crescimento de 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No primeiro semestre o PIB apresentou uma expansão de 0,5% em relação a igual período de 2013. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,27 trilhão no segundo trimestre, sendo R$ 1,1 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A publicação completa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm

TABELA 1.1
Principais resultados do PIB a preços de mercado do 2º Trimestre de 2013 ao 2º Trimestre de 2014

Taxas (%) 2013.II 2013.III 2013.IV 2014.I 2014.II
Acumulado ao longo do ano / mesmo
período do ano anterior
< Anexo: Tabela 3 >
2,7
2,6
2,5
1,9
0,5
Últimos quatro trimestres / quatro
trimestres imediatamente anteriores
< Anexo: Tabela 4 >
2,0
2,4
2,5
2,5
1,4
Trimestre / mesmo trimestre do ano
anterior
< Anexo: Tabela 2 >
3,5
2,4
2,2
1,9
-0,9
Trimestre / trimestre imediatamente
anterior (com ajuste sazonal)
< Anexo: Tabela 7 >
2,1
-0,6
0,5
-0,2
-0,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais

Em relação ao 1º tri de 2014, indústria e serviços tiveram quedas

O PIB a preços de mercado apresentou queda de 0,6% na comparação do segundo trimestre de 2014 contra o primeiro trimestre do ano, na série com ajuste sazonal. A Agropecuária teve variação de +0,2%, enquanto que a Indústria (-1,5%) e os Serviços (-0,5%) sofreram quedas no período.

Dentre os subsetores que formam a Indústria, apenas a Extrativa mineral registrou expansão: 3,2%. Indústria de Transformação (-2,4%), Construção civil (-2,9%) e Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-1,0%) apresentaram queda em relação ao trimestre anterior.

Nos Serviços, o recuo foi puxado pelo desempenho negativo observado no Comércio (-2,2%) e em Outros serviços (-0,8%). O destaque positivo ficou a cargo dos Serviços de informação, com crescimento de 1,1%, seguido por Atividades imobiliárias e aluguel (0,6%) e Intermediação financeira e seguros (0,4%). Os serviços de Administração, saúde e educação pública (0,1%) e Transporte, armazenagem e correio (0,0%) mantiveram estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Pela ótica do gasto, o resultado negativo do PIB foi puxado pelas quedas da Formação Bruta de Capital Fixo (-5,3%) e da Despesa de Consumo da Administração Pública (-0,7%). Estes recuos foram parcialmente contrabalançados pela Despesa de Consumo das Famílias, que variou +0,3% em relação ao trimestre anterior. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,8%, enquanto que as Importações apresentaram queda de 2,1%.

Em relação ao mesmo trimestre de 2013, a FBCF cai 11,2%

O PIB apresentou queda 0,9% no segundo trimestre de 2014 em relação a igual período de 2013, sendo que o valor adicionado a preços básicos caiu 0,7%, e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram 1,9%.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do valor adicionado, o destaque foi a Indústria, que apresentou redução de 3,4%. Nesse contexto, a Indústria de Transformação caiu em 5,5%. O seu resultado foi influenciado pelo decréscimo da produção na indústria automotiva; de máquinas e equipamentos; móveis; máquinas e aparelhos elétricos; produtos de metal; metalurgia; produtos químicos; borracha e plástico; têxtil; e produtos de madeira e celulose.

A Construção civil também apresentou redução no volume do valor adicionado: -8,7%. Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, apresentou crescimento de 1,0%, puxado pelo consumo residencial de energia elétrica. Já a Extrativa Mineral cresceu 8,0% em relação ao segundo trimestre de 2013.

O valor adicionado de Serviços registrou variação positiva de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para os Serviços de informação (3,0%), que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Intermediação financeira e seguros apresentou expansão de 2,5%, seguida por Serviços imobiliários e aluguel (1,5%), Administração, saúde e educação pública (1,3%) e Transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros), com 0,9%. Já no Comércio (atacadista e varejista), por sua vez, houve queda de 2,4%. Observou-se resultado negativo também na atividade de Outros Serviços, que além dos serviços prestados às empresas, engloba serviços prestados às famílias, saúde mercantil, educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação: -1,6%.

A Agropecuária apresentou estabilidade (0,0%) em comparação a igual período do ano anterior. Esse resultado pode ser explicado pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre e pela produtividade, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE – julho 2014), divulgado no mês de agosto. Entre os produtos com safra no 2º trimestre que registraram crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (6,0%), arroz (4,4%), mandioca (10,4%) e algodão (25,4%). Por outro lado, milho e café apresentaram variações negativas na estimativa de produção anual: -4,4% e -6,5%, respectivamente. Cabe ressaltar que, com exceção do arroz e algodão, os demais cultivos apontaram queda de produtividade. As estimativas para Pecuária e Silvicultura e Extração Vegetal também apontaram para um fraco desempenho dessas atividades no decorrer do 2º trimestre.

Dentre os componentes da demanda interna, destaque para a queda de 11,2% da Formação Bruta de Capital Fixo no segundo trimestre de 2014. Este recuo é justificado principalmente pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção civil neste período.

A Despesa de Consumo das Famílias apresentou crescimento de 1,2%, sendo a quadragésima terceira variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi o comportamento da massa salarial, com um aumento, em termos reais, da massa de rendimento efetivo de todos os trabalhos de 4,3% no segundo trimestre de 2014, conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE), considerando apenas as quatro regiões metropolitanas que tiveram resultados divulgados para todos os meses deste trimestre: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 1,9%, enquanto que as Importações caíram 2,4%. Dentre as exportações de bens, os destaques de crescimento foram: produtos da extrativa mineral (principalmente petróleo e carvão); produtos metalúrgicos; produtos agropecuários; siderurgia e óleos vegetais. Já na pauta de importações, destaque negativo para: máquinas e tratores; indústria automotiva; equipamentos eletrônicos; material elétrico; extrativa mineral; perfumaria e farmacêuticos; artigos de borracha e artigos de vestuário.

No acumulado de quatro trimestres, PIB cresce 1,4%

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2014 apresentou crescimento de 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da elevação de 1,3% do Valor Adicionado a preços básicos e do aumento de 1,9% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,1%), Indústria (0,5%) e Serviços (1,6%).

PIB cresce 0,5% no primeiro semestre

O PIB no 1º semestre de 2014 apresentou crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2013. Nesta base de comparação, destaque para o desempenho da Agropecuária (1,2%) e dos Serviços (1,1%). A Indústria, por sua vez, sofreu queda de 1,4%.

No trimestre, taxa de investimento fica em 16,5%

O Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2014 alcançou R$ 1,27 trilhão, sendo R$ 1,09 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Considerando o Valor Adicionado das atividades no trimestre, a Agropecuária registrou R$ 82,5 bilhões, a Indústria R$ 255,0 bilhões e os Serviços R$ 750,1 bilhões.

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2014 foi de 16,5% do PIB, inferior à taxa observada em igual período do ano anterior (18,1%). Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela queda, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo no trimestre. A taxa de poupança ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2014 (ante 16,1% no mesmo trimestre de 2013).

No resultado do segundo trimestre de 2014, a Renda Nacional Bruta atingiu R$ 1.249,6 bilhões contra R$ 1.197,6 bilhões em igual período de 2013. Na mesma base de comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 179,0 bilhões contra R$ 195,6 bilhões no mesmo período do ano anterior.

A Necessidade de Financiamento alcançou, no 2º trimestre de 2014, R$ 48,0 bilhões contra R$ 42,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. O aumento da Necessidade de Financiamento é explicado, principalmente, pelo aumento no Déficit Externo de Bens e Serviços no montante de R$ 2,8 bilhões e pelo aumento de R$ 1,6 bilhão em Renda Líquida de Propriedade Enviada ao Resto do Mundo.

Comunicação Social

29 de agosto de 2014

Notícia colhida no sítio http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2705

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