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Plenária Regional definiu propostas a serem encaminhadas à Conferência Estadual.

Bancários de Curitiba e região já estão organizados

Fotos: Joka Madruga/SEEB Curitiba

Nos dias 20 e 21 de maio, os trabalhadores da base do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizaram sua Plenária Regional, primeiro evento preparatório para a Campanha Nacional dos Bancários 2016. Na sexta-feira (20), os participantes fizeram as análises da conjuntura política e econômica que irão impactar a campanha salarial. Já no sábado (21), revisitaram a minuta de reivindicações da categoria e definiram as propostas regionais, que serão encaminhadas à Conferência Estadual dos Bancários.

“Embora esse seja um dos primeiros passos da nossa organização, ele é um dos mais importantes, pois aqui começamos a nos preparar para as etapas estadual e nacional. Gostaria de lembrar que grande parte do caminho rumo ao sucesso é feito de preparo e planejamento”, destacou Elias Jordão, presidente do Sindicato. “Mais que uma Plenária Regional, estamos realizando um encontro de resistência da categoria bancária, pois, no atual contexto, todos os direitos da classe trabalhadora estão sob ameaça”, completou Maria de Fátima Costamilan, diretora da Fetec-CUT-PR.


Conjuntura econômica
O economista do Dieese Fabiano Camargo iniciou a análise da conjuntura econômica expondo a evolução do PIB brasileiro entre 2001 e 2014 e apontando os fatores que contribuíram para a redução do seu crescimento, tais como o aumento da taxa Selic, a crise internacional e a política econômica restritiva, com elevado nível de incerteza a desconfiança. “Podemos dizer que o agravamento da situação econômica é resultado da junção da crise fiscal, a crise política e as investigações da Lava Jato”, resumiu.

Fabiano também citou os ajustes que vêm sendo realizados pelo governo interino de Michel Temer e destacou as 55 ameaças aos direitos dos trabalhadores que estão tramitando no Congresso Nacional. Para ele, a Campanha Nacional dos Bancários 2016 estará inserida em um contexto bastante complexo, permeado por altas taxas de desemprego, cenário econômico incerto e negociações anteriores com baixos reajustes. “Apesar disso, há que se considerar os altos lucros dos bancos e a expectativa de uma inflação mais baixa no período, em torno de 8,79%”, concluiu o economista.


Conjuntura política
O dirigente sindical André Machado enfatizou, na análise de conjuntura política nacional, a importância da categoria transforar o cenário negativo – tomado por incertezas econômicas e, sobretudo, por evidente ameaça aos direitos da classe trabalhadora – em uma oportunidade de politização, organização e mobilização. “Mais do que nunca, será fundamental que os bancários estejam unidos e pressionem para garantir que as negociações aconteçam em mesa unificada. Somente assim será possível conseguir avanços!”, resumiu.

O bancário e deputado estadual Tadeu Veneri também participou da Plenária Regional e contribuiu fazendo uma breve análise da conjuntura econômica e política internacional. Para ele, o grande motivador de todas as manobras recentes no cenário brasileiro foi a descoberta do Pré-sal e dos 300 bilhões de barris de petróleo brasileiros. “Isso mexeu com a economia mundial, pois apresentou a possibilidade da quebra de uma cadeia do petróleo que já estava consolidada. Os fatos que se seguiram não aconteceram por acaso”, explicou. Apesar do momento difícil, Veneri encerrou sua fala lembrando que é preciso não se entregar, pois o momento é de resistência.


Propostas
No sábado (21), os participantes da Plenária Regional se dedicaram à análise e debate da minuta de reivindicações da categoria. Após a leitura de todos os itens que compuseram a pauta do ano anterior, foram sugeridas propostas de alteração e inclusão, que serão encaminhadas para a Conferência Estadual dos Bancários do Paraná, que acontece nos dias 01, 02 e 03 de julho, em Toledo (PR). Também foram apresentados os dados preliminares da Consulta 2016, respondida pelos bancários da capital paranaense.

“Os debates deixaram claro que os bancários estão preocupados com os rumos econômicos do país e que, nesta campanha salarial, pretendem mais uma vez lutar pela manutenção do ganho real, para além da reposição da inflação. Além disso, como já vinha acontecendo nos anos anteriores, a preocupação com a saúde dos trabalhadores e com as condições de trabalho ficou evidente, sobretudo com o aumento da pressão pelo cumprimento das metas”, resumiu Elias Jordão, presidente do Sindicato.

Renata OrtegaSEEB Curitiba

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