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Poupança passa a render mais que inflação após alta da taxa SELIC

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 8,5% ao ano beneficiou a poupança. Por causa da fórmula em vigor desde o ano passado, que atrelou a remuneração da caderneta aos juros básicos, o rendimento da aplicação subiu de 5,6% para mais de 6% ao ano, fazendo a poupança render mais que a inflação estimada para 2013.

O cálculo considera não apenas os juros básicos, mas também a taxa referencial (TR), que volta a incidir sobre os rendimentos quando a taxa Selic fica maior que 8% ao ano. A TR é variável e depende das expectativas do mercado, mas, segundo cálculos da própria equipe econômica, o rendimento final poderia ficar em até 6,17% ao ano. Sem a TR, o rendimento final da poupança corresponderia a 5,95% por ano.

Pela regra em vigor, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a TR. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.

De acordo com o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar o ano em 5,81%. No Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho, o próprio Banco Central elevou de 5,7% para 6% a projeção para o IPCA em 2013. Nos dois casos, a poupança renderá mais que o índice de preços.

Edição: Aécio Amado

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Notícia colhida no sítio http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-10/poupanca-passa-render-mais-que-inflacao-apos-alta-da-taxa-selic

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Contraf-CUT critica aumento da Selic e condena chantagem dos bancos

Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUT A Contraf-CUT criticou duramente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que efetuou nesta quarta-feira (10) um novo aumento de 0,5 ponto percentual elevando a taxa básica de juros, a Selic, para 8,5% ao ano.

“Mais uma vez, o Banco Central cedeu à chantagem insaciável dos rentistas e especuladores do mercado financeiro, os únicos que ganham, e muito, com o aumento dos juros, o que vai travar ainda mais o ritmo de crescimento econômico e os esforços do governo para ampliar os investimentos do país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Para ele, “a elevação da Selic pela terceira vez consecutiva neste ano é totalmente descabida, uma vez que não há qualquer ameaça de descontrole inflacionário no horizonte”. Cordeiro avalia que “essa medida é prejudicial para a economia, pois vai frear a expansão do crédito, o fortalecimento da produção e do consumo e a geração de empregos, no momento em que a economia brasileira precisa de estímulos para aumentar o PIB”, aponta o presidente da Contraf-CUT.

“Apesar da campanha terrorista do mercado financeiro, a inflação não está fora de controle. Desde 2004 as taxas inflacionárias vêm se mantendo dentro do sistema de metas, não havendo agora nenhum excesso de demanda. Algumas elevações de preços foram sazonais por conta de condições climáticas, sendo que as perspectivas futuras são de retração desses preços. Além disso, todos os indicadores apontam para a redução do consumo das famílias”, destaca Cordeiro.

“Se não há excesso de demanda, aumentar os juros não resolve o problema da inflação. Pelo contrário, só vai fazer com que o Brasil siga crescendo pouco, gerando menos empregos, engordando os lucros dos rentistas e aprofundando a concentração de renda no país, que já é um dos 12 mais desiguais do planeta, apesar de ser a sexta maior economia mundial. O Brasil precisa, isto sim, de juros menores para transformar crescimento em desenvolvimento econômico”, salienta Cordeiro.

Para a Contraf-CUT, além das metas de inflação, o Banco Central precisa definir também metas sociais como a geração de emprego e renda e a redução das desigualdades sociais. “Ademais, queremos que o governo organize uma conferência nacional do sistema financeiro, a fim de que a sociedade possa discutir o papel dos bancos e do crédito. O Brasil não pode ficar refém da ganância dos rentistas e especuladores”, conclui o dirigente sindical.

Fonte: Contraf-CUT,

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=34984

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