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Presidente da CUT convoca para o dia Nacional de Luta pela Vida, em 7 de agosto

Foto: Roberto Paziotti

As CUTs dos 26 estados e do Distrito Federal, os sindicatos, federações, confederações e representantes das demais centrais atenderam ao chamado e participarão com ações, homenagens e protestos, nos locais de trabalho e nas ruas, do Dia Nacional de Luta pela Vida e dos Empregos, na próxima sexta-feira, dia 7 de agosto. Veja abaixo onde vai ter ato e o que será feito.

Não podemos ver 100 mil mortos como um número frio, mas como uma tragédia. E para isso é preciso que a população manifeste sua insatisfação com este governo, afirma Sérgio Nobre, presidente da CUT, se referindo ao número de vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus,   que o Brasil atingirá esta semana.

“Nós alertamos no início da pandemia, em março que se o governo federal não abraçasse a e coordenasse uma politica e um processo de isolamento social para que pudéssemos sair rapidamente dessa crise, preservando vidas e empregos, o país vivenciaria uma enorme tragédia”, diz Sérgio Nobre.

A tragédia anunciada de que o Brasil perderia milhares de vidas e que a economia do país iria para o fundo do poço por falta de um comando nacional para combater a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) se confirma a cada dia. Esta semana o país deve atingir a triste marca de 100 mil mortos por Covid 19 e todo mês milhares de trabalhadores e trabalhadoras perdem o emprego e não têm sequer esperança de uma rápida recolocação no mercado de trabalho.

Segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, o Brasil soma 95.819 vidas perdidas e 2.808.076 casos confirmados.  Com o aprofundamento da crise econômica, 12,4 milhões de trabalhadores estão desempregados.

Foi este cenário que levou a CUT e as demais centrais a convocar uma grande manifestação no dia de luta pela vida e pelos empregos nesta sexta, dia em que provavelmente o país atingirá ou até mesmo ultrapassará os 100 mil mortos pela pandemia.

Tanto os números de brasileiros mortos quanto desempregados poderiam ser evitados se o presidente da República não fosse irresponsável ao chamar a Covid-19 de gripezinha, defender o uso de remédio ineficaz (Cloroquina) contra a doença, promover aglomerações, não utilizar máscaras e não liberar recursos suficientes para a área de saúde e não apresentar sequer uma proposta de geração de emprego e renda .

A incompetência ou descaso com a pandemia é tamanha que, de março até 25 de junho, o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) via Ministério da Saúde gastou apenas $ 11,4 bilhões ( 29%) dos R$ 38,9 bilhões  que seriam destinados ao combate ao novo coronavírus. O valor foi revelado em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), obtida pelo jornal Folha de São Paulo.

Infelizmente, o governo federal desprezou todos os alertas dos trabalhadores, abriu mão de coordenar esse processo e ainda atacou prefeitos e governadores que tentaram coordenar a quarentena em seus estados e municípios, lamenta Sérgio Nobre.

“A maioria das mortes tem atingido os trabalhadores, os pobres e a parte mais vulnerável da população brasileira”, afirma.

Crise econômica e social

O presidente da CUT ressalta que o país vive uma nova pandemia, a de demissões e fechamento de empresas, em especial as micro e pequenas, que  têm, entre seus proprietários, ex- trabalhadores que investiram suas poupanças e reservas financeiras em um negócio para manter suas famílias.

“São ex-bancários, químicos, metalúrgicos, gente que perdeu o emprego e que como única forma de sobrevivência, montou seu pequeno negócio para sustentar a sua família e agora está vendo o seu negócio fechar”, lamenta Sérgio Nobre.

Por todos esses motivos é que a próxima sexta-feira será o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos (#7deagostolutapelavida). Convocada pela CUT e demais centrais, as manifestações serão simbólicas para respeitar o distanciamento social necessário para ajudar a evitar a disseminação da Covid-19.

100 minutos de paralisação, um para cada mil vidas perdidas

Serão feitas paralisações de 100 minutos nos locais de trabalho, em homenagem aos 100 mil mortos e que neste período as pessoas parem para refletir sobre o que está acontecendo no Brasil.

Segundo o presidente da CUT, será um minuto de paralisação para cada mil mortos no Brasil, como homenagem àqueles que partiram e também como forma de prestar solidariedade e empatia pela dor dos familiares dessas vítimas. E ao mesmo tempo é um alerta de que o país precisa mudar de rumo.

Texto: Rosely Rocha

Fonte: CUT

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