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Presidente do IPEA defende políticas públicas específicas para combater desemprego entre os pobres

Brasília – O Brasil ainda está longe de atingir uma situação de pleno emprego. A afirmação é do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Para ele, mesmo tendo criado cerca de 15 milhões de postos de trabalho entre os anos de 2003 e 2009 e atingido a menor taxa de desemprego (5,3%) desde março de 2002, o enorme contingente de pessoas sem trabalho entre a população mais pobre indica a necessidade de políticas públicas que permitam aos menos favorecidos se beneficiar do crescimento econômico.

“Ao contrário do que muitos pregam, o país não vive uma situação de pleno emprego. Entre os trabalhadores mais pobres, cerca de 33% estão desempregados, o que inviabiliza que falemos em pleno emprego no país”, disse Pochamann ao apresentar, hoje (10), em Brasília, um comunicado em que os técnicos do Ipea identificam que o desemprego entre os 20% mais pobres do país cresceu desde 2005.

Perguntado se o resultado do levantamento indica a falta de políticas públicas de formação e capacitação para o mercado de trabalho voltadas para a parcela menos favorecida da população ou que elas simplesmente não existem, Pochmann afirmou que os governos municipais, estaduais e federais poderiam ter “ações mais objetivas”.

“É natural que quando a economia cresce, as oportunidades sejam mais rapidamente capturadas pelos que tem maior escolaridade e renda. Isso é do comportamento econômico, mas é também um espaço para a construção de políticas públicas. Porque o mercado sozinho não vai resolver isso”, disse o presidente do Ipea, órgão de assessoramento governamental ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos.

“É preciso haver uma adequação, uma homogeneização das ofertas de qualificação, ou seja, já que os empregos estão sendo gerados, oferecer oportunidades [de emprego] também para os mais pobres. Hoje, as oportunidades são aproveitadas por quem tem melhor formação, ainda que a educação, um requisito [para se obter um trabalho], não seja um passaporte para o emprego, que só é criado pelo crescimento econômico”, explicou Pochmann.

Por Alex Rodrigues – Repórter Agência Brasil. Edição: Aécio Amado.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br

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