Foi dada a largada para o aperfeiçoamento do Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), ferramenta criada para registrar o horário de entrada e saída dos empregados de seus locais de trabalho, conforme estabelecido pela legislação. O assunto esteve em debate na reunião do GT Sipon paritário, ocorrida esta semana, em Brasília, quando foram analisados itens alusivos ao Sipon, horas extras e jornada de trabalho.
Nessa reunião, a Caixa informou que houve a conclusão dos testes para a implantação do login único para acesso aos sistemas corporativos. Agora, segundo a empresa, restam os encaminhamentos finais para o funcionamento definitivo desse sistema.
Também esteve em debate a necessidade de o Sipon ser utilizado exclusivamente como sistema de controle da jornada. Ocorre que, hoje, o banco o utiliza para a gestão de horas extras, o que vem culminando em horas negativas. Foram relatadas situações esdrúxulas, como a de empregado que não possui saldo de horas extras e tem necessidade de faltar ou ausentar-se por algum período durante a jornada. Quando assim acontece, a Caixa costuma registrar essas horas como negativas, obrigando os bancários a pagá-las por meio de horas extraordinárias.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, revela que há denúncias de gestores que utilizam o artifício das horas negativas sempre em favor da Caixa, “dispensando o empregado em períodos de poucas operações e cobrando compensação em outros momentos de maior movimento”. Isso, de acordo com ele, causa prejuízos ao trabalhador.
As horas negativas, por outro lado, vêm provocando insegurança no Sipon, caracterizando-se como irregularidade. Para Jair Ferreira, essa fraude precisa ser abolida da cultura do banco, “uma vez que não há previsão para essa prática abusiva na Convenção Coletiva do Trabalho ou no acordo específico com a Caixa”.
As questões relativas ao Sipon vão voltar a ser debatidas em uma próxima reunião, que deverá provavelmente ser realizada em 15 de maio. A Caixa, depois de cobrada pela Contraf/CUT, assumiu o compromisso de analisar novos formatos para o Sipon.
Fonte: Fenae Net
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