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Por 10:09 Sem categoria

Segunda-feira (19) é dia de cruzar os braços contra o fim da aposentadoria

Em Curitiba ato será realizado às 9h em frente ao INSS.

 Nesta segunda-feira (19) diversas categorias vão realizar manifestações contra o fim da aposentadoria. A principal delas tem concentração marcada para às 8h da manhã, na esquina da Rua João Negrão com a Marechal Deodoro. De lá, os trabalhadores e trabalhadoras seguem para o prédio do INSS. A mobilização é uma resposta à Reforma da Previdência proposta do governo de Michel Temer, cuja discussão na Câmara Federal deve começar na terça-feira (20), conforme anúncio do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Não podemos pensar em outra coisa. A mobilização está crescendo em todo o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, os motoristas de ônibus já anunciaram que vão cruzar os braços. Precisamos colocar, definitivamente, um fim nesse projeto que significaria o fim da aposentadoria”, avalia a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.

Além do ato central, diversas mobilizações acontecerão nos locais de trabalho. O objetivo é pautar a discussão sobre a reforma da previdência e consultar a categoria sobre a greve geral. “Não temos dúvidas de que aqui no Paraná, a exemplo de outros locais do Brasil, faremos uma grande mobilização. É o nosso futuro que está em jogo”, completa Regina.

Uma aula pública sobre a Reforma da Previdência será realizada às 11h na Boca Maldita. Mas, antes, professores realizarão uma panfletagem às 8h no Terminal Guadalupe. Já na Região Metropolitana de Curitiba, em Araucária, um ato será realizado na Refinaria Presidente Getúlio Vargas e na Fafen.

O anúncio da votação para o dia 20 de fevereiro é a última cartada de Michel Temer para tentar aprovar a reforma. A avaliação é de que a partir de março toda a atenção estará voltada para as eleições e, portanto, sem clima para levar ao plenária um retrocesso social deste porte.

Efeitos – A socióloga Adriana Marcolino, em seminário promovido pela CUT Paraná durante o ano passado, apontou as falhas de argumentação ligadas ao suposto déficit levantado pelo governo. São três pontos: a desvinculação de receitas da União, estados e municípios que retiram até 30% dos recursos para pagamento de outros gastos, a chamada DRU. A segunda é o conjunto de desoneração sobre o caixa da seguridade. “A outra é a sonegação. Até janeiro de 2107 ele representou R$ 443 bilhões e o suposto déficit é de R$ 165 bilhões, ou seja, somente a sonegação é quase três vezes o valor que eles alegam”, sentenciou.

Na ocasião, Adriana também avaliou que outros interesses envolvem a tentativa de reforma da previdência. Um deles é fazer com que a classe trabalhadora migre para o sistema privado dos bancos. “Se você contribui com R$ 74 mensais durante 35 anos vai ter uma aposentadoria de R$ 937. Mas se colocar esse mesmo recurso na previdência privada receberá R$ 165”, exemplificou.

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