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Por 19:19 Sem categoria

Sindicato denuncia Real ABN em Brasília

Contraf trabalhará com programa PCN-Brasil. No dia 26 bancários fazem protesto O diretor Marcelo entrega carta-alerta
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São Paulo – Os bancários do Real ABN fizeram nesta quinta-feira, dia 19, a primeira reunião deste ano no Ponto de Contato Nacional (PCN-Brasil), órgão interministerial coordenado pelo Ministério da Fazenda, que fiscaliza o cumprimento de diretrizes e convenções de organismos internacionais. A Contraf e a CUT participaram na condição de convidadas e apresentaram uma série de denúncias contra diversas empresas.

Marcelo Gonçalves, diretor do Sindicato e funcionário do Real ABN, apresentou, na reunião, carta-alerta denunciando o descumprimento por parte do banco de diretrizes da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Dois pedidos feitos por entidades de representação dos funcionários do banco, um deles de Contraf-CUT, para discutir essa situação foram ignorados pela direção do ABN.

“Expusemos a situação ao governo brasileiro por meio do PCN”, afirma Marcelo Gonçalves. O banco não negocia nem sequer responde nossos pedidos de informações sobre o processo de venda”, sustenta. “A direção do Real ABN não demonstra interesse pelos efeitos que a venda pode ter na vida de seus 30 mil funcionários no Brasil, além de cerca de 90 mil dependentes”, completa.

Segundo ele, os membros do PCN foram receptivos às demandas dos trabalhadores. “Vamos continuar trabalhando junto com o PCN-Brasil para preparar a denúncia formal que faremos contra o banco”, conta.

Ainda de acordo com o diretor, os trabalhadores do ABN Amro em todo o mundo irão para as ruas lutar por garantia de emprego. As manifestações ocorrem nesta quinta-feira, dia 26, data da reunião anual de acionistas do banco. “Ocorrerão manifestações em todo o Brasil e na América Latina em defesa do emprego”, confirma Gonçalves.

Quem participou – Da parte do governo, participaram da reunião Pedro Florêncio (coordenador do PCN-Brasil e representante do Ministério da Fazenda), Fernanda de Souza (Justiça), Leonardo de Souza (Relações Exteriores), Pedro Paixão (Trabalho e Emprego) e Bruno Fonseca (Ciência e Tecnologia).

A secretaria de Relações Internacionais da CUT compareceu ao encontro, juntamente com representantes de confederações de trabalhadores de todo o país. O secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Ricardo Jacques, e o coordenador da COE ABN, Marcelo Gonçalves, participaram pela Contraf, acompanhados de representantes dos sindicatos de São Paulo e da Bahia.

A CUT apresentou proposta de que reuniões entre trabalhadores e o PCN-Brasil ocorram trimestralmente, para acompanhar o andamento de denúncias já efetuadas e levar novas informações. A sugestão foi bem recebida e novas reuniões deverão ser agendadas.

Mais denúncias – Outras denúncias foram trazidas ao PCN. O caso da bancária e sindicalista uruguaia Marisol Rojas, demitida grávida pelo Interbanco, filial uruguaia do Unibanco, foi apresentado ao coletivo do PCN-Brasil e continuará sendo investigado. Além disso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre fez um aporte de informações à denúncia, feita em 2003, sobre interferência da GM na organização sindical dos trabalhadores da fábrica de Gravataí.

Contraf-CUT – 20/04/2007

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