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Por 11:26 Bradesco

Sindicatos do Pactu prosseguem Campanha de Valorização dos Funcionários do Bradesco

Panfletagem no Bradesco de Umuarama

Nesta quarta-feira, 12/06, os sindicatos do Pactu deram continuidade às atividades da Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco. A campanha é coordenada pela Contraf/CUT e foi planejada durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco, realizado em São Paulo, de 02 a 04/04 deste ano. Segundo o planejamento da campanha, serão realizadas manifestações todas as quartas-feiras, até o encerramentos das negociações, antes do início da Campanha Nacional 2013. A pauta de reivindicações dos bancários do Bradesco está centrada principalmente no pedido de mais contratações e melhores condições de trabalho.

Clique aqui e veja imagens das manifestações desta quarta.
Pressão tem surtido efeito
Segundo Jucilente de Bortoli, secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de Toledo, a campanha tem atingido resultados. Na primeira reunião de negociação, no dia 06/06, foi decidida a criação de um grupo de trabalho para a elaboração de um programa de reabilitação e readaptação profissional, com base na cláusula 43ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). As reuniões ocorrerão entre os dias 19 de junho e 7 de agosto. Leia abaixo o relato da reunião do dia 06.
Conheça as reivindicações dos funcionários do Bradesco:
Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Reivindicação antiga, o PCCS é o conjunto de regras e normas que estabelece critérios claros, objetivos e transparentes de promoção, escalonamento e de responsabilidades dos bancários, de forma a garantir a igualdade de oportunidades para todos e a valorização profissional.
Hoje o banco privilegia os altos escalões com milionárias bonificações de resultados. E funcionários com o mesmo cargo e função ganham salários diferentes, há estagnação na carreira, vigora o apadrinhamento e o famoso QI (“quem indica”).
Essa ausência de transparência causa insatisfação no ambiente de trabalho e faz com muitos talentos deixem a empresa por falta de perspectivas profissionais.
Saúde, condições de trabalho e reabilitação
A pressão por obtenção de metas cada vez maiores e abusivas leva ao assédio moral e aos crescentes casos de adoecimentos, tanto físicos quanto psíquicos, na categoria bancária. Queremos acabar com as metas abusivas e com o assédio moral e estabelecer relações de trabalho mais humanas.
Em relação à reabilitação profissional, o Bradesco discrimina os bancários que retornam da licença-médica, muitas vezes colocando em atividades totalmente alheias à sua função ou até mesmo em isolamento. Os bancários querem que o banco construa um programa próprio de reabilitação com base no que já existe na Convenção Coletiva, pondo fim a todas essas distorções.
Parcelamento do adiantamento das férias
Essa é uma cláusula nova que os bancários estão trazendo para a sua pauta de reivindicações. O que se quer é o parcelamento do adiantamento das férias em até 10 vezes mensais, de forma facultativa, sem acréscimo de juros ou encargos. Isso evitaria que os bancários recorressem a empréstimos para se recompor financeiramente quando retornam de férias.
A reivindicação pode ser perfeitamente atendida, pois os demais bancos, inclusive da rede privada, já concedem esse benefício aos seus trabalhadores.
Auxílio-educação
Entre os principais bancos que atuam no país, o Bradesco continua sendo o único sem nenhum incentivo educacional para o funcionalismo, apesar de exigir que os trabalhadores tenham cada vez mais qualificação.
É inconcebível um banco que apresenta lucro líquido de quase R$ 3 bilhões no primeiro trimestre do ano, com a maior rentabilidade dentre todos os bancos das Américas e da Europa segundo a consultoria Economática, não ter uma política de auxílio-educação.
O banco argumenta que já investe na qualificação por meio do Treinet. Mas ele é voltado somente aos interesses do banco e não supre a necessidade de uma formação de nível superior. Afinal, em sua propaganda o Bradesco usa muito a Fundação Bradesco para tentar demonstrar seu compromisso com a educação. Mas ele não faz esse investimento em seus próprios funcionários.

Fonte: Pactu, com Contraf/CUT

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