O sucesso da greve na região de Toledo se mostra em números. 28 agências estão paralisadas, faltando apenas uma para completar 100%. Ao todo, 86% da categoria aderiram ao movimento grevista em 13 cidades da região.
A força das paralisações contou com a grande participação dos funcionários nos bancos privados que, sem nenhum interdito proibitório, aderiram à greve e têm contribuído para o fechamento das agências.
Outro aspecto interessante da greve deste ano é a transparência com que o movimento foi informado à população e a conscientização dos clientes sobre a importância das paralisações. Segundo o presidente do Sindicatos dos Bancários de Toledo e Região, João Carlos Padilha, duas semanas antes da greve os dirigentes do Sindicato foram até os meios de comunicação para explicar aos clientes sobre o processo de negociação salarial da categoria bancária.
O dirigente sindical, Zelário Bremm, conta que a receptividade da greve entre os clientes dos bancos têm sido positiva. “Um deles veio e me falou: ‘eu sei que vou ter um pequeno prejuízo com a greve, mas são vocês que me atendem nos bancos e com os lucros que eles tiveram esse ano é justo vocês quererem um aumento também’”.
Segundo Zelário, apesar do pequeno cansaço, os trabalhadores seguem firmes na luta pelos seus direitos e não descansarão até conseguirem uma proposta salarial mais justa. “Iremos pressionar até o fim”, garante.
Por Cícero Bittencourt
FETEC-CUT-PR